No EUA, canal ABC doará US$ 15 mi à biblioteca presidencial de Trump para por fim a processo

Internacional
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O canal de notícias ABC News concordou em pagar US$ 15 milhões à biblioteca presidencial de Donald Trump para por fim a um processo movido pelo presidente eleito dos Estados Unidos. A ação diz respeito a uma afirmação imprecisa feita no ar pelo âncora George Stephanopoulos, da emissora, de que o presidente eleito foi considerado civilmente responsável por estuprar a jornalista E. Jean Carroll.

A ABC vai publicar também uma nota em seu site declarando arrependimento pela alegação, feita em 10 de março no programa This Week, segundo o texto do acordo tornado público neste sábado, 14.

Trump processou Stephanopoulos e a rede por difamação.

A ABC pagará ainda US$ 1 milhão em honorários advocatícios ao advogado de Trump como parte do acordo.

O âncora afirmou durante uma entrevista com a deputada republicana Nancy Mace que Trump havia sido "considerado responsável por estupro", o que distorceu as sentenças nos dois processos movidos por Carroll contra o presidente eleito.

Histórico

No ano passado, Trump foi considerado responsável por agredir sexualmente e difamar Carroll e foi condenado a pagar a ela US$ 5 milhões. Em janeiro, ele foi considerado responsável por outras alegações de difamação e condenado a pagar a Carroll US$ 83,3 milhões. Trump está apelando de ambas as decisões.

Nenhuma das sentenças envolve a constatação de estupro conforme formalmente definido pela lei de Nova York. O juiz em ambos os casos, Lewis Kaplan, disse que a conclusão do júri foi que Carroll não conseguiu provar que Trump a estuprou "dentro do significado técnico e restrito de uma seção específica da Lei Penal de Nova York".

Kaplan observou que a definição formal de estupro é "muito mais restrita" do que a forma como o estupro é definido em linguagem moderna comum, em alguns dicionários, em algumas normas federais e estaduais, e em outras fontes.

O juiz disse que o veredicto não significa que Carroll "falhou em provar que o Sr. Trump a 'estuprou' como muitas pessoas comumente entendem a palavra 'estupro'. De fato... o júri concluiu que o Sr. Trump de fato fez exatamente isso." Fonte: Associated Press

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que há consenso no Congresso Nacional e no Judiciário de que houve exagero na aplicação de parte das penas para condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo o presidente da Casa, os deputados discutem um projeto de "readequação" das penas.

As declarações ocorreram nesta segunda-feira, 5, em entrevista ao programa Bom Dia Paraíba, da afiliada da TV Globo na Paraíba.

"Eu vejo a questão da anistia como uma pauta que precisa ser discutida com muita serenidade. Não vai ser com arroubos, com atropelos, que nós vamos resolver essa situação. Porque o que é que há na sociedade, o que é que há no Congresso, e eu diria até dentro do próprio Judiciário, de consenso nesse tema? É que há penas exageradas para pessoas que não mereciam essas penas", afirmou.

Motta prosseguiu: "Nós precisamos discutir como resolver isso, até para que não sejamos injustos para com pessoas que não participaram do planejamento daquele ato de 8 de janeiro, que não financiaram esse movimento que nós infelizmente vivemos".

Segundo o presidente da Câmara, está sendo discutida uma "readequação" das penas a partir de um projeto de lei na Câmara. Ele não mencionou se a proposta é a mesma que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vem costurando no Congresso.

"É essa a discussão que nós temos feito para poder, de certa forma, resolver essa situação, poder fazer uma discussão sobre essas penas. A partir daí, um projeto que possa fazer essa readequação", disse.

De acordo com o deputado, com o projeto, há uma possibilidade de que alguns presos já possam voltar para suas casas, a depender do cumprimento de parte da pena. O parlamentar, no entanto, ainda não indicou quando vai pautar o requerimento de urgência para o projeto de lei da anistia. O pedido já foi protocolado pela bancada do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter alta hospitalar neste domingo, 4, segundo a expectativa de auxiliares. Ainda assim, o entorno do ex-presidente quer esperar para ter certeza do andamento da recuperação.

Em entrevista à CNN Brasil mais cedo neste sábado, 3, Bolsonaro também falou sobre a possibilidade de deixar o Hospital DF Star logo. "Tenho enormes chances de ter alta amanhã (domingo)", disse Bolsonaro.

O boletim médico divulgado pela manhã deste sábado pelo hospital em que o ex-presidente está internado já dizia que ele poderia ter alta "nos próximos dias".

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. "(O ex-presidente) segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Permanece a orientação de restrição de visitas, com previsão de alta hospitalar nos próximos dias", afirmou a equipe médica.

Nas redes sociais, Bolsonaro também comentou que suspendeu a alimentação pela veia (nutrição parenteral). "Fase delicada para intensificação do funcionamento do sistema digestório que vai respondendo como esperado, assim como os soluços sendo controlados", disse em postagem no X (antigo Twitter).

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.