Incêndios forçam retirada de 80 mil moradores de Los Angeles

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Diversos incêndios florestais em Los Angeles saíram do controle e forçaram a retirada de mais de 80 mil moradores de suas casas. Autoridades locais informaram que cinco pessoas morreram. As previsões indicam que os focos devem piorar, alimentados por ventos de até 150 quilômetros por hora, prejudicando os esforços dos bombeiros para apagar o fogo.

 

Os focos de incêndio destruíram mais de 1.000 casas e arrasaram sedes de centenas de empresas, cobrindo as cidades da região e as rodovias de fumaça. O primeiro incêndio, nomeado Palisades, começou na manhã de terça-feira na zona oeste de Los Angeles e alcançou uma área de 64 quilômetros quadrados.

 

Ordens de retirada e avisos foram emitidos nas cidades mais populosas da Califórnia, de Malibu a Santa Mônica, mas muitas pessoas ficaram presas em congestionamentos nas rodovias atingidas pelo fogo.

 

Na zona leste de Los Angeles, próximo a Pasadena, outro foco de incêndio se expandiu e chegou a atingir uma área de 43 quilômetros quadrados. Mais de 100 idosos precisaram ser retirados de uma casa de repouso, alguns em cadeiras de rodas e macas.

 

Alto risco

 

De acordo com a imprensa local, alguns moradores que se preparavam para a retirada precisaram abandonar a ideia depois de o fogo se espalhar rapidamente e tornar a fuga arriscada demais.

 

Além dos dois focos principais, há pelo menos outros três incêndios menores. Segundo as autoridades, cerca de 28 mil propriedades estão na zona de risco, muitas já foram destruídas e 280 mil moradores ficaram sem energia, muitos por causa dos ventos fortes ou porque as concessionárias desligaram a eletricidade para evitar mais incêndios.

 

Escolas de pelo menos 18 distritos de Los Angeles precisaram fechar por causa dos incêndios e das condições climáticas. "Isso vai ser devastador e uma perda enorme para toda Los Angeles", disse Traci Park, conselheira municipal.

 

Hollywood

 

Os incêndios atingiram também regiões ricas, onde atores de Hollywood e atletas famosos residem. A mãe do técnico de basquete Steve Kerr, de 90 anos, foi uma das pessoas forçadas a sair de casa, disse o treinador do Golden State nas redes sociais.

 

O ator James Woods também teve de sair às pressas de sua mansão em Palisades. À CNN, ele contou que ainda teve tempo de salvar um vizinho que tinha problemas de locomoção.

 

A premiação Screen Actors Guild cancelou o anúncio presencial das indicações para seu prêmio anual, depois que pelo menos três artistas que residem em Los Angeles disseram que estavam em zonas de retirada obrigatória - os indicados foram revelados por comunicado de imprensa. O Critics Choice Awards, programado para domingo em Santa Monica, foi adiado para o dia 26.

 

Muitas produções de Hollywood interromperam as filmagens. Séries e programas de TV também pararam, segundo o Hollywood Reporter, incluindo Grey's Anatomy, NCIS e Jimmy Kimmel Live!.

 

Funcionários de órgãos de combate a incêndios de regiões próximas foram deslocados para Los Angeles, mas não conseguiram conter o fogo.

 

Segundo o chefe dos bombeiros da cidade, Anthony Marrone, os recursos estão no limite e ajuda de outros condados é crucial. Pelo menos um bombeiro que lutava contra o fogo ficou ferido gravemente.

 

Nas últimas 24 horas, os serviços de emergência da região receberam 3,6 mil chamadas de atendimento, mais do que o dobro da média diária (de 1,5 mil). Centenas de pessoas foram transportadas para hospitais, que também estão cobertos de fumaça. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A defesa do ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins pediu permissão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para circular livremente por Brasília entre segunda-feira, 21, e a quarta-feira, 23. A defesa de Martins também quer que ele não perca a liberdade condicional caso seja fotografado ou gravado por profissionais da imprensa.

Nesta quinta-feira, 17, Moraes permitiu que Filipe Martins possa acompanhar presencialmente o julgamento da Primeira Turma do STF na próxima terça-feira, 22. Neste dia, o colegiado vai começar a julgar se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-assessor e outras cinco pessoas por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Moraes garantiu a presença de Filipe Martins no julgamento e o autorizou a "se deslocar tão somente entre aeroporto, hotel e o local da sessão de julgamento". O desembargador Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor, argumenta que ele deve ter o direito de circular pela capital federal, mas se resguardar no período noturno.

"Com o devido respeito, tal formulação impõe uma restrição mais severa do que aquela já observada pelo Requerente em sua comarca de origem (Ponta Grossa-PR), onde cumpre medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno, com monitoramento eletrônico, mas com possibilidade de circulação durante o período diurno dentro dos limites da comarca", disse Coelho.

Segundo o desembargador, caso Martins fique limitado a transitar entre o aeroporto, o hotel e o STF, o ex-assessor poderá ser submetido a "constrangimentos operacionais e jurídicos desnecessários, inclusive no acesso à alimentação, cuidados pessoais, reuniões com a defesa técnica ou deslocamentos imprevistos".

Ao ganhar o direito à prisão domiciliar, em agosto do ano passado, Martins teve que seguir medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de conceder entrevistas e a proibição de utilizar redes sociais, com uma multa de R$ 20 mil por publicação feita por ele.

O advogado de Filipe Martins pediu a Moraes que não o puna por "imagens, vídeos ou registros" feitos por pessoas comuns ou profissionais de imprensa. No último dia 7, o ministro do STF multou o ex-assessor em R$ 20 mil por ele aparecer em uma publicação de Sebastião Coelho feita em outubro do ano passado.

"Que seja integrada e esclarecida a decisão, com a inclusão expressa de ressalva quanto à responsabilização do Requerente por imagens, vídeos ou registros feitos por terceiros, inclusive profissionais da imprensa, para que tais exposições involuntárias não sejam interpretadas como violação das medidas cautelares impostas, sobretudo diante da publicidade inerente ao julgamento e da impossibilidade fática de controle sobre a circulação de registros audiovisuais em ambiente digital", solicitou o defensor.

Martins passou seis meses preso preventivamente durante a condução do inquérito dos atos golpistas. A justificativa foi de que ele teria tentado fugir do Brasil para escapar da investigação. O nome do ex-assessor constou em uma lista de passageiros do avião presidencial que decolou para Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. A defesa, posteriormente, defendeu que ele não embarcou e estava no Brasil naquele dia e o ex-assessor foi solto.

A PGR imputou a ele a confecção de uma das minutas do golpe, aquela que previa prender Moraes, o também ministro do STF Gilmar Mendes, além do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do Senado.

Além de Martins, a Primeira Turma do STF vai decidir, a partir das 14 horas da terça, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Fernando de Sousa Oliveira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um episódio de alteração da pressão arterial, que já foi controlado, segundo boletim médico divulgado no início da tarde deste sábado, 19. Ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

O relatório médico informou que o ex-presidente continua em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea, já que ainda não apresentou "movimentos intestinais efetivos". A equipe médica informou que serão intensificadas as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

O ex-presidente passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último domingo, 13, para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".

Bolsonaro foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

A família Bolsonaro tem compartilhado registros do pós-operatório nas redes sociais. Na manhã deste sábado, a página de Bolsonaro no Instagram publicou um vídeo em que o ex-presidente agradece o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que o acompanha durante a internação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 59,1% e aprovado por 37,1% dos eleitores paulistas, de acordo com levantamento da Futura Inteligência. Outros 3,8% dos entrevistados não souberam ou se abstiveram de opinar sobre a gestão petista.

Na avaliação de governo, a maioria (54,1%)considera a gestão ruim ou péssima. Apenas 17,7% consideram a administração do petista regular. O trabalho de Lula é avaliado como bom e ótimo por 27,2% dos entrevistados.

A condição econômica do País é vista como péssima para a maioria dos paulistas (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate a alta dos preços e a criança de empregos. Contudo, a inflação é a terceira maior preocupação dos entrevistados (15,9%), sendo a primeira a saúde (26%), seguida da educação (21,8%).

O levantamento indica ainda que Lula tem desempenho inferior ao do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em termos de popularidade no Estado. O chefe do Executivo paulista tem aprovação de 66,9% dos eleitores ao mesmo tempo em que 48,2% dos paulistas que classificam sua gestão como ótima ou boa.

Outros Poderes

Assim como o presidente Lula, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) também registram avaliação negativa em São Paulo, embora em proporção menor. A reprovação do trabalho do Congresso Nacional chega a 49,9%. Apenas 13,8% dos eleitores consideram ótimo ou bom enquanto 32,1% avaliam como regular.

Já em relação ao STF, a maioria (46,4%) avalia o poder como péssimo. A porcentagem daqueles que acreditam que o trabalho está regular ou bom está próxima, sendo de 23,1% e 27%, respectivamente.

A pesquisa Futura Inteligência entrevistou 1.000 eleitores do Estado de São Paulo, com 16 anos ou mais e entre os dias 5 e 9 de abril. A abordagem utilizada foi a CATI (entrevista telefônica assistida por computador). Conta com uma margem de erro de 3,1 pontos porcentuais (p.p.) e índice de confiança de 95%.