Biden aumenta recompensa pela captura de Maduro; EUA e Reino Unido ampliam sanções

Internacional
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Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido ampliaram a pressão e aplicaram novas sanções contra a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela nesta sexta-feira, 10, dia em que o líder chavista assumiu seu terceiro mandato presidencial. Enquanto os americanos incluíram oito lideranças do regime na sua lista de congelamento de ativos e proibição de viagens, os britânicos anunciaram sanções contra 15 funcionários de alto escalão do regime venezuelano, o qual chamou de "fraudulento".

O governo do presidente Joe Biden também aumentou a recompensa pela captura de Maduro e do homem forte do chavismo Diosdado Cabello, ambos acusados de narcotráfico. Entre os alvos do Departamento do Tesouro americano estão o presidente da petrolífera PDVSA, o ministro dos Transportes e o chefe da Conviasa, a companhia aérea estatal.

Segundo um funcionário do Departamento do Tesouro que pediu para não se identificar por não estar autorizado a discutir amplamente as medidas, a recompensa pela captura de Maduro e Cabello saiu de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões. O general Vladimir Padrino, ministro da Defesa, também está com a cabeça a prêmio pelo valor de U$ 15 milhões.

Apesar disso, os EUA mantiveram as licenças para a exploração de petróleo por empresas americanas na Venezuela. Em 2024, as exportações de petróleo venezuelano cresceram 10,5%. A produção também aumentou e hoje está na ordem de 914 mil barris por dia, cerca de 50% a mais da mínima histórica de 2020, no auge das sanções. Os EUA são hoje o segundo principal comprador do petróleo venezuelano.

Ao mesmo tempo, a proteção migratória que concede residência e autorizações de trabalho aos venezuelanos nos Estados Unidos foi estendida por 18 meses.

Já o Ministério das Relações Exteriores britânico direcionou as punições contra funcionários de alto escalão do regime chavista. "A reivindicação do poder por parte de Nicolás Maduro é fraudulenta. O resultado das eleições de julho não foi livre nem justo e seu regime não representa a vontade do povo venezuelano", afirmou o ministério em comunicado.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta segunda-feira, 28, que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente laudos médicos que comprovem os problemas de saúde dele. O prazo para resposta é de 48 horas.

Moraes aguarda os documentos para decidir se autoriza a transferência de Collor para o regime domiciliar. O ex-presidente foi preso para cumprir uma condenação de 8 anos e seis meses na Operação Lava Jato.

Em despacho, Moraes pede documentos comprobatórios, "inclusive prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados".

A defesa despachou mais cedo por videoconferência com o ministro.

Defesa pediu prisão domiciliar humanitária para ex-presidente. Foto: Roque de Sá

Os advogados advogados Marcelo Bessa e Thiago Fleury pediram prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente. Aos 75 anos, Collor tem "comorbidades graves" e faz uso de remédios contínuos, segundo a defesa. Os advogados também alegam no pedido que o ex-presidente não oferece "periculosidade".

Ao ser ouvido na audiência de custódia, no entanto, o ex-presidente negou ter problemas de saúde ou tomar remédios.

Moraes também determinou que a direção do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, informe se tem estrutura para tratar da saúde de Collor. O ministro também deve ouvir a PGR antes de tomar uma decisão.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), afirmou que caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida tirar o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de seu governo, estará não somente demitindo o ministro, como também o próprio partido de Lupi.

"Na minha opinião, se Lupi for demitido, eu acho que ele (Lula) demite o partido. Acho que o partido não tem que colocar substituto de maneira alguma", disse Heringer em entrevista ao Poder360.

O ministro, que foi presidente nacional da sigla durante anos, enfrenta desgaste no Ministério diante da investigação da Polícia Federal (PF) que revelou esquema de descontos ilegais bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, entre 2016 e 2024. Lupi não está sendo formalmente investigado pela PF.

Na entrevista, Heringer também defendeu que o PDT não faça uma nova indicação para o ministério caso o correligionário seja mesmo demitido, e afirmou que a pasta "só dá problema", sendo muito visada pelo alto volume orçamentário. "Não há possibilidade de a gente fingir que o nosso companheiro não foi atingido", disse o deputado, afirmando ter "certeza absoluta" que o partido não tem nenhuma responsabilidade sobre o crime.

Na última quarta-feira, 23, a operação resultou no afastamento de Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Onze entidades são suspeitas de desconto irregular em benefícios entre 2019 e 2024.

Neste domingo, 27, Lupi negou ao Estadão/Broadcast que tenha se omitido ao receber alertas de fraudes no INSS desde 12 de junho de 2023, e que determinou uma apuração sobre o tema, concluída em 6 de setembro de 2024. "Não me omiti, procurei agir", declarou Lupi à reportagem.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que, para concorrer ao governo de Minas Gerais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) precisa de mais experiência. O parlamentar completará 30 anos em 2026 - idade mínima para a candidatura aos Executivos estaduais.

"É importante ele ter mais experiências para chegar ao Poder Executivo", disse Valdemar em entrevista à CNN Brasil, divulgada nesta segunda-feira, 28, ao ser questionado se o deputado poderia ser o nome do PL para a campanha em Minas.

Nikolas foi o deputado federal mais votado do País nas eleições de 2022, somando 1,47 milhão de votos. Ele e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) aparecem à frente em uma possível disputa pelo governo de Minas Gerais nas eleições de 2026, segundo o levantamento da Paraná Pesquisas divulgado no último dia 3. Os dois lideram os principais cenários da corrida com ampla vantagem sobre os outros possíveis candidatos.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, atrás apenas de São Paulo, com mais de 16 milhões de votantes nas eleições de 2024.

Em janeiro, Nikolas defendeu proposta de emenda à Constituição (PEC) sugerida por um aliado que, se aprovada pelo Congresso, pode beneficiá-lo nas eleições de 2026. A Constituição, hoje, estipula 35 anos como idade mínima para assumir os cargos de presidente, vice-presidente e senador. O projeto do deputado federal Eros Biondini (PL-MG) propõe a redução da exigência de idade dessas funções para 30 anos.

Também no início deste ano, o deputado publicou um vídeo viral para criticar portaria da Receita Federal que ampliaria o monitoramento de transações via Pix. Na ocasião, o vídeo do parlamentar alcançou mais de 300 milhões de visualizações e contribuiu para a revogação da norma. Outras publicações neste formato renderam milhões de acessos ao parlamentar e foi copiado por políticos da oposição.