Trump ameaça Putin com sanções caso Rússia não negocie fim da guerra na Ucrânia

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a Rússia com impostos, tarifas e sanções se um acordo entre Kiev e Moscou não for fechado em breve, apostando novas fichas para cumprir com sua promessa de dar fim à guerra na Ucrânia assim que chegasse à Casa Branca.

Em uma postagem em sua rede social Truth Social nesta quarta-feira, 22, Trump afirmou que a economia russa está falhando e que faria um "grande favor" a Vladimir Putin.

"Se não chegarmos a um 'acordo' em breve, não tenho outra escolha senão aplicar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes. Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse Presidente", escreveu.

Antes de sua posse na segunda-feira, Trump havia prometido encerrar a guerra na Ucrânia até mesmo antes de assumir o cargo, o que levou a especulações de que ele poderia pressionar Kiev a fazer concessões a Moscou. Contudo, nas últimas horas, parece ter adotado um tom mais duro em relação a Putin.

Ele já havia dito em uma entrevista coletiva na Casa Branca na terça-feira que parecia "provável" que aplicaria sanções adicionais se Putin não comparecer à mesa de negociações.

Mas há poucos indícios de que ameaças econômicas possam fazer Putin ceder. Além de pequenas quantidades de fertilizantes, rações para animais e maquinário, a Rússia atualmente exporta quase nada para os EUA. Segundo a Bloomberg, os EUA importaram cerca de US$ 4,6 bilhões em bens da Rússia em 2023, o que representa menos de 0,2% do total das importações.

Além disso, o país já é uma das nações mais sancionadas do mundo. Os EUA já impuseram diversas sanções contra Moscou devido à guerra durante o governo Biden, mas outras são anteriores e algumas foram impostas durante o primeiro mandato de Trump. E até agora tiveram pouco ou nenhum efeito coercitivo.

Trump instruiu seu enviado especial, Keith Kellogg, a encerrar a guerra em 100 dias, disse o jornal The Guardian, citando a imprensa americana.

Na entrevista coletiva de terça-feira, 21, o presidente dos EUA não comentou se pretende dar continuidade à política do seu antecessor de enviar armas à Ucrânia para combater a invasão russa.

"Estamos examinando isso", declarou. "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodmir) Zelenski, vamos conversar com o presidente Putin muito em breve", disse ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira, 22, que acorda todos os dias com a sensação de ter a Polícia Federal (PF) na porta da casa dele. O ex-presidente foi indiciado três vezes pela corporação - o indiciamento mais recente ocorreu em novembro por suposta participação numa trama golpista após as eleições de 2022.

"Eu digo e alguns até reclamam: não é fácil a vida de presidente. 'Se é tão difícil porque tu quer ir para lá?'. Porque eu quero ajudar o meu País. Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa. Seja criativo", disse o ex-presidente em entrevista ao canal no YouTube Auriverde Brasil.

Em novembro, o ex-presidente foi indiciado em três crimes na investigação sobre uma suposta trama para ruptura constitucional. A PF atribuiu a ele os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os três delitos atribuídos ao ex-presidente podem resultar em 28 anos de prisão.

Além da tentativa de golpe, Bolsonaro já foi indiciado em outras duas ocasiões pela PF: no caso envolvendo a fraude em seu cartão de vacinas e na tentativa de incorporar joias da Presidência ao seu acervo pessoal, um caso que foi revelado a partir de reportagens do Estadão. Ainda não houve manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Os indiciamentos de Bolsonaro não significam que o ex-presidente tenha sido considerado culpado pelos crimes imputados. O inquérito é a etapa na qual a autoridade policial coleta provas que indiquem, primeiro, a existência de um crime, a chamada materialidade. Comprovada a materialidade, busca-se a autoria da conduta criminosa. O indiciamento significa que, durante a etapa de inquérito, a polícia reuniu evidências suficientes para levar o caso contra um investigado adiante.

Bolsonaro diz se arrepender de generais no governo e que colocaria ministros 'casca-grossa'

Em outra entrevista concedida a um canal bolsonarista, o ex-presidente afirmou que se arrepende de ter colocado generais do Exército na Esplanada. Questionado sobre o que faria diferente caso voltasse a ser presidente, Bolsonaro afirmou que teria "ministros mais casca-grossa" para enfrentar o sistema.

"Você fala: 'o que faria diferente?' Os ministros palacianos seriam diferentes. Eu não teria lá alguns nomes, um general aqui. Eu não teria mais general ali. Eu ia ter ministros mais parrudos, mais casca-grossa para enfrentar o sistema", disse Bolsonaro em entrevista ao canal Fio Diário nesta terça-feira, 21.

A PF indiciou quatro generais que participaram da gestão de Bolsonaro por suposta participação na trama golpista, sendo eles: Augusto Heleno, Mário Fernandes, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto. Por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, Fernandes e Braga Netto estão presos preventivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Advocacia-Geral da União (AGU) realiza nesta quarta-feira, 22, uma audiência pública para debater a nova política de moderação de conteúdo da Meta (que controla o Instagram, o WhatsApp e o Facebook). Convidadas para participar, as big techs preferiram não comparecer. O resultado da audiência será transformado em documento para ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A AGU participa como amicus curiae, parte interessada no processo que discute o artigo 19 do Marco Civil da Internet, sobre a responsabilização das plataformas por conteúdos ilícitos publicados pelos usuários.

Foram convidadas para participar da audiência pública representantes da Google e Youtube, Discord, Kwai, LinkedIn, Meta, TikTok e X (antigo Twitter).

"Não existe, por parte do governo federal, prejulgamento de nenhuma rede, de nenhuma ação realizada por qualquer plataforma. Temos interesse de dialogar com todas as plataformas", disse Messias no início da audiência. O ministro confirmou que as big techs não aceitaram participar a rodada de discussões na AGU. "É uma opção, nós respeitamos, isso não interdita o debate. O diálogo que está sempre aberto", afirmou o ministro.

De acordo com Messias, a preocupação do governo é em proteger "crianças e adolescentes, milhões de empresários que utilizam as redes sociais para a realização de seus negócios, e os consumidores".

No dia 7 de janeiro, a Meta anunciou mudanças que acabam com o programa de checagem de fatos nos EUA. Entre as alterações, estão a revisão das regras de discurso de ódio e a retomada de algoritmos que recomendam publicações políticas. Após anúncio feito por Mark Zuckerberg, o governo Lula reagiu, cobrando explicações.

Em uma sinalização a Donald Trump, o dono da Meta publicou um vídeo para falar das mudanças no sistema de moderação nos Estados Unidos. O executivo afirmou que a decisão foi tomada para acabar com uma suposta censura na plataforma e afirmou que a América Latina tem "tribunais secretos de censura".

Em reação, o governo traçou várias frentes de atuação contra a Meta. Uma envolvendo julgamento da ação no STF, outra no Legislativo com envio de dois novos textos para abordar tanto a taxação das big techs quanto a regulação concorrencial do setor.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a defender a proposta de emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada, pode beneficiá-lo nas eleições de 2026. Em entrevista ao TV Connect USA, emissora digital dirigida por brasileiros e sediada na Flórida, nos Estados Unidos, o parlamentar reafirmou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse "não descartar" uma candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026, mas relembrou o projeto de autoria de Eros Biondini (PL-MG), seu aliado.

"Se essa PEC for aprovada, eu poderia concorrer ao Senado", afirmou Nikolas nesta segunda-feira, 20. A Constituição, hoje, estipula 35 anos como idade mínima para assumir os cargos de presidente, vice-presidente e senador. O projeto de Biondini, que está em fase de coleta de assinaturas para ser protocolado na Câmara, reduz a exigência de idade dessas funções para 30 anos.

"Eu faço 30 anos exatamente (em 2026), conseguiria dar o timing perfeito", afirmou Nikolas à emissora digital. "Eu luto há bastante tempo com relação à própria Suprema Corte do nosso País e o Senado é o ponto de reequilíbrio para isso", completou, referindo-se à prerrogativa do Senado de pautar processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

No sábado, 18, Nikolas relembrou por meio de uma publicação no X (antigo Twitter) que PECs não precisam de sanção presidencial após aprovação na Câmara e no Senado para entrarem em vigor.

O projeto de Eros Biondini também reduz as idades mínimas para assumir outros cargos eletivos. Os atuais 30 anos exigidos para ser governador ou vice-governador passariam para 28, enquanto o mínimo de 21 anos para ser deputado federal, deputado estadual (ou distrital), prefeito e vice-prefeito passaria a ser de 20 anos.

A PEC de Biondini ainda não está em tramitação na Câmara. Esse tipo de texto precisa de assinaturas de ao menos 171 deputados federais para ser pautado na Casa. Até a manhã desta quarta-feira, 22, 36 parlamentares, incluindo o autor e o próprio Nikolas Ferreira, assinaram a medida.

Protocolada a proposta, o primeiro passo é uma discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Nikolas Ferreira é um dos parlamentares brasileiros que acompanharam dos Estados Unidos a posse do presidente Donald Trump. Durante as solenidades, o deputado se encontrou com Pablo Marçal (PRTB), que afirmou que o mineiro será "presidente em 2034".

O deputado publicou em 14 de janeiro um vídeo com críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à portaria da Receita Federal, posteriormente revogada, que ampliava o monitoramento de transações financeiras via Pix e cartão de crédito. A publicação, que acumula mais de 315 milhões de visualizações, foi percebida pelo próprio governo Lula como o principal fator da crise que levou à revogação da norma.