Bolsonaro diz acordar todos os dias com 'sensação de ter PF na porta'

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira, 22, que acorda todos os dias com a sensação de ter a Polícia Federal (PF) na porta da casa dele. O ex-presidente foi indiciado três vezes pela corporação - o indiciamento mais recente ocorreu em novembro por suposta participação numa trama golpista após as eleições de 2022.

"Eu digo e alguns até reclamam: não é fácil a vida de presidente. 'Se é tão difícil porque tu quer ir para lá?'. Porque eu quero ajudar o meu País. Como é que você acha que eu acordo todo dia? Com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa. Seja criativo", disse o ex-presidente em entrevista ao canal no YouTube Auriverde Brasil.

Em novembro, o ex-presidente foi indiciado em três crimes na investigação sobre uma suposta trama para ruptura constitucional. A PF atribuiu a ele os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os três delitos atribuídos ao ex-presidente podem resultar em 28 anos de prisão.

Além da tentativa de golpe, Bolsonaro já foi indiciado em outras duas ocasiões pela PF: no caso envolvendo a fraude em seu cartão de vacinas e na tentativa de incorporar joias da Presidência ao seu acervo pessoal, um caso que foi revelado a partir de reportagens do Estadão. Ainda não houve manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Os indiciamentos de Bolsonaro não significam que o ex-presidente tenha sido considerado culpado pelos crimes imputados. O inquérito é a etapa na qual a autoridade policial coleta provas que indiquem, primeiro, a existência de um crime, a chamada materialidade. Comprovada a materialidade, busca-se a autoria da conduta criminosa. O indiciamento significa que, durante a etapa de inquérito, a polícia reuniu evidências suficientes para levar o caso contra um investigado adiante.

Bolsonaro diz se arrepender de generais no governo e que colocaria ministros 'casca-grossa'

Em outra entrevista concedida a um canal bolsonarista, o ex-presidente afirmou que se arrepende de ter colocado generais do Exército na Esplanada. Questionado sobre o que faria diferente caso voltasse a ser presidente, Bolsonaro afirmou que teria "ministros mais casca-grossa" para enfrentar o sistema.

"Você fala: 'o que faria diferente?' Os ministros palacianos seriam diferentes. Eu não teria lá alguns nomes, um general aqui. Eu não teria mais general ali. Eu ia ter ministros mais parrudos, mais casca-grossa para enfrentar o sistema", disse Bolsonaro em entrevista ao canal Fio Diário nesta terça-feira, 21.

A PF indiciou quatro generais que participaram da gestão de Bolsonaro por suposta participação na trama golpista, sendo eles: Augusto Heleno, Mário Fernandes, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto. Por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, Fernandes e Braga Netto estão presos preventivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma estudante foi morta e outro aluno ficou ferido em um tiroteio nesta quarta-feira, 22, em uma escola de ensino médio de Nashville, Tennessee, nos Estados Unidos. O atirador de 17 anos, que também era aluno da Antioch High School, tirou a própria vida, segundo a Polícia Metropolitana de Nashville.

Segundo o porta-voz da Polícia Metropolitana de Nashville, Don Aaron, dois policiais de recursos escolares estavam no prédio no momento do tiroteio, mas longe do refeitório, onde o estudante abriu fogo. Quando chegaram lá, o tiroteio havia parado e o atirador havia usado uma arma de fogo para atirar em si mesmo, disse Aaron.

O aluno que havia sido ferido foi atingido de raspão no braço por uma bala. Um outro estudante também estava sendo tratado pelo que Aaron descreveu como um ferimento facial, embora não tenha sido resultado de um tiro.

A escola tem cerca de 2 mil alunos e está localizada em um bairro de Nashville a cerca de 16 quilômetros a sudeste do centro da cidade.

Autoridades da escola pediram aos pais que não fossem até a escola para buscar seus filhos, mas que fossem a um hospital próximo. Os alunos estavam sendo levados de ônibus para lá quando foram liberados da escola pela polícia.

No hospital que está sendo usado como ponto de encontro, autoridades estavam ajudando pais chocados a voltarem para perto de seus filhos.

A porta-voz do FBI, Elizabeth Clement-Webb, disse em um e-mail que a polícia de Nashville não havia pedido a ajuda da agência federal na investigação do tiroteio até o início da tarde de quarta-feira. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a Rússia com impostos, tarifas e sanções se um acordo entre Kiev e Moscou não for fechado em breve, apostando novas fichas para cumprir com sua promessa de dar fim à guerra na Ucrânia assim que chegasse à Casa Branca.

Em uma postagem em sua rede social Truth Social nesta quarta-feira, 22, Trump afirmou que a economia russa está falhando e que faria um "grande favor" a Vladimir Putin.

"Se não chegarmos a um 'acordo' em breve, não tenho outra escolha senão aplicar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes. Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse Presidente", escreveu.

Antes de sua posse na segunda-feira, Trump havia prometido encerrar a guerra na Ucrânia até mesmo antes de assumir o cargo, o que levou a especulações de que ele poderia pressionar Kiev a fazer concessões a Moscou. Contudo, nas últimas horas, parece ter adotado um tom mais duro em relação a Putin.

Ele já havia dito em uma entrevista coletiva na Casa Branca na terça-feira que parecia "provável" que aplicaria sanções adicionais se Putin não comparecer à mesa de negociações.

Mas há poucos indícios de que ameaças econômicas possam fazer Putin ceder. Além de pequenas quantidades de fertilizantes, rações para animais e maquinário, a Rússia atualmente exporta quase nada para os EUA. Segundo a Bloomberg, os EUA importaram cerca de US$ 4,6 bilhões em bens da Rússia em 2023, o que representa menos de 0,2% do total das importações.

Além disso, o país já é uma das nações mais sancionadas do mundo. Os EUA já impuseram diversas sanções contra Moscou devido à guerra durante o governo Biden, mas outras são anteriores e algumas foram impostas durante o primeiro mandato de Trump. E até agora tiveram pouco ou nenhum efeito coercitivo.

Trump instruiu seu enviado especial, Keith Kellogg, a encerrar a guerra em 100 dias, disse o jornal The Guardian, citando a imprensa americana.

Na entrevista coletiva de terça-feira, 21, o presidente dos EUA não comentou se pretende dar continuidade à política do seu antecessor de enviar armas à Ucrânia para combater a invasão russa.

"Estamos examinando isso", declarou. "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodmir) Zelenski, vamos conversar com o presidente Putin muito em breve", disse ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Israel lançou o que chamou de "uma grande operação antiterrorismo" na Cisjordânia, expandindo sua campanha contra a militância no território palestino após mais de 15 meses de guerra em Gaza. As forças israelenses do exército, da polícia e do serviço de segurança interna iniciaram a operação no campo de refugiados da cidade de Jenin, na Cisjordânia, com ataques de drones e invasão do local com veículos blindados leves, segundo declarações e imagens divulgadas pelo exército de Israel.

O Ministério da Saúde palestino disse que 10 pessoas foram mortas pelas forças israelenses em Jenin, todas com idades entre 16 e 57 anos.

Israel afirmou nesta quarta-feira que havia matado 10 militantes desde o início da operação.

Embora as forças israelenses tenham operado com frequência na Cisjordânia durante a guerra em Gaza, o local permaneceu como palco secundário, com a presença israelense reduzida entre as frentes primárias do Hamas, em Gaza, e do Hezbollah, no Líbano.

"Essa é uma etapa adicional para atingir o objetivo que estabelecemos de reforçar a segurança na Judeia e Samaria", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, usando o termo oficial de Israel para a Cisjordânia.

O Hamas já conclamou os palestinos a aumentarem os ataques contra os israelenses na região. Fonte: Dow Jones Newswires.