Rui Costa critica 'lacração' e diz que oposição ao governo Lula faz 'molequeira'

Política
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, distribuiu críticas a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por divulgar "lacração" nas redes sociais nesta quarta-feira, 22. Segundo o ministro, os adversários do Planalto promovem "deboche, mentira, calúnia e molequeira" e preferem o impulsionamento digital ao invés da formulação de propostas concretas.

"Não constrói cidade assim, não se melhora transporte urbano com lacração, não se melhora atendimento nos hospitais lacrando ou com likes. Curtida é bom quando tá brincando, é lazer. Na vida real, as coisas têm que ser tratadas com seriedade, não com deboche, mentira, calúnia e molequeira", afirmou o ministro da Casa Civil em entrevista no Bom Dia, Ministro, programa governamental da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Rui Costa não mencionou nomes, mas afirmou que não sabe como alguns parlamentares chegaram ao Congresso Nacional. Ele relembrou a vida política, quando foi opositor de partidos de direita no passado e, segundo ele, os oponentes apresentavam propostas e não focavam em "lacrar nas redes sociais".

"Você podia divergir, mas a pessoa tinha seriedade no que falava, [tinha] propostas concretas. Hoje, é lamentável. Você olha e não acredita que aquela pessoa se elegeu senador, deputado. Pessoa que não tem uma sugestão boa para melhorar a vida das pessoas, só quer lacrar em rede social", afirmou Rui Costa.

Após deixar os estúdios da EBC, Rui Costa participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto para celebrar a concessão de uma rodovia em Minas Gerais. Em uma indireta para o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), o chefe da Casa Civil afirmou que ele está no grupo dos políticos que "gostam de lacrar na internet".

"O Brasil, a gente pode dividir em dois grupos: aqueles que gostam de lacrar na internet, e aqueles que gostam de trabalhar pelo povo brasileiro e pelo Brasil. Os que gostam de lacrar na internet, deixaram as estradas de Minas Gerais com apenas 42% [estradas] consideradas boas", disse o ministro da Casa Civil.

No mesmo evento, Lula também alfinetou Zema. Desde a semana passada, quando o presidente sancionou com vetos o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag), Zema passou a distribuir críticas a ele e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em uma postagem no X (antigo Twitter) respondendo Haddad, Zema disse que o programa de renegociação de dívidas iria prejudicar diretamente os mineiros. Ele também rebateu o ministro sobre uma acusação de que ele não seria transparente nas negociações do Propag. Nesta quarta, Lula disse que o mineiro lhe devia um prêmio pelo acordo e citou que a palavra "obrigado é simples, mas para dizê-la, é preciso ter grandeza".

"Esse acordo das dívidas de Minas Gerais, dos Estados como um todo, o governador de Minas Gerais deveria vir aqui me trazer um prêmio. Um troféu do primeiro presidente da República que ele tem conhecimento que nunca vetou absolutamente nada de nenhum governador, de nenhum prefeito por ser contra ou por ser oposição", afirmou Lula no evento. O governador foi convidado para participar da cerimônia, mas não compareceu.

Propostas como a fiscalização do Pix deverão passar antes pela Casa Civil

Após a polêmica da proposta do Ministério da Fazenda de monitorar as transações financeiras, incluindo o Pix, que fez o governo Lula recuar e revogar a medida devido à repercussão negativa nas redes sociais, o presidente decidiu que todas as medidas semelhantes deverão passar antes por Rui Costa.

"Daqui para frente é dedicação. Mais do que vocês já tiveram. Daqui para frente nenhum ministro vai poder fazer portaria que crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, faz um negócio qualquer, e daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República", disse o petista na reunião ministerial realizada nesta segunda-feira, 20.

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Uma estudante foi morta e outro aluno ficou ferido em um tiroteio nesta quarta-feira, 22, em uma escola de ensino médio de Nashville, Tennessee, nos Estados Unidos. O atirador de 17 anos, que também era aluno da Antioch High School, tirou a própria vida, segundo a Polícia Metropolitana de Nashville.

Segundo o porta-voz da Polícia Metropolitana de Nashville, Don Aaron, dois policiais de recursos escolares estavam no prédio no momento do tiroteio, mas longe do refeitório, onde o estudante abriu fogo. Quando chegaram lá, o tiroteio havia parado e o atirador havia usado uma arma de fogo para atirar em si mesmo, disse Aaron.

O aluno que havia sido ferido foi atingido de raspão no braço por uma bala. Um outro estudante também estava sendo tratado pelo que Aaron descreveu como um ferimento facial, embora não tenha sido resultado de um tiro.

A escola tem cerca de 2 mil alunos e está localizada em um bairro de Nashville a cerca de 16 quilômetros a sudeste do centro da cidade.

Autoridades da escola pediram aos pais que não fossem até a escola para buscar seus filhos, mas que fossem a um hospital próximo. Os alunos estavam sendo levados de ônibus para lá quando foram liberados da escola pela polícia.

No hospital que está sendo usado como ponto de encontro, autoridades estavam ajudando pais chocados a voltarem para perto de seus filhos.

A porta-voz do FBI, Elizabeth Clement-Webb, disse em um e-mail que a polícia de Nashville não havia pedido a ajuda da agência federal na investigação do tiroteio até o início da tarde de quarta-feira. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a Rússia com impostos, tarifas e sanções se um acordo entre Kiev e Moscou não for fechado em breve, apostando novas fichas para cumprir com sua promessa de dar fim à guerra na Ucrânia assim que chegasse à Casa Branca.

Em uma postagem em sua rede social Truth Social nesta quarta-feira, 22, Trump afirmou que a economia russa está falhando e que faria um "grande favor" a Vladimir Putin.

"Se não chegarmos a um 'acordo' em breve, não tenho outra escolha senão aplicar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes. Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse Presidente", escreveu.

Antes de sua posse na segunda-feira, Trump havia prometido encerrar a guerra na Ucrânia até mesmo antes de assumir o cargo, o que levou a especulações de que ele poderia pressionar Kiev a fazer concessões a Moscou. Contudo, nas últimas horas, parece ter adotado um tom mais duro em relação a Putin.

Ele já havia dito em uma entrevista coletiva na Casa Branca na terça-feira que parecia "provável" que aplicaria sanções adicionais se Putin não comparecer à mesa de negociações.

Mas há poucos indícios de que ameaças econômicas possam fazer Putin ceder. Além de pequenas quantidades de fertilizantes, rações para animais e maquinário, a Rússia atualmente exporta quase nada para os EUA. Segundo a Bloomberg, os EUA importaram cerca de US$ 4,6 bilhões em bens da Rússia em 2023, o que representa menos de 0,2% do total das importações.

Além disso, o país já é uma das nações mais sancionadas do mundo. Os EUA já impuseram diversas sanções contra Moscou devido à guerra durante o governo Biden, mas outras são anteriores e algumas foram impostas durante o primeiro mandato de Trump. E até agora tiveram pouco ou nenhum efeito coercitivo.

Trump instruiu seu enviado especial, Keith Kellogg, a encerrar a guerra em 100 dias, disse o jornal The Guardian, citando a imprensa americana.

Na entrevista coletiva de terça-feira, 21, o presidente dos EUA não comentou se pretende dar continuidade à política do seu antecessor de enviar armas à Ucrânia para combater a invasão russa.

"Estamos examinando isso", declarou. "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodmir) Zelenski, vamos conversar com o presidente Putin muito em breve", disse ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Israel lançou o que chamou de "uma grande operação antiterrorismo" na Cisjordânia, expandindo sua campanha contra a militância no território palestino após mais de 15 meses de guerra em Gaza. As forças israelenses do exército, da polícia e do serviço de segurança interna iniciaram a operação no campo de refugiados da cidade de Jenin, na Cisjordânia, com ataques de drones e invasão do local com veículos blindados leves, segundo declarações e imagens divulgadas pelo exército de Israel.

O Ministério da Saúde palestino disse que 10 pessoas foram mortas pelas forças israelenses em Jenin, todas com idades entre 16 e 57 anos.

Israel afirmou nesta quarta-feira que havia matado 10 militantes desde o início da operação.

Embora as forças israelenses tenham operado com frequência na Cisjordânia durante a guerra em Gaza, o local permaneceu como palco secundário, com a presença israelense reduzida entre as frentes primárias do Hamas, em Gaza, e do Hezbollah, no Líbano.

"Essa é uma etapa adicional para atingir o objetivo que estabelecemos de reforçar a segurança na Judeia e Samaria", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, usando o termo oficial de Israel para a Cisjordânia.

O Hamas já conclamou os palestinos a aumentarem os ataques contra os israelenses na região. Fonte: Dow Jones Newswires.