Presidente exige que países da Otan gastem 5% do PIB com defesa

Internacional
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Em discurso por vídeo ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o presidente americano, Donald Trump, renovou nesta quinta, 23, sua antiga cobrança a aliados europeus sobre gastos com defesa, pedindo agora que eles elevem para 5% do PIB o montante investido.

 

O republicano voltou a pressionar os países da Otan. "É o que deveria ter sido feito anos atrás", disse Trump, acrescentando que o baixo nível de investimento em defesa era injusto com os EUA. "Muitas coisas têm sido injustas por muitos anos para os EUA."

 

Essa é uma reclamação antiga do republicano, que ameaçou abandonar a Otan, no primeiro mandato, caso os europeus não se comprometessem com o financiamento da aliança. "Eram apenas 2% e a maioria dos países não pagou até eu aparecer. Eu insisti que eles pagassem, e eles pagaram, porque os EUA estavam realmente arcando com a diferença."

 

Tarifas

 

Ao responder a perguntas da plateia, ele reservou algumas das críticas mais duras aos aliados dos EUA. Trump ameaçou impor tarifas à União Europeia, que acusou de cobrar uma tributação "injusta" de produtos americanos.

 

O presidente também criticou o fato de os EUA estarem sendo tratados de maneira injusta pelo bloco, diante da dificuldade para vender produtos americanos. "Amo a Europa, mas os países nos tratam de maneira injusta", disse. O republicano citou um comentário que recebeu de um empresário dizendo que enfrentava um ambiente mais hostil na Europa do que na China para seus negócios.

 

O presidente insistiu na ameaça de tarifar os produtos que não são fabricados nos EUA. "Venham fabricar seus produtos nos EUA e daremos a vocês os impostos mais baixos de todas as nações do mundo", declarou. "Mas, se não fabricarem seus produtos nos EUA, o que é uma prerrogativa de vocês, então, muito simplesmente, terão de pagar uma tarifa. Mas uma tarifa que direcionará centenas de bilhões de dólares e até mesmo trilhões de dólares para o nosso Tesouro para fortalecer nossa economia."

 

Investimento

 

Trump seguiu dizendo que não haveria lugar melhor no mundo para construir fábricas, criar empregos e expandir negócios do que os EUA. Segundo ele, a Arábia Saudita quer investir US$ 600 bilhões no país, mas ele pediria ao príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, que aumentasse o valor para US$ 1 trilhão, arrancando algumas risadas. "Eles farão isso porque temos sido muito bons com eles", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta terça-feira, 18, um pedido para que o senador Jorge Seif (PL-SC) fosse investigado por apologia à violência policial nas redes sociais. A informação foi publicada pelo site Platô e confirmada pelo Estadão.

O senador foi alvo de um representação ao Ministério Público Federal (MPF) após afirmar nas redes sociais que os policiais militares que jogaram o entregador de aplicativo Marcelo Barbosa do Amaral, de 25 anos,do alto de uma ponte em dezembro do ano passado na região de Cidade Ademar, deveria ter jogado o homem de um penhasco.

"Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque, com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio", escreveu o senador no X no dia 4 de dezembro.

"Minha solidariedade e apoio INCONDICIONAL aos PMs e ao Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O "filósofo" Sivuca já dizia em 1986: 'bandido bom é bandido morto'. Tá com pena das vítimas da sociedade? Leva pra casa!", acrescentou.

O soldado da Polícia Militar Luan Felipe Alves Pereira foi preso preventivamente após pedido da Corregedoria da PM.

Horas depois, o senador catarinense apagou a publicação. Em discurso no plenário do Senado, no dia 9 de dezembro, que cometeu um erro ao fazer a declaração nas redes sociais.

"Eu fiz uma manifestação nas minhas redes sociais até dura, agressiva, e no final descobrimos que, na verdade, o rapaz era entregador de aplicativo, que ele se desesperou. Não foi uma luta, simplesmente foi uma ação deliberada", declarou o senador.

A representação contra Seif foi remetida ao Supremo Tribunal Federal em janeiro deste ano pela Justiça Federal de São Paulo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou pelo arquivamento do caso por entender que as declarações de Seif estão sob imunidade parlamentar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), não vá mais a Brasília pedir dinheiro do governo federal. Em tom de brincadeira, o petista disse que, toda vez que vê a gestora estadual nos corredores do Palácio do Planalto, fala: "Pelo amor de Deus, lá vem a Fátima pedir dinheiro".

A fala aconteceu nesta quarta-feira, 19, durante cerimônia de inauguração da barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, no Rio Grande do Norte. No evento, ele parabenizou a governadora, mas ponderou que a barragem não vai resolver tudo, mas que ainda precisa de muito trabalho a ser feito.

"Isso é o começo de uma solução. Agora, não vá lá em Brasília me pedir mais dinheiro não, porque vou contar para vocês. Cada vez que vejo a Fátima andando pelos corredores do Palácio do Planalto, eu falo: 'Pelo amor de Deus, lá vem a Fátima pedir dinheiro aqui'", brincou o presidente. "Mas o dinheiro também não é meu, é do povo brasileiro. Então, se ela pede e eu percebo que merece, nós vamos atender."

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 19, a nova gestão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a presidência do deputado federal Paulo Azi (União-BA). Formalmente, o parlamentar foi eleito por 54 votos, mas era o único candidato, devido a um acordo entre os líderes partidários, fixado na terça-feira, 18.

Azi substitui a deputada Caroline de Toni (PL-SC) no cargo.

Mais importante comissão da Câmara, a CCJ discute a admissibilidade constitucional de propostas legislativas antes da análise do plenário. O colegiado tem 66 membros.

"Tenho a exata noção da honra que é dirigir os trabalhos dessa que é considerada por muitos a comissão mais importante desta Casa, mas ao mesmo tempo tenho a exata consciência da responsabilidade", declarou Azi.

Ele prosseguiu: "Tenham de mim alguns compromissos que quero assumir com as senhoras e senhores parlamentares: este presidente não deixará de buscar esforços para que cada membro possa exercer sua atividade parlamentar na mais alta plenitude."

Segundo Azi, é preciso dar atenção especial às matérias do Poder Executivo e ouvir "a voz das ruas".

O deputado acrescentou que cada parlamentar terá "liberdade", mas será "cobrado" pela atenção e respeito com os colegas. "Sei que esta comissão, que tem, independente de suas atribuições, é a porta de entrada de todos os projetos que vêm tramitar no Poder Legislativo. Sei que é preciso que a comissão possa adquirir protagonismo", afirmou.

Azi também afirmou que o privilégio à apreciação de requerimentos de urgência "limita o debate e o aperfeiçoamento dos diversos projetos que tramitam na Casa" e lembrou a promessa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que as comissões voltem a ser o ambiente de aprimoramento das matérias legislativas.