Grécia fecha escolas e aciona equipe de emergência por risco de grande terremoto

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Um pico na atividade sísmica em Santorini, uma ilha vulcânica localizada na Grécia, alerta para a possibilidade da região ser atingida por um terremoto potencialmente perigoso. Escolas foram fechadas e equipes de emergência enviadas à ilha e a outros arquipélagos próximos. Todas são destinos populares entre os turistas.

 

A região foi atingida por mais de 200 terremotos submarinos nos últimos três dias com magnitude variando entre 4,3 e 4,7. Apesar de não estarem relacionados ao vulcão adormecido de Santorini, especialistas afirmam que o padrão de atividade sísmica é motivo de preocupação.

 

"Essas medidas são de precaução, e as autoridades permanecerão vigilantes", disse o Ministro da Proteção Civil Vasilis Kikilias na noite do domingo, 2, após uma reunião de emergência do governo em Atenas. "Pedimos aos cidadãos que sigam rigorosamente as recomendações de segurança para minimizar os riscos."

 

Moradores e visitantes foram aconselhados a evitar grandes aglomerações em ambientes fechados, enquanto hotéis foram instruídos a esvaziar as piscinas para diminuir os danos potenciais aos edifícios causados por um terremoto.

 

A sequência atual de terremotos pode indicar um evento maior iminente.

"Todos os cenários permanecem abertos", afirma o sismólogo Gerasimos Papadopoulos. "O número de tremores aumentou, as magnitudes subiram e os epicentros se deslocaram para o nordeste. Embora sejam terremotos tectônicos, não vulcânicos, o nível de risco aumentou."

 

"Somos obrigados a fazer preparativos. Mas estar preparado para algo não significa que isso vai acontecer", pontuou o prefeito de Santorini, Nikos Zorzos.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que reforma tributária deve diminuir litigiosidade, durante o pronunciamento de abertura do ano judiciário de 2025 nesta segunda-feira, 3. "Precisamos ter mecanismo para julgar ações tributárias em menos de um ano", afirmou.

Barroso destacou a importância da reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2024 em tom de crítica ao pagamento entre R$ 80 a R$ 100 bilhões de precatórios, segundo ele.

O ministro também mencionou a aprovação da resolução que prevê acordo entre empregado e empregador por meio de homologação do Tribunal de Justiça, vedando reclamações trabalhistas. Segundo Barroso, o excesso de contestações pode prejudicar o nível de incentivo ao investimento.

'Teremos prédio próprio do CNJ e deixaremos de gastar R$ 13 milhões por ano'

Barroso afirmou que o Judiciário deixará de gastar R$ 13 milhões por ano com uma sede própria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Hoje, o órgão funciona em um espaço alugado. A declaração foi feita durante o pronunciamento de abertura do Ano Judiciário de 2025 nesta segunda-feira, 3.

O ministro também discursou contra a polarização nacional e ressaltou que diferentes visões de mundo são tratadas com respeito e consideração, mas que desagradar faz parte de qualquer Tribunal de Justiça.

"Todas as democracias reservam uma parte do poder para agentes públicos não eleitos", afirmou, ressaltando que não há lugar para "quem não aceite jogar as regras" da democracia. "Celebramos vitória das instituições e a volta do País à normalidade plena."

Também presentes, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriram mão do exercício da palavra, e não discursaram no evento.

O PSOL designou a deputada federal Talíria Petrone (RJ) líder da bancada na Câmara dos Deputados neste ano, segundo comunicado da legenda divulgado nesta segunda-feira, 3. A parlamentar substitui Erika Hilton (SP) no posto.

Talíria Petrone já havia sido líder do PSOL na Câmara em 2021. Ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ela elogiou a redução do desemprego e da miséria durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que a bancada deseja ajudar o governo.

"A lógica recessiva que predomina a tese do ajuste fiscal não ajuda o País a se desenvolver. Em defesa do programa que elegeu o nosso presidente, para que a gente possa continuar colhendo frutos, a gente vai seguir defendendo que mais investimentos públicos ajudam a enfrentar a desigualdade", declarou.

A deputada vai liderar uma bancada de 14 integrantes da federação do PSOL com a Rede Sustentabilidade. Os líderes partidários têm funções de articulação e de orientação das votações durante as sessões.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quinta-feira, 30, por suposta improbidade administrativa do Palácio do Planalto ao negar informações públicas acerca das agendas feitas pela primeira-dama Rosângela da Silva, a "Janja". Segundo Zambelli, a falta de transparência acarretaria desvio de finalidade por parte do Executivo.

O Estadão procurou a assessoria de Janja e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), mas não obteve retorno.

No último dia 27, o jornal O Globo mostrou que o governo federal adotou o costume de recusar a entrega de solicitações feitas pelo veículo e pela ONG Fiquem Sabendo, especializada no acesso a informações públicas. O Estadão também teve solicitações, via Lei de Acesso à Informação (LAI), sobre pessoas que acessaram o Palácio do Planalto com a intenção de ir ao gabinete da primeira-dama negadas pela Casa Civil da Previdência.

A postura do governo federal foi criticada pela Transparência Internacional - Brasil, que declarou que Janja está exercendo uma função pública e a falta de formalidade não é justificativa para a falta de publicidade por parte do Planalto. ". O fato disso estar acontecendo sem as formalizações necessárias não pode ser justificativa para desrespeitar o princípio da publicidade da administração pública, a lei de acesso à informação e a lei de conflitos de interesses. Ao contrário, a informalidade agrava a situação", disse o diretor-executivo da Transparência Internacional Brasil, Bruno Brandão.

Na representação enviada à PGR, Zambelli afirmou que a falta de formalidade de Janja configuraria "abuso de poder". A parlamentar quer que o MP investigue uma suposta violação dos princípios constitucionais da administração pública e pede que membros do governo federal sejam intimados para prestar depoimento. A deputada, porém, não especifica quais autoridades devem ser ouvidas.

"Há possível ato de improbidade administrativa, quando do sigilo, aparentemente doloso, de determinadas informações que, no fim das contas, devem respeito ao princípio da publicidade, visto que envolvem gastos de dinheiro público", afirmou Zambelli na representação.

Um dia antes de a parlamentar enviar a representação, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) protocolou um projeto de lei que enquadra cônjuges de presidentes, governadores e prefeitos no rol de autoridades sujeitas à obrigação de disponibilizar informações públicas. Se aprovada, a medida vai impactar diretamente os dados sobre Janja mantidos em sigilo.

O projeto de Rosângela não torna "de interesse público" quaisquer informações sobre Janja, mas somente os dados sobre as situações em que a primeira-dama esteve em uma função "representativa" do País, tal como em julho de 2024, quando esteve em Paris, na França, para representar o governo brasileiro abertura das Olimpíadas, ou durante a Cúpula do G-20, quando participou de conferências paralelas ao evento e organizou o "Janjapalooza", com até R$ 83,45 milhões de patrocínio de empresas estatais.

O Estadão mostrou que o governo pagou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja na capital francesa. Além do gasto com as passagens aéreas da primeira-dama, estão na soma os valores de passagens aéreas e diárias internacionais de cinco servidores que integraram o grupo. Só para o deslocamento aéreo, foram R$ 148,4 mil.

No mesmo dia em que enviou a representação à PGR, Zambelli foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por disseminar conteúdos falsos que buscaram minar a confiança no sistema eleitoral nas eleições de 2022. A medida não tem efeito imediato, já que a parlamentar pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte na qual a deputada do PL já anunciou que vai entrar com recurso.