China vai taxar petróleo vindo dos EUA em 10%; carvão e gás liquefeito terão taxa de 15%

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O Ministério do Comércio da China anunciou nesta terça-feira (4) a imposição de tarifas sobre diversos produtos fabricados nos Estados Unidos, em contraposição à taxação de bens chineses em 10% anunciada no sábado, 1º, pelo presidente americano, Donald Trump.

O carvão e o gás liquefeito serão taxados em 15%, enquanto o petróleo, as máquinas agrícolas e os veículos de grande potência americanos terão tarifas de 10%.

Na segunda-feira, 3, a Casa Branca informou que o Trump conversaria com o presidente da China, Xi Jinping, ainda nesta terça. Ainda na segunda, o governo americano suspendeu em 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos com origem no México e no Canadá após abrir negociações com os dois países sobre o controle das fronteiras. Fonte: Associated Press.

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O ex-senador José Reguffe se filiou ao Solidariedade na noite de segunda-feira, 3, em evento realizado na sede nacional do partido, em Brasília. Ele estava sem legenda desde 2022, quando deixou o União Brasil.

Reguffe iniciou sua trajetória política em 2007, ao assumir o cargo de deputado distrital pelo PDT, partido ao qual foi filiado até 2016. Em 2010, elegeu-se deputado federal com 266.465 votos, tornando-se o mais votado do País proporcionalmente, com 18,95% do total.

Quatro anos depois, em 2014, conquistou uma vaga no Senado, onde permaneceu até fevereiro de 2023. Durante seu mandato, foi filiado ao Podemos entre 2019 e 2022, e ao União Brasil posteriormente.

Nas eleições de 2022, lançou sua pré-candidatura ao governo do Distrito Federal, mas o União Brasil decidiu apoiar a reeleição de Ibaneis Rocha (MDB). Após essa decisão, Reguffe deixou o partido e não disputou a reeleição para o Senado.

O Solidariedade destacou a atuação do ex-senador em sua trajetória política e afirmou que sua chegada à legenda reforça o compromisso com transparência e eficiência na gestão pública.

"O Solidariedade acredita que a chegada de José Reguffe fortalecerá nosso compromisso com a renovação política e com a luta por um país mais transparente e eficiente", declarou o partido em nota oficial.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que muitas das críticas aos gastos do Judiciário são "injustas". Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 3, o ministro argumentou que parte dos adicionais salariais recebidos por magistrados tem respaldo legal e se justifica pelo alto volume de processos.

Segundo Barroso, juízes brasileiros lidam com uma carga processual acima da média global, o que torna necessária a concessão de indenizações. Ele destacou que há situações legítimas em que os magistrados recebem acréscimos, como quando acumulam processos de colegas ou têm férias pagas no mês. "Há penduricalhos que são inaceitáveis e devem ser questionados judicialmente. Mas há situações legítimas", disse.

O ministro também respondeu a questionamentos sobre a transparência nos gastos do Supremo. Ele afirmou que todas as despesas da Corte são publicamente divulgadas. "Aqui no STF, todos os gastos com dinheiro público são divulgados em páginas de absoluta transparência e, portanto, não há nenhum dinheiro público gasto pelo Supremo que não esteja no Portal da Transparência", declarou.

O pagamento de benefícios adicionais a magistrados resultou em despesas expressivas. De acordo com relatório da Transparência Brasil, a conversão de licença-compensatória em dinheiro, autorizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em outubro de 2022, aumentou em média R$ 12.400 os contracheques de 8.736 magistrados, resultando em um gasto total de R$ 819 milhões em 16 meses.

Durante esse período, 870 juízes receberam vencimentos acima de R$ 100 mil, e pelo menos 4.200 magistrados ultrapassaram essa quantia devido ao benefício. O maior valor registrado foi o de um desembargador de Pernambuco, que recebeu R$ 313,2 mil adicionais no período analisado.

O benefício surgiu a partir da gratificação por exercício cumulativo, que acrescentava 1/3 do salário para juízes que acumulassem funções por mais de 30 dias. Antes, esse valor era considerado remuneratório e estava sujeito ao teto constitucional, mas a nova regulamentação permitiu sua conversão em pagamento extra, elevando os montantes recebidos.

Durante a abertura do Ano Judiciário, também na segunda-feira, 3, Barroso defendeu a atuação do Poder Judiciário. Ele afirmou que algumas críticas ocorrem por falta de compreensão sobre o trabalho dos juízes.

"Nós somos contra todo o tipo de abuso, e a Corregedoria Nacional de Justiça, liderada pelo ministro Mauro Campbell Marques, está atenta. Mas é preciso não supervalorizar críticas que muitas vezes são injustas ou frutos da incompreensão do trabalho dos juízes", afirmou.

O presidente do STF apresentou números do orçamento do Judiciário e relatou projetos em andamento. O ministro disse que, desde 2017, o orçamento da instituição se mantém com reajuste apenas pela inflação. Também informou que, em 2024, foram devolvidos R$ 406 milhões ao Tesouro Nacional.

Barroso ressaltou que os gastos do Judiciário vêm diminuindo proporcionalmente ao orçamento público. Segundo o magistrado, o custo do Poder Judiciário, incluindo Ministério Público e Defensoria Pública, representa atualmente 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele apontou que essa participação está em queda desde 2009, quando o Judiciário da União correspondia a 4,83% do orçamento fiscal, enquanto em 2025 será de 2,93%.

As declarações ocorrem em meio a debates sobre os altos salários no funcionalismo público. Em dezembro, a proposta do governo de estabelecer regras mais rígidas para pagamentos acima do teto constitucional provocou reações no Judiciário. Desde o dia 1.º de fevereiro, o teto salarial do funcionalismo subiu para R$ 46.366,19, valor equivalente a mais de 30 vezes o salário mínimo nacional.

Os deputados federais de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preparam uma nova tentativa de reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), proibido de concorrer a cargos eletivos até 2030, e habilitá-lo para a disputa presidencial de 2026.

Após entraves no projeto de lei que pretende anistiar os extremistas do 8 de Janeiro, os opositores se mobilizam pela aprovação de um projeto de lei complementar (PLP) de autoria de Bibo Nunes (PL-RS) para mudar a Lei da Ficha Limpa. A proposta foi protocolada em julho de 2023, logo após o primeiro julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condenou Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade.

O texto do deputado gaúcho reduz o tempo da pena de inelegibilidade de oito para dois anos. Segundo a justificativa apresentada, o período proposto "é uma sanção mais do que suficiente para os fins que se almeja a inelegibilidade". Além do autor, 72 deputados federais assinam a medida como coautores.

A proposta está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, sob a relatoria do deputado federal Filipe Barros (PL-PR), que ainda não apresentou um parecer. O colegiado, que analisa a admissibilidade jurídica de projetos de lei e é considerado o mais importante da Casa, elegerá neste mês um novo presidente. A comissão, por ora, é comandada por Caroline de Toni (PL-SC).

Ao portal O Antagonista, Bibo Nunes afirmou que a medida "não é um projeto casuístico". "Oito anos é um absurdo. Não tem o porquê", afirmou o parlamentar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já responsabilizou 898 pessoas pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, segundo relatório divulgado pelo gabinete de Alexandre de Moraes em janeiro.

A anistia aos envolvidos no Ataque aos Três Poderes é uma das bandeiras de Bolsonaro, que estima que uma versão ampliada do projeto da anistia possa anular suas condenações na esfera eleitoral e habilitá-lo para a eleição presidencial de 2026.

Em entrevistas, Bolsonaro reafirma que é candidato na próxima eleição, ainda que acumule duas penas por inelegibilidade e evite responder se acredita, de fato, que poderá revertê-las a tempo da próxima disputa presidencial.

O projeto de lei da anistia aguarda a criação de uma comissão especial da Câmara. Os novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmaram que não se opõem a pautar a proposta, mas ressaltam que a medida divide opiniões dos congressistas, o que pode dificultar sua aprovação.