China: tarifas sobre os produtos americanos entram em vigor na segunda-feira, 10

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A Comissão de Tarifas Aduaneiras da China anunciou nesta terça-feira (4) que a imposição de tarifas sobre alguns produtos dos Estados Unidos vai entrar em vigor na segunda-feira, 10. A taxação será de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito e de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e veículos de grande potência.

 

O órgão informou, em comunicado, que as tarifas são uma resposta direta à taxação de 10% imposta aos produtos chineses pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no sábado, dia 1º.

 

O Ministério do Comércio da China anunciou ainda o controle da exportação de produtos à base de tungstênio, telúrio, bismuto e molibdênio. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A Defensoria Pública da União (DPU) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que notifique por carta rogatória o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a denúncia por "coação" no processo da trama golpista.

"No entender da DPU, no presente caso, é indevida a notificação da imputação penal por edital, uma vez que é do conhecimento do Poder Judiciário o fato de que o denunciado se encontra em país estrangeiro", diz a manifestação encaminhada ao ministro.

Eduardo está há sete meses nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, o ministro determinou a intimação padrão do deputado, em seus endereços declarados no Brasil. O oficial de Justiça não conseguiu entregar o documento. Por isso, Moraes autorizou a notificação por edital, a partir da publicação da intimação no Diário Oficial e em jornais de grande circulação.

A notificação por carta rogatória depende da cooperação de autoridades americanas, o que torna o processo mais demorado.

A Defensora Pública assumiu a defesa do deputado porque ele não constituiu advogado no prazo.

Em manifestação enviada nesta quarta-feira, 22, ao STF, o defensor público Antonio Ezequiel Inácio Barbosa afirma que a atuação do órgão é "indevida e prematura" porque Eduardo não tomou conhecimento formal do processo "pelo meio legalmente determinado".

"Evidentemente, se depois de validamente cientificado e alertado da possibilidade de remessa dos autos à Defensoria Pública, o denunciado permanecer inerte, sua defesa técnica será realizada pela DPU, pois nessa hipótese será possível presumir a anuência com a atuação desta instituição", afirma o defensor público.

O deputado usou as redes sociais para criticar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A DPU afirma que "eventual ciência informal da existência da denúncia não supre a exigência de cientificação oficial e válida prevista em lei".

"O devido processo legal não se satisfaz com o conhecimento de fato, 'por ouvir dizer', da imputação, mas exige o cumprimento das formalidades essenciais que asseguram ao acusado o direito de constituir defensor de sua escolha e de ser regularmente chamado a exercer sua defesa", diz o órgão.

Quando determinou a notificação do deputado por edital, Moraes afirmou que ele "está criando dificuldades para ser notificado" e destacou uma nota publicada por Eduardo no X a respeito da denúncia.

A Defensoria Pública sustenta que "a cogitação hipotética de que o denunciado poderia estar se esquivando ao processo não autoriza o desrespeito ao rito legalmente estabelecido, sob pena de se legitimar nulidade processual em razão de suposição sobre a conduta da parte".

A PGR denunciou Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo pela articulação nos Estados Unidos de sanções contra o STF. Segundo o procurador-geral da República Paulo Gonet a campanha teve como objetivo pressionar os ministros a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o procurador-geral, ficou comprovado que Eduardo e Paulo Figueiredo se valeram de contatos no governo Donald Trump para "constranger a atuação jurisdicional" do Supremo Tribunal Federal.

Em nota conjunta, eles disseram ser alvo de "perseguição política", atribuíram a denúncia a "lacaios" do ministro Alexandre de Moraes e disseram que vão continuar a campanha nos Estados Unidos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, solicitou nesta quarta-feira, 22, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para receber visitas em sua residência. Entre os nomes pedidos estão o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o desembargador aposentado Sebastião Coelho, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) e o bispo Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra.

Os pedidos foram encaminhados por meio de seus advogados de defesa. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto deste ano. Em setembro, o ex-chefe do executivo foi condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado e por liderar uma organização criminosa.

A solicitação para receber Valdemar ocorre um dia após o STF decidir pela reabertura da investigação sobre a participação do presidente do PL na chamada trama golpista. Votaram pela reabertura o relator Alexandre de Moraes e os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux divergiu e votou contra.

Durante o julgamento do "núcleo 4" da tentativa de golpe, Moraes sugeriu o envio de documentos à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para subsidiar a reabertura da investigação sobre Valdemar. A solicitação foi fundamentada no artigo 18 do Código de Processo Penal, que permite reabrir investigações arquivadas em caso de surgimento de novas provas.

Outro nome solicitado por Bolsonaro foi o do deputado Alfredo Gaspar, relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, em outra oportunidade Gaspar recusou o convite, alegando a necessidade de manter a imparcialidade nos trabalhos da comissão.

"Eu disse que iria com muita honra, e assim foi feito o pedido. Depois, fui escolhido como membro da CPMI e, posteriormente, como relator. Quero dizer que estou declinando desse convite para manter a imparcialidade dos trabalhos, mas me senti honrado com ele", declarou o parlamentar em agosto.

Segundo Gaspar, o convite havia sido feito por meio do advogado de Bolsonaro uma semana antes de sua escolha como relator da CPMI.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), reforçou a intenção de concorrer ao Senado em 2026 pelo Estado de Pernambuco. No entanto, ponderou que a candidatura ainda depende de alinhamentos, inclusive com o governo federal.

"Nosso projeto é disputar o Senado em 2026, mas uma eleição não depende apenas de um desejo pessoal, mas sim de um conjunto de fatores", afirmou o ministro, que é deputado federal licenciado de Pernambuco.

Ao ser questionado se estaria disposto a abrir mão da candidatura por pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Costa Filho complementou dizendo que, na hora certa, conversará com o petista sobre o tema.

"Até abril, é trabalhar muito de domingo a domingo, fazer o País andar e entregar o que o Brasil precisa", disse em referência ao prazo que deve se manter no cargo caso saia para concorrer ao Senado nas próximas eleições.

Sobre a disputa pelo governo de Pernambuco, o ministro afirmou que estará ao lado do prefeito do Recife, João Campos, que é pré-candidato. "Nós estamos juntos construindo uma aliança no Estado", reforçou.

Costa Filho falou à imprensa ao lado do governador do Paraná, Ratinho Junior, após a série de leilões portuários realizados nesta quarta-feira, 22, na sede da B3 em São Paulo. Pela manhã, foram concedidos os arrendamentos de áreas portuárias em Maceió (Terminal Marítimo de Passageiros). Na sequência, foi a vez do canal de acesso do Porto de Paranaguá (PR), a primeira licitação deste tipo no País.