Terremoto de magnitude 7,6 atinge o Caribe e gera risco de tsunami

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Um terremoto de magnitude 7,6 atingiu o Mar do Caribe na noite deste sábado, 08, e disparou alertas de tsunami para Cuba, Honduras e Ilhas Cayman. As informações são do Centro de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos. Autoridades locais pediram que os moradores saiam da região do litoral.

O sismo disparou alertas de tsunami para as Bahamas, Cuba, Honduras, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens, Porto Rico e República Dominicana. Previam-se inicialmente ondas de até três metros de altura em partes do litoral de Cuba, enquanto em Honduras e nas Ilhas Cayman ondas de até um metro poderiam ser registradas.

Posteriormente, o sistema de monitoramento dos EUA cancelou os alertas de tsunami, informando, no entanto, que "pequenas mudanças no nível do mar podem ocorrer" nos outros países.

O terremoto aconteceu às 18h23 (20h23 no horário de Brasília), no meio do mar, numa profundidade de 10 km. O epicentro do tremor foi a cerca de 209 km ao sudoeste da costa das Ilhas Cayman.

(Com agências internacionais)

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O advogado americano Martin de Luca, que representa a Trump Media e a rede social Rumble, defendeu o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 6.

Em seus argumentos, o advogado compara o Brasil com nações não democráticas. "Nem o Alexandre de Moraes, do Brasil, nem um juiz da Coreia do Norte, nem um juiz do Irã ou da Venezuela pode censurar um dissidente porque este fala coisas que não gosta de ouvir, não concorda ou se sente ameaçado, quando essa pessoa está no território dos EUA".

Ao defender Eduardo Bolsonaro, de Luca afirma que "quando uma pessoa se encontra fisicamente no território dos EUA, ela está protegida pela constituição americana. Isso inclui a Primeira Emenda". O trecho da legislação americana ao qual o advogado se refere garante a liberdade de expressão, imprensa e outros direitos básicos no território.

Moraes é alvo de ação da justiça americana

O ministro Alexandre de Moraes é alvo de uma ação da rede social Rumble e da empresa Trump Media. O processo pede que o juiz seja responsabilizado pela emissão de "ordens secretas de censura extraterritorial" e que os mandatos sejam reconhecidos como não executáveis.

O debate se organiza em volta dos meios usados por Moraes. A Justiça americana deve determinar se os métodos a que o ministro recorreu para pedir a suspensão de contas e conteúdos da Rumble é legal.

"Se o ministro quiser fazer de forma legal, o jeito certo seria notificar o governo dos EUA em Washington e pedir que se faça cumprir a ordem [de remoção de conteúdo]. Como o governo americano faz ao pedir que ordens judiciais americanas sejam homologadas por um juiz brasileiro", defende o advogado da Trump Media.

O advogado ainda afirma que Moraes encaminhou "mandados sigilosos de censura para empresas americanas por e-mail, sem notificação e pedindo sigilo para que o governo dos EUA não fosse informado".

Em um novo movimento, elementos foram incorporados à ação nesta sexta-feira, 6. Segundo Martin de Luca, as adições no processo argumentam que "cidadãos americanos, residentes dos EUA ou dissidentes políticos que estão se manifestando no território dos EUA são alvo de mandados de censura sigilosos do ministro Alexandre de Moraes".

O representante da Trump Media e do Rumble pede reparações e que Alexandre de Moraes, como pessoa física, seja responsabilizado.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade o recurso da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) no caso da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, com o hacker Walter Delgatti. Além de manter a condenação, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, votou pelo trânsito em julgado, "independentemente da publicação do acórdão".

A partir de agora, a sentença já começa a valer e a deputada pode ser presa, sem que o resultado precise ser publicado nos autos do processo. O entendimento foi acompanhado por Luiz Fux, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Os recursos foram esgotados, ou seja, não há mais nada dentro do processo que a deputada possa fazer para reverter a decisão.

Zambelli foi condenada a dez anos de reclusão, em regime inicial fechado, e Delgatti a oito anos e três meses de reclusão, além do pagamento solidário de indenização de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Também foram estabelecidas multas individuais de cerca de R$ 2,1 milhão para a deputada e de aproximadamente R$ 520 mil para o hacker.

O resultado da votação também quer dizer que, a partir de agora, o mandado de prisão preventiva contra Zambelli, ocasionado pela saída da parlamentar do Brasil, deixa de valer, e ela passa a ser procurada efetivamente para o cumprimento da sentença.

Pela Constituição, Zambelli também deve perder o mandato parlamentar, já que não cabe mais nenhum recurso de defesa na Justiça. Nesta quinta, 5, a Câmara dos Deputados aprovou licença de 127 dias para a parlamentar, que deixa de receber salário e abre lugar para o suplente Coronel Tadeu (PL-SP) tomar posse.

A deputada está foragida desde quarta-feira, 4, após Moraes decretar sua prisão preventiva por deixar o País afirmado que não tem pretensão de retornar. A saída ocorreu dias após o Supremo sentenciá-la no caso da invasão hacker. Segundo um aliado, ela deixou os Estados Unidos e está na Itália, onde possui cidadania e acredita estar a salvo da Justiça brasileira.

O nome da deputada foi incluído por pedido de Moraes na lista de difusão vermelha da Interpol, alerta máximo para foragidos internacionais. O ministro também mandou bloquear os passaportes de Zambelli, inclusive o documento diplomático que a deputada possui em razão do cargo, e abriu um novo inquérito para investigar possíveis crimes de coação no curso do processo e obstrução.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), comparou pessoas em situação de rua a veículos estacionados em locais proibidos. Ele indicou que é favorável a criação de uma lei no País para lidar com essas pessoas de forma semelhantes aos carros que estacionam em locais irregulares.

Procurado, o governo de Minas Gerais não se posicionou sobre a declaração até a publicação deste texto.

Zema concedia entrevista à rádio Jovem Pan na quinta-feira, 5, quando foi questionado sobre a segurança pública em Minas Gerais e uma suposta Cracolândia em Belo Horizonte.

"Temos lá moradores de ruas [sic] ainda. Eu falo que no Brasil nós tínhamos que ter uma lei. Quando você para um carro em lugar proibido, ele é removido, guinchado. Agora fica morador de rua às vezes na porta da casa de uma idosa, atrapalhando ela a entrar em casa, fazendo sujeira, colocando a vida dela de certa maneira em exposição. E não temos hoje nada no Brasil que é efetivo. É um problema em São Paulo, Belo Horizonte e em outras cidades", respondeu o chefe do Executivo mineiro.

Zema tem um histórico de declarações polêmicas desde que assumiu o governo de Minas em 2019, mas dobrou a aposta nos últimos meses em busca do apoio do bolsonarismo na tentativa de cacifar-se como pré-candidato a presidente no ano que vem.

Nesta semana, o mineiro relativizou a existência de uma ditadura militar no Brasil entre 1964 e 1985 e disse que se for eleito presidente concederá indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso ele seja condenado por tentativa de golpe de Estado. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo e reiteradas por Zema, no caso do indulto, em um evento nesta sexta-feira, 6.

Em 2023, o governador concedeu uma entrevista ao Estadão no qual associou Estados do Norte e do Nordeste a "vaquinhas" que produzem pouco. Ele também já compartilhou uma frase do ditador fascista Benito Mussolini em suas redes sociais.

Zema voltou recentemente de uma viagem a El Salvador, um dos países mais violentos do mundo que conseguiu reduzir drasticamente a taxa de homicídios após o presidente Naiyb Bukele transformar prisões em massa como política de Estado. A prática é condenada por organizações internacionais, que acusam Bukele de violar os direitos humanos.

Na entrevista, Zema elogiou o país da América Central e defendeu adotar práticas semelhantes e colocar o Exército brasileiro, que é responsável pela defesa externa do País, para combater o crime nas ruas.

"O que eles fizeram lá é o que o Brasil tinha que fazer. Eles enquadraram organizações e facções criminosas como organizações terroristas. E aí prender todos. Além disso, com essa decretação, Polícia Federal, Exército, teriam necessariamente de estar envolvido combatendo", disse Zema.

Embora adote discurso linha-dura na segurança pública, o governador tem visto os índices na área piorar sob sua gestão. Segundo o Atlas da Violência divulgado no mês passado, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 3,2% em 2023 na comparação com 2022 em Minas Gerais. Nacionalmente, houve redução de 2,3%.

Além disso, Zema contingenciou recentemente R$ 1 bilhão em despesas, o que levou a Polícia Civil a racionar combustível para as viaturas, enquanto a Polícia Militar suspendeu o treinamento policial básico e diligências administrativas.