Rubio encontra Netanyahu em sua primeira viagem ao Oriente Médio como Secretário dos EUA

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O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se encontra com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, neste domingo, em Israel, em sua primeira visita ao Oriente Médio como principal diplomata americano. Rubio também visitará os Emirados Árabes e a Arábia Saudita, mas não irá à Jordânia, ao Catar e ao Egito.

A viagem acontece poucos dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerir a transferência da população palestina da Faixa de Gaza para outros países e a reconstrução do local sob propriedade americana. O plano do republicano agradou aos israelenses, mas foi rejeitado por outros líderes árabes, que estão buscando uma contraproposta.

Neste domingo, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que recebeu uma remessa de munições dos Estados Unidos. O governo americano anterior, de Joe Biden, havia interrompido esse tipo de envio devido a preocupações com vítimas civis em Gaza. O cessar-fogo entre Israel e Hamas se mantém, apesar do ataque israelense no sul da região, nesta manhã.

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Eduardo Appio, juiz federal no Paraná que assumiu a cadeira do ex-juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato, será investigado por uma suposta tentativa de furto de três garrafas de champanhe francesa Möet&Chandon em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina. Cada garrafa pode custar até R$ 500. Procurado pelo Estadão, o juiz disse que o advogado dele vai explicar o "mal entendido".

A investigação será por meio de um procedimento disciplinar conduzido pela Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre (RS). O caso aconteceu na quarta-feira, 22, e teria sido flagrado por câmeras de segurança.

O TRF4 informou que 'não se manifestará por ora'. O Estadão apurou que a Polícia Civil de Santa Catarina oficiou a Corte nesta quinta-feira, 23, comunicando detalhes da ocorrência e que os 'procedimentos cabíveis serão feitos, mas sob sigilo por se tratar de magistrado'.

Atuação na Lava Jato

Eduardo Appio se notabilizou quando assumiu a cadeira do ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador, na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, berço da Operação Lava Jato. Appio ocupou por três meses a cadeira.

Ele herdou ações remanescentes da operação que ainda não havia sido dizimada pelo Supremo Tribunal Federal. Em meio à condução de processos envolvendo alvos da Lava Jato, Appio fez acusações graves aos trabalhos de Moro e também do então procurador da República Deltan Dallagnol, artífices da investigação que derrubou um esquema de corrupção e cartel na Petrobras (2003/2014).

Livro detona a Lava Jato

O juiz federal investigado escreveu o livro 'Tudo por dinheiro: a ganância da Lava Jato'. "Eu mal tinha tempo de realizar as muitas audiências", narra no livro. "Os lavajatistas operam no TRF da 4ª Região como uma verdadeira rede, quase como uma organização criminosa."

O TRF4 funcionou como a Corte de apelação da Lava Jato. Os recursos contra as decisões emanadas da 13.ª Vara de Curitiba tinham como destino o TRF4.

A obra é uma mistura de passagens biográficas, anedotas, relatos de bastidores e análises do sistema de Justiça, especialmente sobre os métodos da Operação Lava Jato.

Eduardo Appio nunca escondeu que discorda da forma como a investigação foi conduzida. As críticas atravessam toda a obra, acompanhadas de comentários sobre momentos-chave da operação.

Capítulo reservado para Moro

No livro, um capítulo inteiro é reservado a Moro, o protagonista da Lava Jato. Esse trecho é intitulado "Como Moro politizou o Judiciário". Os comentários endereçam desde as camisas pretas que o ex-juiz tinha o hábito de usar até sua tese de doutorado.

Em uma passagem, Eduardo Appio relembra que, ao assumir a cadeira de titular da 13.ª Vara de Curitiba, teve enorme dificuldade de se localizar no acervo de processos: "De um ponto de vista objetivo, Sérgio Moro, sem dúvida, é o pior gestor que conheci. Em vez de dar alguma organicidade aos processos, ele criou um verdadeiro cipoal, em que juízes, advogados, assessores, que fossem, se perdiam. Isso parece ter sido feito de forma dolosa, para atender a interesses pessoais."

Procurado pelo Estadão, na ocasião do lançamento do livro, o senador afirmou que a opinião de Eduardo Appio 'não tem credibilidade'. Segundo Moro, seu desafeto tem 'um comportamento extravagante que revela no mínimo falta de caráter e desequilíbrio mental'.

Queda após investigação informal

O livro foi escrito por Salvio Kotter a partir de 30 horas de entrevistas com o magistrado. Em um trecho, ele diz que: "A Vara de Curitiba é extremamente vigiada, qualquer deslize é fatal."

Appio conduziu processos remanescentes da investigação, entre fevereiro e maio de 2023, mas foi transferido depois de tentar investigar informalmente a relação entre o desembargador Marcelo Malucelli e Moro.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, defendeu o projeto que retira, em seis anos, despesas das Forças Armadas de até R$ 30 bilhões do teto de gastos do arcabouço fiscal e da meta de resultado primário (a diferença entre despesas e receitas, fora os juros da dívida. A declaração de Alckmin foi feita em conversa com jornalistas após um evento em Cáceres (MT).

"Nós devemos ter Forças Armadas mais equipadas do ponto de vista de tecnologia, de capacitação tecnológica e uma das prioridades principais é a fronteira. O Brasil tem uma fronteira seca gigantesca e aí é necessário você ter uma maior presença de segurança", afirmou Alckmin.

A proposta, de origem no Senado, uniu senadores do PT ao PL, sendo relatada pelo líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e relatado pelo líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). A proposta não passou por comissão e foi aprovada na Casa sem passar por comissões ou avaliações de impactos fiscais. Ela agora tramita na Câmara, onde não há data para votação.

O texto libera até R$ 3 bilhões fora do teto do arcabouço e da meta fiscal em 2025 para os investimentos nas Forças Armadas. A partir de 2026, durante seis anos, serão R$ 5 bilhões anuais fora do teto. O valor investido em 2026 deve ser descontado do limite em 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que errou ao dizer que "traficantes são vítimas dos usuários" de drogas. Disse que a frase foi "mal colocada" e que seu "posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado".

Em publicação no X na tarde desta sexta-feira, 24, porém, Lula não pediu desculpas pelo que falou. Disse que "mais importante do que as palavras são as ações" do seu governo.

"Fiz uma frase mal colocada nesta quinta-feira e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país", afirmou o presidente.

A publicação foi feita às 14h15, no horário de Brasília. Lula está na Malásia, onde, pelo fuso horário, era 1h15 de sábado. No texto, o presidente diz, ainda que "continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado".

Em declaração nesta sexta-feira, Lula disse que uma forma mais eficaz de combater o uso de drogas seria ter uma ação junto aos usuários.

"Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários, os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra (...). Então é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate a droga", afirmou.