Desativação de bomba da 2ª Guerra causa caos no transporte em Paris por horas

Internacional
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A desativação de uma bomba não detonada da Segunda Guerra Mundial, descrita pela polícia de Paris como "excessivamente perigosa", causou horas de caos nos transportes ferroviário e rodoviário da capital francesa, incluindo a suspensão das conexões de trem de alta velocidade com Londres e Bruxelas.

Após deslocar a bomba para um buraco, os especialistas conseguiram remover e destruir seu pino de segurança, "como se vê nos filmes", disse Christophe Pezron, chefe do laboratório da polícia de Paris, que supervisiona os serviços de desativação de bombas. Ele explicou que a bomba britânica de meia tonelada poderia ter causado sérios danos se tivesse explodido após ser acidentalmente escavada pelos trabalhadores com uma retroescavadeira.

Apesar de a operação policial ter tornado a bomba segura antes de sua remoção, ela gerou grandes transtornos para centenas de milhares de passageiros de trem e motoristas.

A bomba foi descoberta perto dos trilhos ao norte de Paris, forçando o fechamento da rede ferroviária que atende a Gare du Nord, a estação mais movimentada da França. Também foi necessário bloquear uma parte da rodovia A1, uma das principais vias de acesso ao norte de Paris, além de trechos do sempre movimentado anel viário da cidade enquanto os especialistas trabalhavam.

"Estamos felizes e aliviados que tudo isso tenha chegado ao fim", declarou o ministro dos Transportes, Philippe Tabarot, na tarde de sexta-feira, 12 horas após a primeira chamada para os especialistas em desativação de bombas, enquanto as estradas reabriam e os serviços ferroviários começavam a ser normalizados.

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez críticas a seu antecessor, Fernando Pimentel, do PT, durante cerimônia da Stellantis, na qual divide o palco com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sem mencionar o nome de Pimentel, o governador atual disse que assumiu, em 2019, um Estado que estava "literalmente desmoronando", referindo-se à tragédia, na mesma época, do rompimento da barragem de Brumadinho. Ele frisou que o governo estadual não fazia repasses de ICMS e de IPVA para os municípios mineiros. Também citou os atrasos nos pagamentos de servidores das gestões anteriores.

Ao lembrar, em seu discurso, do primeiro mandato, Zema disse que prometeu fazer um governo "da economia" e que daria exemplo como governador quando foi procurado por executivos da Fiat, do grupo Stellantis, para a discussão de novos investimentos no Estado.

*O repórter viajou a convite da Stellantis

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divide nesta terça-feira, 11, os holofotes de dois grandes eventos da indústria em Minas Gerais com o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), contra quem o atual chefe do Executivo pode disputar as eleições presidenciais do ano que vem.

A primeira agenda é a inauguração, na fábrica da Stellantis em Betim, de um centro dedicado ao desenvolvimento de carros híbridos.

Também está previsto o anúncio de contratação de engenheiros pela montadora que produz automóveis das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

Depois, a 110 quilômetros de Betim, são aguardadas as presenças de Lula e Zema na cerimônia que marca a expansão da fábrica da Gerdau em Ouro Branco.

Após visita às linhas de produção da Stellantis e uma conversa com o chaiman da montadora e herdeiro da família fundadora da Fiat, John Elkann, Lula participa agora da cerimônia de inauguração do centro de desenvolvimento no complexo industrial em Betim. Zema também participa da solenidade.

A Stellantis tem plano de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030. Os recursos incluem a produção nas fábricas brasileiras de carros híbridos, que combinam um motor elétrico com outro convencional movido a gasolina ou etanol.

Lula está acompanhado em Minas Gerais da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; do Trabalho, Luiz Marinho; e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

*Os repórteres viajaram a convite da Stellantis e da Gerdau

Com o avanço do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 denunciados por tentativa de golpe de Estado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aguarda a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as defesas prévias apresentadas pelos acusados.

O ministro Alexandre de Moraes determinou que a PGR, comandada por Paulo Gonet, se manifeste até a próxima sexta-feira, 14. Após a manifestação da PGR, Moraes, relator do caso, avaliará se há elementos suficientes para que a denúncia seja levada a julgamento.

Caso considere que o processo está pronto, ele encaminhará o caso à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros - Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Nessa etapa, os magistrados decidirão se aceitam ou rejeitam a denúncia. Os ministros analisam se ela atende aos requisitos exigidos pela lei, que sustentam as acusações. Se a denúncia for rejeitada, o caso será arquivado.

Se a Primeira Turma aceitar a acusação, os denunciados se tornarão réus e o processo seguirá para a fase de instrução. Nesse momento, serão coletadas provas, realizadas oitivas de testemunhas e analisados documentos que possam reforçar ou enfraquecer a acusação.

Finalizada a instrução processual, o caso será julgado pelo STF, que determinará se os réus são culpados ou inocentes. Se houver condenação, os envolvidos ainda poderão apresentar recursos dentro do próprio tribunal, buscando esclarecer ou modificar pontos da decisão.

Acusados do golpe questionam julgamento no STF e imparcialidade de Moraes

As defesas prévias enviadas nesta semana foram a primeira oportunidade que os denunciados tiveram de se manifestar formalmente sobre as acusações da PGR. Os denunciados por tentativa de golpe de Estado enviaram suas defesas prévias na última semana. As manifestações contestam tanto a condução do inquérito quanto o julgamento no STF.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que a análise do recebimento da denúncia seja feita pelo plenário do STF, e não apenas pelos cinco ministros que compõem a Primeira Turma.

Além de negar os crimes apontados pela PGR, os advogados de Bolsonaro acusam Moraes, de cometer abusos na condução do processo e alegam que a denúncia é "inepta" e "desorganizada", argumentando que o órgão se preocupou mais em "contar uma boa história" do que em sustentar juridicamente as acusações.

Outros denunciados também questionaram a competência do STF para julgar o caso, levantaram dúvidas sobre a imparcialidade de Moraes e cobram acesso integral aos autos e às provas reunidas pela Polícia Federal ao longo da investigação.