Terremoto de 7,1 graus próximo à Tonga gera alerta de tsunami

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Um forte terremoto de magnitude 7,1 ocorreu perto de Tonga, provocando um alerta inicial de tsunami, que depois foi suspenso, para o país insular do Pacífico. O Serviço Geológico dos EUA disse que o terremoto atingiu cerca de 100 quilômetros a nordeste da ilha principal nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, horário local.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, no Havaí, emitiu um alerta informando que poderia haver a possibilidade de ondas perigosas, mas depois disse que não havia mais ameaça de tsunami.

As sirenes de tsunami puderam ser ouvidas após o terremoto da 1h18 da manhã, pedindo aos moradores que se mudassem para o interior, de acordo com o site de notícias Talanoa. Não houve relatos iniciais de danos. Os moradores do grupo de ilhas Ha'apai se moveram calmamente para terrenos mais altos, segundo o relatório. Tonga é um país da Polinésia formado por 171 ilhas com uma população de pouco mais de 100 mil pessoas, a maioria das quais vive na ilha principal de Tongatapu. Fica a mais de 3,5 mil quilômetros da costa leste da Austrália.

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Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 27, aponta que mais da metade dos brasileiros tem vergonha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o levantamento, 58% dos entrevistados dizem se envergonhar dos ministros do Supremo, enquanto 30% declaram ter orgulho do tribunal.

O levantamento se baseia em respostas à pergunta: "você tem mais orgulho do que vergonha ou mais vergonha do que orgulho" de uma série de instituições. Foram ouvidas 2.004 pessoas em 136 municípios, entre 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A preferência político-partidária se mostrou relevante para a pesquisa. Apoiadores declarados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu em ação julgada pela Primeira Turma da Corte, que analisa sua participação em trama golpista após as eleições de 2022, se mostraram ainda mais negativos com relação ao STF, com 82% dos entrevistados declarando ter vergonha do Tribunal.

Já entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 52% têm orgulho dos ministros, enquanto 36% têm vergonha; 12% dos entrevistados não se posicionaram.

O pior índice para a Corte - 91% contra 5% - está entre os entrevistados simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro que foi alvo de uma multa de R$ 22,9 milhões por "litigância de má-fé", após a tentativa de anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

Entrevistados que declararam preferência pelo PT mostram o oposto e com uma diferença estatística menor: 53% de orgulhosos contra 36% de pessoas que sentem vergonha do tribunal.

A preferência religiosa dos entrevistados também indica diferenças. Católicos têm 33% de orgulho dos magistrados, enquanto os envergonhados são 56%. No grupo dos evangélicos, 66% dizem ter vergonha dos ministros e 22% sentem orgulho.

A pesquisa ainda revela que, entre as pessoas que consideram o atual governo ótimo ou bom, 57% afirmam ter orgulho do STF. Já entre os que consideram a gestão do presidente Lula ruim ou péssima, apenas 10% sentem orgulho dos ministros.

Os índices de rejeição ao STF são similares aos dos outros Poderes. 56% dos entrevistados declararam sentir vergonha do presidente Lula, 59% disseram ter vergonha dos deputados atuais e 59% sentem vergonha dos senadores. A pesquisa ainda apontou que 55% dos brasileiros tem mais orgulho do que vergonha dos militares.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a 17 anos de pena Fábio Alexandre de Oliveira, homem que foi filmado sentado na cadeira do ministro durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Oliveira, que é mecânico, aparece em vídeos sentado na cadeira do ministro gritando frases ofensivas, como: "Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda!". A defesa diz que o acusado apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e que não há provas de materialidade e autoria dos crimes imputados.

Na gravação, ele utiliza luvas, para dificultar sua identificação datiloscópica, e mantém uma máscara de proteção contra gases sobre suas pernas. Para o Ministério Público Federal (MPF), o uso dos equipamentos demonstra "intenção e preparação para a prática de atos de que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança pública que guarneciam os prédios invadidos".

Moraes votou para condenar Oliveira à pena de 17 anos, sendo 15 anos e 5 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, além de 100 dias de multa - cada um fixado no valor de um terço do salário mínimo.

As penas foram aplicadas pelos crimes de: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado ao patrimônio público; deterioração do Patrimônio tombado; e associação criminosa armada.

Para Moraes, está comprovado, tanto pela ampla investigação realizada pela Polícia Federal quanto pelas provas documentais e audiovisuais constantes dos autos, que Oliveira "participou ativamente das manifestações antidemocráticas que antecederam os eventos de 8 de janeiro de 2023, aderindo, desde então, ao intento golpista".

"Suas manifestações públicas, sua presença nos locais invadidos, o uso de equipamentos para dificultar identificação, bem como as comunicações com outros envolvidos, evidenciam que instigou, apoiou e legitimou a atuação das massas que, no dia 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, com o objetivo de depor o governo legitimamente constituído e abolir o Estado Democrático de Direito", diz o ministro.

O ministro sustenta que os elementos constantes dos autos comprovam que a conduta não foi "episódica, tampouco passiva ou neutra, mas sim engajada, voluntária e com forte adesão ao propósito criminoso de ruptura da ordem constitucional".

Nas alegações finais, apresentadas em março deste ano, a defesa de Fábio Alexandre de Oliveira voltou a questionar a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o caso e alegou cerceamento de defesa. No mérito, afirmou que não há provas de materialidade e autoria dos crimes imputados, alegando que o réu não participou da invasão ou depredação dos prédios públicos. A defesa também negou que tenha havido dolo específico, sustentando que o acusado apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e que, mesmo admitindo presença nas imediações do Congresso Nacional, não há prova de ingresso ou de ação violenta.

Segundo Moraes, o interrogatório de Oliveira revelou contradições importantes entre suas declarações e as provas presentes nos autos, especialmente no que diz respeito à postura de espontaneidade e ausência de dolo por ele alegada.

"Apesar de afirmar que não ingressou em prédios públicos e que o vídeo teria sido feito para lembrança", admitiu estar ciente da situação de confronto, relatando que chegou à Praça dos Três Poderes por volta das 17h e que já havia "agitação" no local, inclusive com disparos de bombas e movimentação intensa de policiais", diz o ministro.

Moraes foi o primeiro a votar no caso, e ainda faltam os votos dos demais ministros da Primeira Turma para a conclusão do julgamento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em suas redes sociais que o Plano Safra 2025/2026 será o maior da história pelo terceiro ano seguido. A perspectiva é que o plano seja anunciado na próxima semana.

Em sua conta no "X", ele afirmou ainda que o governo tem investido mais nos grandes produtores que impulsionam o comércio exterior do País, mas também nos pequenos que colocam comida na mesa dos brasileiros. "Neste governo, ninguém fica para trás".

Lula escreveu também sobre sua visita à favela do Moinho, no centro de São Paulo. O presidente disse que "foi muito especial", e que foi possível conhecer uma comunidade que representa a força do povo brasileiro, que persiste e luta diariamente por uma vida melhor. "Enquanto presidente, tenho a honra e o dever moral de ajudar os moradores dessa comunidade. E é isso que vamos fazer".