Macron diz que tapa da mulher foi 'brincadeira'

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Foi só uma brincadeira. Essa foi a explicação dada nesta segunda-feira, 26, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para o vídeo que mostra sua mulher, Brigitte, empurrando seu rosto antes de o casal desembarcar no Vietnã. A agência de notícias Associated Press registrou o incidente na noite de domingo, 25.

 

O momento provocou uma avalanche de comentários nas redes sociais e virou manchete na França, com a mídia tentando decifrar a interação que as câmeras flagraram através da porta aberta do Airbus. Uns descreveram um tapa. Outros falaram em soco ou empurrão. "Tapa ou 'briga'?, perguntou o jornal Le Parisien.

 

O casal está junto desde 2007. Eles se conhecerem na escola onde ele estudava e ela era professora. A diferença de idade entre eles é de 25 anos. "Minha mulher e eu estávamos brincando, como costumamos fazer", disse Macron, acrescentando que estavam fazendo do caso uma "catástrofe geoplanetária".

 

Surpresa

 

Brincadeira ou não, as imagens são surpreendentes. Em vídeo gravado pela Associated Press, um homem uniformizado abre a porta do avião e Macron aparece impecável, de terno, conversando com alguém dentro do Airbus. De repente, os braços de Brigitte surgem do nada, como uma boxeadora desferindo o que parece ser um jab no rosto do presidente.

 

Percebendo que estava sendo filmado, Macron não perde a pose, abre um sorriso e acena para os jornalistas. Em imagens subsequentes, o casal aparece no topo da escada. Ele oferece o braço, mas ela não aceita e prefere descer apoiando-se no corrimão. "Todos precisam se acalmar", disse Macron, ao tentar minimizar o caso.

 

Não ajudou também o fato de o Palácio do Eliseu ter garantido que o vídeo era "fake", para mais tarde voltar atrás e mudar de estratégia. "Foi um momento em que o presidente e sua mulher estavam relaxando", afirmou um membro de seu gabinete, que pediu para não ser identificado, ao jornal Le Figaro. "Foi um momento de cumplicidade."

 

Encontros

 

Macron, de 47 anos, e Brigitte, de 72, se conheceram em 1992, quando ele tinha apenas 15 anos. Na época, ela era Brigitte Auzière, casada e mãe de três filhos. Professora de francês e latim de um colégio de Amiens, no norte da França, ela supervisionava o clube de teatro do qual ele era membro.

 

Macron era amigo de sala de um dos filhos de Brigitte. Escrever uma peça de teatro em conjunto foi o que aproximou o casal, que se encontrava todas as sextas-feiras.

 

"Escrevíamos juntos peças nas noites de sexta-feira e, no sábado, eu mal podia esperar a sexta-feira chegar de novo. Eu não entendia o porquê. Parecia loucura", afirmou Brigitte em entrevista à revista Elle France, em 2017.

 

Macron se apaixonou por Brigitte. Ao perceber a intimidade entre professora e aluno, os pais do atual presidente da França tentaram separá-los e enviaram o jovem a Paris, para terminar os estudos. Mas não adiantou.

 

Casamento

 

Apaixonado, o adolescente manteve contato com a professora e prometeu que a relação não acabaria. "Você não vai se livrar de mim. Eu vou voltar e vou casar com você", disse Macron, segundo relatou Brigitte em uma entrevista à revista Paris Match.

 

Segundo Macron, o romance só começou depois que ele completou 18 anos. Quando os dois se casaram, ele tinha 29 anos e ela, 54. Brigitte havia se divorciado do marido, André-Louis Auzière, que morreu aos 68 anos, em 2019. A primeira-dama francesa tem 3 filhos do primeiro casamento e 7 netos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), protocolou no último domingo, 9, um pedido de suspeição contra o magistrado no julgamento que apura o vazamento de mensagens sigilosas de gabinetes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.

A peça protocolada solicita a suspensão imediata de todos os atos praticados por Alexandre de Moraes no processo, especialmente os pedidos de prisão e extradição do ex-assessor, que se encontra na Itália. Também é solicitada a redistribuição de todos os processos que envolvam os dois.

Os advogados alegam que Moraes tem "interesse pessoal" no processo e que pratica "perseguição pessoal" contra Tagliaferro, que apresentam no documento como "perseguido político e torturado pelo Estado brasileiro". Também afirmam que o magistrado é "vítima, juiz, investigador, acusador e inquisidor".

Ainda segundo a defesa, ao negar que o julgamento do recebimento da denúncia contra Tagliaferro fosse realizado de forma presencial, Moraes comprometeu o direito de defesa e as prerrogativas dos advogados.

"A decisão do suspeitíssimo relator, que parece 'ter medo' de enfrentar os argumentos da Defesa, e se esconde atrás de uma tela de computador, merece ser cassada, diante da notória afronta aos dispositivos constitucionais supracitados", escrevem.

O julgamento do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Tagliaferro começou no dia 7 e segue até esta sexta-feira, 14. Três dos quatro ministros da Primeira Turma já votaram a favor do recebimento, o que formou maioria para torná-lo réu.

A denúncia atribui a ele quatro crimes: violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O caso envolve o vazamento de mensagens de juízes auxiliares de Moraes no STF e no TSE e a acusação de tentativa de obstrução de investigações sobre a trama golpista.

Os diálogos foram divulgados à imprensa no que ficou conhecido como "Vaza Toga", e a Polícia Federal concluiu nas investigações que Tagliaferro foi responsável pelos vazamentos. Durante as eleições de 2022, ele chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE.

As mensagens vazadas revelaram que a AEED foi acionada para munir inquéritos de Moraes no STF. Tagliaferro também afirma que Moraes adulterava documentos para justificar operações da Polícia Federal.

A PGR sustenta que o ex-assessor atuou em sintonia com grupos investigados nos inquéritos das fake news, da tentativa de golpe e das chamadas milícias digitais.

Suas ações tiveram, segundo a PGR, objetivo de "atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar noticias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE, bem como pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, 11, o julgamento que pode cassar o mandato do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), acusado de abuso de poder político e econômico.

Denarium foi condenado quatro vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) em 2023, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Ele permanece no cargo enquanto os recursos são analisados, situação que se mantém devido à suspensão temporária do processo.

O caso já havia sido pautado em agosto, mas a análise foi suspensa logo após o voto da relatora, ministra Isabel Gallotti, em razão de um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Em nota, a assessoria do governador afirmou que continua "confiando na Justiça, nas instituições e em todos que, assim como nós, acreditam em um Estado melhor para viver, trabalhar e empreender".

Denarium destacou ainda os avanços do estado: "Um Estado que se destaca no Brasil com o maior crescimento do PIB, a maior redução do número de homicídios, com aumento da área plantada e do rebanho bovino", disse em publicação nas redes sociais.

Na sessão, também será julgado o vice-governador Edson Damião (Republicanos), acusado pelos mesmos crimes. A ministra Isabel Gallotti, apontou que o número de beneficiários do programa "Cesta da Família" aumentou 400% em 2022, passando de 10 mil para 50 mil pessoas atendidas.

Em seu voto, Gallotti destacou ainda o programa "Morar Melhor", voltado à reforma de moradias de famílias de baixa renda, afirmando que ele foi "um engenhoso expediente que culminou na criação de novos programas em ano eleitoral, com dividendos eleitorais em favor do candidato à reeleição ao governo do Estado".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta segunda-feira, 10, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente de deputado Bosco Costa (PL-SE), por corrupção com emendas parlamentares.

Segundo a PGR, os deputados condicionaram a destinação de R$ 6,67 milhões em emendas ao município de São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, ao pagamento de R$ 1,67 milhão em propinas. Os parlamentares negam irregularidades.

A Procuradoria afirma que as provas são "irrefutáveis" e que a autoria e a materialidade dos crimes estão comprovadas por diálogos e documentos obtidos na investigação.

"Embora os deputados Josimar e Bosco Costa tenham negado a autoria das emendas, aproveitando-se da baixa transparência dos dados públicos sobre a procedência desses recursos, as provas confirmam serem eles os responsáveis pelas destinações", diz a PGR.

O vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, enviou ao STF os últimos argumentos da acusação no processo. As defesas ainda vão apresentar suas alegações finais, última etapa antes do julgamento. O relator do processo é o ministro Cristiano Zanin.

Além da condenação, a PGR pede a perda dos mandatos e o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos.

A PGR afirma que Josimar Maranhãozinho "ostentava a posição de liderança" do suposto esquema e, nessa condição, "coordenava a destinação dos recursos patrocinados pelos demais congressistas" e depois distribuía as propinas.

"Não há dúvida de que os réus, sob a chefia do deputado Josimar, constituíram e integraram organização criminosa", diz a Procuradoria nas alegações finais.

Os repasses teriam ocorrido entre dezembro de 2019 e abril de 2020, de acordo com a denúncia. Na época, o prefeito de São José de Ribamar era José Eudes Sampaio Nunes. A PGR afirma que ele foi "insistentemente abordado para ceder à solicitação de propina".

As defesas vêm pedindo o arquivamento da ação por falta de provas.