Macron diz que França e Reino Unido vão "salvar a Europa", em visita de Estado

Internacional
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O presidente francês, Emmanuel Macron, instou o Reino Unido a se manter próximo de seus vizinhos, apesar da saída dos britânicos da União Europeia (UE), dizendo que "a França e o Reino Unido 'salvarão a Europa'" ao defender a "democracia, a lei e a ordem internacional em um mundo perigoso", em vista de Estado nesta terça-feira, 8.

"O Reino Unido e a França devem mais uma vez mostrar ao mundo que nossa aliança pode fazer toda a diferença", disse, ao acrescentar que "salvarão" a Europa "pelo nosso exemplo e nossa solidariedade."

Segundo Macron, embora os britânicos tenha deixado o bloco, "o Reino Unido não pode ficar à margem. Porque defesa e segurança, competitividade e democracia estão conectados em toda a Europa como um continente". Ele também afirmou que a Europa deve fortalecer sua economia e defesas e reduzir sua dependência "tanto dos EUA quanto da China".

Nesta quarta, 9, é esperado que a política fique em destaque, com a reunião de Macron e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, para conversas sobre migração, defesa e investimentos.

A viagem de Macron, a convite do Rei Charles III, é a primeira visita de Estado ao Reino Unido por um chefe da UE desde o Brexit, e um símbolo do desejo do governo britânico de redefinir as relações com o bloco.

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), lidera todos os cenários eleitorais na disputa pelo governo estadual em 2026, independentemente se o adversário for o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB-SP), o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB-SP), ou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), aponta levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 9.

No cenário sem Tarcísio, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lidera contra França, enquanto o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP-SP) empata tecnicamente com o ministro.

Tarcísio tem 44,6% das intenções de voto contra 20,6% de Alckmin. A deputada federal Erika Hilton (PSOL) registrou 9,6%, seguida do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), com 5,3%, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 4,4%, do ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), com 3,9% e do cientista político Felipe D'Ávila (Novo) que tem 1,3%. Indecisos são 3,9% e brancos e nulos, 6,4%.

Com França no lugar de Alckmin, Tarcísio vai a 47,3% e o ministro do Empreendedorismo fica com 12,3% e empata tecnicamente com Hilton, que tem 11,1%.

Tarcísio tem 46,8% no cenário em que o candidato da esquerda é Haddad. O petista registrou 17,2% dos votos, seguido da deputada psolista, que neste caso fica tem 9,3%. Todos os dados são da pesquisa estimulada.

O Paraná Pesquisas entrevistou 1.680 eleitores em 84 municípios entre os dias 4 e 8 de julho. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Tarcísio é cotado para disputar a Presidência da República apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa testou o desempenho de nomes que podem ter o apoio do governador para substituí-lo no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem 29,9% das intenções de voto. Márcio França, com 14,2%, e Erika Hilton, com 11,8%, empatam no segundo lugar. Manga tem 8,8%, Padilha 6,5%, Serra 4,9% e D'Avila, 2,9%. Indecisos são 6,8% e brancos e nulos somam 14,3%.

Em outro cenário, França alcança 18%, mas empata na margem de erro com Guilherme Derrite, que tem 16,1%. O secretário estadual, por sua vez, também está tecnicamente empatado com Erika Hilton, com 12,3%.

As demais opções para substituir Tarcísio ficam no segundo pelotão quando testados. O secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), tem 9,2%, atrás de França (17,9%), Hilton (12,3%) e Manga (11,9%).

Atual vice-governador e futuro chefe do Executivo paulista caso Tarcísio se desincompatibilize em abril do ano que vem, Felício Ramuth (PSD) teria 4,7% dos votos, à frente numericamente apenas de D'Avila, com 3,3%. Neste cenário, Márcio França lidera com 19,7%.

O desempenho de Ramuth é similar ao do presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL-SP), que tem 4,9%. Ele também está a frente apenas do candidato do Novo (3,6%). França lidera novamente, com 19,4%.

Segundo turno

O Paraná Pesquisas testou cenários de segundo turno. Tarcísio ganharia de Márcio França por 61,6% a 24,3%. Brancos e nulos são 9,2% e indecisos, 4,8%.

O governador vence Alckmin por 56,4% a 33,3%, com 6,5% de brancos e nulos e 3,9% de indecisos. O instituto não testou cenário contra Haddad.

Nunes, por sua vez, ganha de França por 48,8% a 27,9%, e empata na margem de erro com Alckmin por 42,1% a 37,7%.

O ministro do Empreendedorismo tem 43,2% contra 27% de Derrite no segundo turno.

O deputado federal licenciado da Câmara Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), estão empatados dentro da margem de erro na disputa pelo Senado em 2026.

Segundo o levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 9, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi citado por 36,7% dos eleitores, enquanto o ministro petista por 32,8%. A margem de erro da pesquisa é de 2,4 porcentuais para mais ou para menos.

Nesse cenário, em que o nome dos candidatos foi apresentado para os eleitores - que puderam escolher até duas opções já que serão duas cadeiras vagas na Casa Alta no próximo ano - o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), recebeu 22,9% das menções. Na sequência, aparece o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (Novo), com 14,3% das intenções.

Ambos deixaram o PL de olho na vaga do Senado nas próximas eleições. Salles, que não recebeu o aval do partido do ex-mandatário para concorrer às eleições municipais ano passado, se filiou ao Novo em agosto do ano passado. Já Derrite, chegou ao Progressistas em maio deste ano com a promessa de receber apoio para se tornar referência política no debate sobre o combate à criminalidade no País, e tentar o cargo de senador com apoio do ex-presidente e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em um segundo cenário levantado pela pesquisa, em que o nome de Haddad é substituído pelo do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também empata dentro da margem de erro com Eduardo, e fica atrás numericamente por apenas um ponto porcentual de diferença. Os outros possíveis candidatos mantém as mesmas posições.

O depurado licenciado está morando nos Estados Unidos desde fevereiro, buscando formas de facilitar a vida do pai, que está inelegível até 2030, além de responder às fases finais no julgamento do golpe de Estado. Eduardo tem contra si um inquérito instaurado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no final de maio, que investiga a atuação do parlamentar no país americano contra autoridades brasileiras.

Quando questionados espontaneamente sobre em quem votariam para senador do Estado de São Paulo, ou seja, sem que os nomes fossem apresentados, 83,8% dos eleitores afirmaram ainda não saber. Nesse contexto, nenhum dos nomes citados atingiu 2% dos votos.

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 1.680 eleitores de 84 municípios paulistas entre os dias 4 e 8 de julho. O grau de confiança do levantamento é de 95%, para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,4 pontos porcentuais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nova publicação o americano classificou novamente as investigações contra Bolsonaro como "caça às bruxas" e pediu que ele seja deixado em paz. Foi a segunda vez em dois dias que Trump saiu em defesa do brasileiro.

"Deixem o Grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!", escreveu o presidente americano em sua rede social Truth Social. A mensagem citou a primeira publicação de Trump em defesa de Bolsonaro, publicada na segunda-feira, 7. Na ocasião, Trump escreveu que as ações judiciais contra Bolsonaro são ataques políticos e que o Brasil está fazendo algo "terrível" contra o ex-presidente.

A pressão exercida pelos Estados Unidos é a principal aposta do para evitar uma condenação de Bolsonaro, que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) pela acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado após ser derrotado na eleição presidencial de 2022.

Filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se licenciou do mandato para morar permanentemente nos Estados Unidos e tentar articular sanções do governo americano ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator da ação. Na quinta-feira, Moraes prorrogou por 60 dias inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a atuação de Eduardo perante o governo americano.

"Quase meia-noite no Brasil e Donald Trump voltou a postar denunciando a lawfare contra Jair Bolsonaro. Caça às bruxas!", escreveu Eduardo Bolsonaro. Lawfare é um termo utilizado nos Estados Unidos para descrever a utilização do sistema jurídico para atacar adversários.

As declarações de Trump e de outras autoridades de sua gestão tem incomodado o governo brasileiro, que enxerga a atitude como ataque à soberania do País.

"A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um País soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em nota divulgada pelo Palácio do Planalto após o primeiro comentário de Trump sobre Bolsonaro na segunda-feira.

O STF não se posicionou, deixando a defesa institucional para o Executivo brasileiro. Nos bastidores, contudo, magistrados da Suprema Corte disseram à Coluna do Estadão que a declaração de Trump é "irrelevante" para o julgamento de Bolsonaro no caso da tentativa de golpe.

No mesmo dia que Trump fez o primeiro comentário, a Justiça da Flórida deu 21 dias para que Alexandre de Moraes se manifeste no processo aberto pela plataforma de vídeos Rumble e pela empresa Trump Media & Technology Group, ligada ao presidente americano. As empresas acusam o ministro de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais ao determinar que o Rumble suspendesse perfis de influenciadores brasileiros na plataforma.