Trump propõe 'grandes sanções' à Rússia, mas só se europeus pararem de comprar petróleo russo

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar disposto a impor "sanções severas" contra a Rússia, mas condicionou a medida ao apoio integral dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em uma carta divulgada neste sábado, 13, por meio da sua rede social, a Truth Social, Trump criticou a compra de petróleo russo por alguns aliados e sugeriu tarifas elevadas contra a China como forma de acelerar o fim da guerra na Ucrânia.

Segundo Trump, as compras de petróleo russo por países da Otan "enfraquecem enormemente" a posição de negociação do bloco. Ele declarou que só adotará novas sanções se todos os membros pararem de importar energia da Rússia e aplicarem tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses.

"Estou pronto para impor sanções severas à Rússia quando todas as nações da OTAN tiverem concordado e começado a fazer o mesmo, e quando todas as nações da OTAN PARAREM DE COMPRAR PETRÓLEO DA RÚSSIA", disse o presidente norte-americano.

"Como vocês sabem, o compromisso da OTAN com a VITÓRIA tem sido muito menos que 100%, e a compra de petróleo russo, por alguns, tem sido chocante! Isso enfraquece enormemente sua posição de negociação e poder de barganha sobre a Rússia", completou Trump.

Ele disse que poderia acabar com a guerra em 24 horas. Depois, enquanto negociava com a Rússia, ameaçou cortar o fornecimento de armas à Ucrânia. Em julho, sinalizou um novo entusiasmo em apoiar os ucranianos.

Trump já chamou Vladimir Putin de "gênio", enquanto culpava a Ucrânia pela guerra e humilhava seu presidente diante da imprensa mundial. Depois de uma reunião com o chefe da Otan em 14 de julho, Trump disse estar "decepcionado" com o líder russo, que ignorou seus apelos pela paz, enviou mais soldados para o campo de batalha e lançou uma chuva de mísseis sobre as cidades ucranianas.

Na sequência, Trump deu um ultimato de 50 dias para a Rússia encerrar os combates ou enfrentar punições econômicas, com os Estados Unidos, impondo tarifas secundárias a qualquer país que comprar produtos russos, principalmente petróleo.

Em outra categoria

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irá recorrer de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que desobrigou Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", e o empresário Maurício Camisotti de comparecerem para depoimento no colegiado.

O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse que a presença dos dois é "fundamental". "É fundamental que eles compareçam para que possamos esclarecer, com mais rapidez, tudo o que aconteceu. Respeito a decisão do ministro, mas considero injustificável permitir que não venham depor", afirmou.

Tanto o "Careca do INSS" (na segunda-feira, 15) como Camisotti (na quinta-feira, 18) estavam previstos para depor nesta semana.

Investigação da Polícia Federal aponta o "Careca do INSS" como um dos principais operadores do esquema fraudulento de descontos associativos em aposentadorias. Camisotti, por sua vez, é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas no esquema.

Os dois foram presos nesta sexta-feira, 12, em uma nova fase da Operação Sem Desconto. O escritório do advogado Nelson Willians foi alvo de buscas.

A Operação Cambota cumpre 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. A operação foi autorizada pelo ministro Andre Mendonça.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a proposta de mudança do nome da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) é uma "orientação" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que o governo faz uma análise jurídica sobre a operação.

As declarações ocorreram após uma visita de Lula ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) neste sábado para acompanhar um dia de mutirão de atendimentos médicos à população realizado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, Lula defendeu a mudança do nome da EBSERH para uma palavra "mais digerível" e "popular".

"É uma orientação dele", afirmou Padilha, ao se referir ao presidente da República. Segundo o ministro, o objetivo é "mostrar a força" da EBSERH, que ele descreveu como a maior rede pública de hospitais do sul global.

Padilha também afirmou que o ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente da EBSERH, Arthur Chioro, estão "analisando juridicamente" como fazer a alteração, uma vez que esse nome já constava na Medida Provisória de 2010 que instituía a empresa e foi consolidado em lei.

Durante o evento, Lula chegou a sugerir, em tom de brincadeira, que o nome da EBSERH passe a ser "Minhocão". No entanto, ao Broadcast Político, Chioro disse que ainda não há a previsão de um novo nome.

Nascida em 2011 como uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação, a EBSERH tem como finalidade a gerência de 45 hospitais universitários federais.

Neste sábado, a empresa promove a "EBSERH em Ação - Agora Tem Especialistas", com a realização de 29 mil procedimentos no Brasil, entre eles 22.700 exames, 4.500 consultas e 1.900 cirurgias eletivas, em especialidades como oncologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher.

Pesquisa Datafolha divulgada há pouco revela que 50% dos brasileiros defendem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos, enquanto 43% são contra a medida.

O levantamento ouviu 2.005 eleitores na segunda (8) e na terça-feira (9), em meio ao julgamento de Bolsonaro, em 113 cidades do País. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

Em abril, primeira ocasião da pergunta aos participantes, 52% eram a favor da prisão do ex-presidente e 42%, contra. Já em julho, houve um empate técnico: 48% a 46%, respectivamente. A distância voltou a ser retomada na pesquisa atual.

Sobre a crença na execução da pena, em abril, 52% responderam que Bolsonaro escaparia de ser preso, contra 41%, o que ficou estável na pesquisa de julho (51% a 40%). Já na semana passada, em meio ao julgamento, 50% acreditavam que o ex-presidente iria para a cadeia, ante 40%.