A presidência rejeita a votação, realizada após um decreto do presidente dissolvendo a câmara baixa.
MADRID, 14 out. (EUROPA PRESS) -
Os parlamentares de Madagascar aprovaram nesta terça-feira uma moção de censura contra o presidente do país, Andry Rajoelina, em uma votação realizada após rejeitar a validade de um decreto que dissolvia a câmara baixa, o que já foi criticado pela presidência, que se recusou a reconhecer o resultado em meio à grave crise política causada por protestos antigoverno nas últimas semanas.
A votação foi apoiada por 130 dos 131 participantes - de um total de 163 parlamentares - depois que o vice-presidente da câmara baixa, Siteny Randrianasoloniaiko, apoiou a manutenção da moção de desconfiança, dizendo que o decreto aprovado horas antes por Rajoelina para dissolver a câmara e impedir a votação era inválido.
Randrianasoloniaiko enfatizou que o decreto, publicado pela Presidência em sua conta no Facebook, não tinha assinatura ou selo oficial e que havia sido publicado sem consulta prévia ao presidente da Assembleia Nacional, após o que a votação foi realizada, conforme relatado pelo jornal malgaxe 'Midi Madagasikara'.
Por outro lado, a Presidência malgaxe publicou uma declaração no Facebook na qual enfatiza que "a realização de uma reunião por ex-membros da Assembleia Nacional, realizada após a proclamação oficial da dissolução dessa instituição, é desprovida de qualquer base legal e é contrária às disposições da Constituição".
"De acordo com a Constituição de Madagascar, a convocação de uma Assembleia Nacional só pode ser feita por um decreto do Conselho de Ministros, sem que nenhum decreto de convocação tenha sido adotado", disse ele, antes de insistir que qualquer "deliberação ou decisão" tomada nesse contexto "viola cláusulas constitucionais e é nula e sem efeito".
Parlamentares de Madagascar aprovam moção de desconfiança contra o presidente Andry Rajoelina
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