Rússia intensifica ataques contra a Ucrânia na véspera de encontro entre Zelenski e Trump

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Um novo bombardeio russo com mais de 300 drones e 37 mísseis provocou apagões em oito regiões da Ucrânia nesta quinta-feira, 17, incluindo Kiev, segundo autoridades locais. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, acusou Moscou de atacar equipes de emergência que trabalhavam na restauração da rede elétrica.

 

O ataque ocorreu na véspera da reunião de Zelenski com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. O líder ucraniano planeja pedir ao governo americano o envio de mísseis de longo alcance e o reforço dos sistemas de defesa aérea, além de pressionar por sanções econômicas mais duras contra Moscou.

 

Trump afirmou nesta quinta que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e que ambos devem se encontrar em breve em Budapeste, na Hungria, para tentar negociar o fim da guerra. Em publicação na rede Truth Social, o republicano disse acreditar que houve "grande progresso" na conversa e que discutirá o tema com Zelenski na sexta-feira, 17. Fonte: Associated Press*.

 

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu positivamente ao ser questionado por um repórter se acredita que poderá encerrar a guerra na Ucrânia. O republicano recebeu nesta sexta-feira, 17, o líder ucraniano, Volodimir Zelenski, para um almoço de trabalho na Casa Branca. Indagado, no entanto, se considera que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está negociando um cessar-fogo de "boa-fé", Trump preferiu não responder.

Na véspera, ele havia conversado por telefone com o líder russo. Segundo o americano, a ligação foi "boa" e "as coisas estão indo muito bem para o fim da guerra". O presidente dos EUA afirmou ainda que a próxima reunião com Putin será "uma reunião dupla", indicando que Zelenski será informado sobre o encontro, e disse acreditar que o líder russo "vai concordar com a paz".

Sobre a possibilidade de Kiev lançar ataques em profundidade no território russo, Trump afirmou que "permitir ataques profundos dentro da Rússia seria uma escalada" e que deve discutir o tema com o ucraniano.

Zelenski, por sua vez, elogiou o cessar-fogo em Gaza e disse que isso cria "momentum para a Ucrânia", embora tenha ressaltado que "não acredita que a Rússia esteja pronta para a paz". O presidente ucraniano contou que teve reuniões com empresas de defesa e discutiu sistemas de defesa aérea durante sua visita a Washington. Ele afirmou que tratará com Trump "o que precisamos fazer para forçar Putin a negociar" e destacou a importância de avançar em "garantias bilaterais de segurança para a Ucrânia com os EUA".

Trump também comentou o clima entre os dois líderes. "Putin e Zelenski não gostam um do outro. Não tenho problema em dizer isso na frente de Zelenski", afirmou.

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes enviou nesta sexta-feira, 17, uma carta ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, solicitando sua desfiliação do partido, ao qual era filiado desde 2015. A definição sobre seu próximo grupo político deve ser anunciada na próxima semana.

Ciro tem se aproximado de partidos como PSDB e União Brasil. Em julho deste ano, ele se reuniu com a cúpula do PSDB e, na ocasião, afirmou que seu retorno à sigla "já estava decidido".

Em outra ocasião, durante o evento de formalização da federação entre União Brasil e PP, Ciro criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, sua presença na cerimônia foi um "ato de cortesia muito comum antes de o País ser tomado pelo lulopetismo e pelo bolsonarismo".

O ex-governador defendeu uma união entre partidos da centro-esquerda à centro-direita como alternativa ao atual governo federal. "Precisamos unir da centro-esquerda à centro-direita para tirar o Brasil deste desastre", disse em referência ao governo Lula.

Ciro Gomes disputou quatro eleições presidenciais, a última delas em 2022, quando tentou se apresentar como uma terceira via diante da polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. Na ocasião, ficou em quarto lugar, com 3% dos votos válidos, atrás de Simone Tebet (MDB).

Apesar das recentes movimentações, o ex-governador já afirmou que não pretende mais concorrer à Presidência. "Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais importunar os eleitores", declarou em entrevista à Rádio Itatiaia, em setembro. Ele é cotado para a disputa do governo do Ceará, Estado que governou entre 1991 e 1994.

Diante a saída do partido, o Estadão procurou Ciro Gomes e a assessoria do PDT, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

A defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins questionou em suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) a autenticidade dos documentos que sustentam que o ex-assessor esteve no Palácio da Alvorada no dia 7 de dezembro de 2022 para discutir a "minuta do golpe".

Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, planilhas com assinaturas de registros de entrada e saída no Alvorada incluídas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo apresentam "inconsistências visíveis a olho nu". Filipe integra o "núcleo 2" da ação penal.

Segundo a defesa, os registros em questão foram juntados aos autos em 22 de setembro, após o fim da fase de instrução do processo. A alegação é de que o material apresenta "trechos apagados, inúmeras inconsistências e letras diferentes de um mesmo servidor em dias distintos".

Em vídeo publicado em seu Instagram nesta quinta-feira, 16, com trecho de entrevista à Revista Oeste, Jeffrey Chiquini acusa a PGR de não utilizar "documentos oficiais". "Há registros de entrada no Palácio da Alvorada publicados no Diário Oficial. O que eles trazem é uma planilha que ninguém sabe a origem, em que o nome do Filipe está escrito Felipe".

A acusação aponta que Martins participou de uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022 com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os comandantes das Forças Armadas para discutir o documento que ficou conhecido como "minuta do golpe".

De acordo com o depoimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes juntado pela PGR na denúncia, Martins ficou encarregado da leitura do decreto, expondo os seus fundamentos "técnicos".

Na fase de oitiva das testemunhas, no entanto, Freire Gomes afirmou que não conhecia Martins e não teria como reconhecê-lo. Ele disse em junho deste ano que apenas afirmou à PF que "um assessor" leu a chamada minuta do golpe na reunião do dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada.

O depoimento inicial de Freire Gomes, antes da fase oitiva, foi corroborado na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que informou à PF que Martins se retirou da reunião com os militares após a leitura do documento.

"Filipe Garcia Martins Pereira apresentou e sustentou o projeto de decreto que implementaria medidas excepcionais no país", resumiu a PGR ao descrever a participação do ex-assessor na trama golpista.

O processo também é marcado por contradições em registros migratórios dos Estados Unidos usados como base para a prisão preventiva de Martins.

O Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos EUA informou em nota divulgada em 10 de outubro que o ex-assessor não ingressou no País na data mencionada por Alexandre de Moraes e apura como o registro falso foi incluído nos sistemas. Moraes determinou que a Polícia Federal preste esclarecimentos sobre as informações sobre a entrada de Filipe nos EUA que embasaram a denúncia da PGR.