Frio de -30ºc e herança dos gulag: como é a prisão de segurança máxima onde Navalni morreu

Internacional
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Conhecida como Lobo Polar, a prisão onde Alexei Navalni, o crítico de Vladimir Putin, foi encontrado morto é uma das mais duras da Rússia. O complexo fica localizado em Kharp, acima do Círculo Polar Ártico, onde as temperaturas passam dos 30ºC abaixo de zero.

Navalni ficou semanas desaparecido durante a transferência até ser localizado, em 25 de dezembro, na IK-3, como é formalmente chamado o complexo penitenciário, a quase 2 mil quilômetros de Moscou. "Eu sou o seu novo Papai Noel", brincou ele na época enquanto aliados denunciavam que o objetivo da Rússia era isolar o crítico de Putin.

Depois, usou a mesma ironia para falar das condições da prisão, com temperaturas congelantes no inverno. "Há um problema - e não sei em qual tribunal abrir uma ação sobre isso - o tempo está ruim aqui", disse em janeiro, quando relatou ter passado dez dias na solitária.

Condições da prisão

"No inverno, os prisioneiros eram reunidos no pátio usando roupas leves," disse a ativista Olga Romanova à Radio Free Europe, citando relatos de um ex-detento da IK-3. "Eles eram mantidos em formação e não podiam bater palmas ou esfregar as mãos. Tinham que ficar parados por 30 ou 40 minutos sem se mexer quando a temperatura estava a -45ºC. Se alguém se mexesse, todo o grupo era molhado com água", acrescentou.

Já na primavera, quando esquenta um pouco, são os mosquitos que castigam.

A colônia penal IK-3 foi construída na década de 1960, no lugar onde ficava o Gulag 501, um dos campos de trabalho forçado do regime Josef Stalin. Algumas características desse período, como o uso do clima como ferramenta de punição, estão presentes até hoje no sistema penitenciário da Rússia, principalmente nas colônias de regime especial, como o Urso Polar .

É lá que estão criminosos considerados perigosos, condenados por crimes violentos. Em outros casos, no entanto, a Rússia manda para o ártico alvos de processos considerados políticos, como era o caso de Navalni.

O advogado morreu nesta sexta-feira, 16, após passar mal no complexo. Proeminente opositor de Putin, ele já havia sofrido uma tentativa de envenenamento e cumpria penas que somavam mais de 30 anos de prisão.

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Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vereador em Balneário Camboriú, fechou na última semana um acordo com o banco Santander para quitar dívida de R$ 433,3 mil com a instituição.

A dívida diz respeito a um empréstimo pedido pela RB Eventos e Mídia, empresa de Jair Renan que já foi encerrada pela Receita Federal. Em junho de 2023, a empresa teria feito um empréstimo de R$ 291 mil com o Santander.

O valor atual da dívida é de R$ 433.360,31. Conforme o acordo fechado, Jair Renan deverá pagar R$ 409.542,14. Ele alegou não ter recursos para pagar o valor integral. Caso o pagamento não seja localizado, o processo continua a correr na Justiça. As informações são do UOL.

Jair Renan também responde por lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. A denúncia foi feita pelo Ministério Público em março de 2024. Segundo o MP, o filho "zero quatro" do ex-presidente teria fraudado documentos para inflar o faturamento da RB Eventos e Mídia e conseguir três empréstimos bancários - entre eles o contrato de R$ 291 mil com o Santander.

Em dezembro de 2023, a dívida do vereador de SC estava em R$ 360 mil. O Santander deu entrada em uma ação para cobrar o filho do ex-presidente, a empresa de eventos e o instrutor de tiro Maciel Carvalho. O banco chegou a pedir por duas vezes à Justiça o bloqueio desse valor das contas de Jair Renan.

A primeira foi em abril do ano passado e, a segunda, em agosto, depois que ele registrou sua candidatura para o cargo de vereador em Balneário Camboriú. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou ter um patrimônio de R$ 42.069,79 em depósitos em conta corrente.

Na ocasião, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) encontrou apenas R$ 16.611,63 na conta de Jair Renan.

O Estadão entrou em contato com a defesa do vereador, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

O senador Humberto Costa (PT-PE) e o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, protagonizaram uma troca de farpas nas redes sociais nesta terça-feira, 4, motivada por um passeio de jetski do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o carnaval, em Angra dos Reis.

Bolsonaro e Malafaia publicaram um vídeo andando com o veículo no último final de semana. O senador publicou a gravação em sua conta no X (antigo Twitter), afirmando que os dois estariam se beneficiando da isenção de impostos do jetski.

"Lula luta para acabar com a fome e gerar oportunidades pro povo. Bolsonaro anda de jetski com Malafaia, aproveitando a isenção de impostos que deu a esse mimo de luxo, à custa do trabalhador. Curtem a vida à base de PIX e dízimos. Desfrute, fascista. Na cadeia, não vai ter disso", escreveu Humberto Costa. O ex-presidente zerou as alíquotas de importação para jetski em 2022. A alíquota original incidente sobre o produto era de 20%.

O pastor, no entanto, retrucou as críticas do senador, atacando o parlamentar e sua sigla. "Quem é você para acusar alguém de alguma coisa? O partido que você pertence, o PT, é responsável pela maior roubalheira de um governo na história política do Brasil. Cambada de corruptos condenados em todas as instâncias da justiça e liberados pelos amiguinhos do STF", escreveu Malafaia no X.

Bolsonaro passou o carnaval na Vila Histórica de Mambucaba, na região, onde tem uma casa. Além do pastor, o ex-presidente também se encontrou com a socialite e apresentadora Val Marchiori, e com o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara.

A nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, se reuniu nesta quarta-feira, 5, com seu antecessor na pasta, Alexandre Padilha, que recentemente assumiu o Ministério da Saúde. O objetivo foi tratar sobre a transição na articulação política do governo.

Este é o primeiro de vários encontros para discutir sobre o assunto, afirmou Padilha em uma publicação na plataforma X, na qual ele postou uma foto sentado ao lado de Gleisi. Segundo ele, os dois conversaram sobre o andamento de ações no "Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, na Secretaria de Assuntos Federativos, além da nossa Agenda Prioritária no Congresso Nacional, construída em parceria com os ministros e ministras no início deste ano."

Tal agenda, escreveu o ministro da Saúde, "reflete nosso compromisso em votar projetos que construirão uma economia mais justa para o Brasil, como a Reforma da Renda". Além disso, promove "o empreendedorismo, o investimento, a educação como eixo central do desenvolvimento, o protagonismo no enfrentamento das mudanças climáticas, a proteção das famílias e dos negócios no ambiente digital, além da defesa da justiça social e da democracia", acrescentou Padilha.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou Gleisi para a SRI na última sexta-feira, 28. A posse da deputada federal e presidente do PT deve ocorrer no próximo dia 10.