Venezuela convida ONU, EUA e União Europeia para monitorar eleições presidenciais

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Autoridades eleitorais da Venezuela convidaram nesta quinta-feira, 7, União Europeia, EUA, especialistas da ONU e do Carter Center para enviar observadores para as eleições presidenciais de 28 de julho. Elvis Amoroso, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), disse que todos serão bem-vindos "desde que cumpram os requisitos e as normas legais".

 

Os opositores do ditador Nicolás Maduro, que tenta mais um mandato de seis anos, exigem que as eleições sejam fiscalizadas e reclamam que o sistema eleitoral está desacreditado, após anos de fraudes e desqualificação de partidos e dos principais candidatos antichavistas, incluindo María Corina Machado, Henrique Capriles e Juan Guaidó.

 

O CNE, acusado de ser um apêndice da ditadura chavista, também convidou representantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), dos Brics, da Comunidade do Caribe (Caricom), da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uiores) e da União Africana (UA). As missões devem ser técnicas, sem envolvimento de atores políticos.

 

O convite foi feito dois dias depois de o CNE marcar as eleições para julho, no dia do aniversário de Hugo Chávez, patriarca da revolução bolivariana, da qual Maduro é devoto fiel. As candidaturas poderão ser registradas entre os dias 21 e 25 de março e a campanha ocorre entre 4 e 25 de julho.

 

Alguns especialistas, no entanto, temem que os prazos curtos, incluindo para o registro de candidatos, possam afetar a competitividade e o próprio envio de observadores para monitorar os diferentes estágios do processo eleitoral. "Não há tempo para criar missões de observação. Obviamente, os prazos são absurdos", disse Benigno Alarcón, cientista político da Universidade Católica Andrés Bello, de Caracas.

 

As eleições presidenciais na Venezuela têm sido convocada com pelo menos seis meses de antecedência. Desta vez, faltam quatro meses para a votação. "Certamente, eles tentarão convidar algumas personalidades amigas para vir no dia da eleição, porque no dia da eleição há muito pouco que se possa ver", acrescentou Alarcón.

 

Ao escolher uma data posterior a 1.º de julho e convidar observadores, o CNE permite que Maduro cumpra parte do acordo assinado em Barbados, mediado pela Noruega, em outubro de 2023, com parte da oposição, que previa eleições no segundo semestre de 2024 e prometia criar condições políticas para que a votação fosse livre e competitiva.

 

Nas últimas eleições, missões internacionais de observação denunciaram irregularidades que, segundo especialistas, afetaram a igualdade de condições no processo eleitoral, como a desqualificação de candidatos da oposição, o uso de recursos do governo na campanha e o acesso desigual à mídia.

 

Na Venezuela, a inabilitação se tornou uma penalidade aplicada quando há uma sentença judicial final contra algum líder - exclusivamente opositor. Os críticos de Chávez e de Maduro, incluindo María Corina, denunciam que a desqualificação tem sido usada há muito tempo como arma política do chavismo.

 

María Corina venceu as primárias da oposição em outubro com uma maioria esmagadora de mais de 90% dos votos. Segundo pesquisas, ela era o nome que mais ameaçava a reeleição de Maduro. A opositora perdeu seus direitos políticos por 15 anos por ter cometido "irregularidades administrativas" quando era deputada, entre 2011 e 2014.

 

De acordo com a Justiça venezuelana, María Corina participou de um esquema de corrupção orquestrado por Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, em 2019, quando presidia a Assembleia Nacional - o Ministério Público nunca apresentou provas.

 

A ironia é que María Corina não fazia parte da Assembleia Nacional que era presidida por Guaidó e estava inclusive entre seus críticos mais severos. Sua inabilitação foi confirmada em janeiro pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Ela disse mais de uma vez que não reconhece a decisão e continuou suas viagens pelo país.

 

Agora, a oposição corre contra o tempo para definir um substituto para María Corina. Ela, no entanto, ainda age como se fosse candidata. "Para os que falam de um substituto, tenho uma surpresa", disse ontem a ex-deputada em um comício em Barinitas. "O substituto está aqui. Sabem quem é? Sou eu. Sou eu que vou substituir Maduro.

 

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar feliz com a convocação de eleições presidenciais na Venezuela, porém colocou em dúvida o comportamento dos opositores e sugeriu que candidatos impedidos de concorrer não deveriam "ficar chorando".

 

Lula fez um paralelo com o questionamento das urnas e da Justiça Eleitoral brasileira feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que levantou suspeitas de fraude sem apresentar provas.

 

O presidente brasileiro também comparou a situação na Venezuela a 2018, quando ele estava inelegível e preso por causa das condenações por casos de corrupção na Operação Lava Jato. "Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018, ao invés de ficar chorando, eu indiquei outro candidato que disputou as eleições". Na ocasião, ele indicou o agora ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a concorrer.

 

Nesta quinta, María Corina Machado rebateu a fala. "Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro", escreveu no X (antigo Twitter), com um vídeo da fala do petista compartilhada abaixo.

 

"Você está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados que afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo", acrescentou.

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados suspendeu nesta terça-feira, 6, o mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses. A medida foi oficializada, no mesmo dia, pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), justificou o afastamento pela "conduta incompatível com o decoro parlamentar" em relação à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e ao deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

De forma indireta, em uma sessão na Câmara, Gilvan disse que Gleisi "deve ser uma prostituta do caramba" e confrontou Lindbergh após ser chamado de "desqualificado". O placar terminou com 15 votos a favor e quatro contra. O parlamentar do PL afirma que não vai recorrer da decisão.

Deputado federal em primeiro mandato, Gilvan é policial federal licenciado - atuou na Polícia Federal entre 2006 e 2022 - e começou a carreira política em 2018, na onda bolsonarista que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto. Foi candidato a deputado estadual no Espírito Santo, em 2018, mas não conseguiu se eleger atingindo 5.395 votos.

Em 2020, Gilvan foi candidato a vereador em Vitória e se elegeu com 1.560 votos. O passo seguinte foi a eleição à Câmara dos Deputados, em 2022. Foi eleito com 87.994 votos.

O deputado, de 54 anos, acumula polêmicas por posicionamentos contra colegas de parlamento e contra o presidente.

'Quero mais que ele morra mesmo'

Gilvan é alvo de um pedido de investigação da Advocacia-Geral da União (AGU) por ter desejado a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara no dia 8 de abril deste ano.

No momento em que proferiu os ataques ao presidente, o colegiado discutia um projeto de lei que desarma a guarda presidencial. A proposta foi relatada por Gilvan. Para justificar seu parecer favorável ao texto, ele alegou que "quer mais é que (Lula) morra mesmo".

"Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o 'quinto dos inferno' (sic). É um direito meu", disse o deputado federal. "Nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer... Tomara que tenha um 'ataque cardia' (sic). Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso País. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados", afirmou.

Denunciado pelo STF

Em outubro do ano passado, o deputado foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de calúnia e difamação contra Lula por chamar o presidente de "ladrão" e "corrupto", além de atacar o então ministro da Justiça e hoje ministro da Suprema Corte, Flávio Dino, durante o ato do Movimento Pró-Armas em Brasília, em julho de 2023.

"Vivemos em tempos difíceis. Na Presidência da República está um ex-presidiário, ladrão, corrupto, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Eu repito: é ladrão! É ladrão! E no Ministério da Justiça - para quem não sabe, eu sou Policial Federal há 20 anos, completo 20 anos agora em agosto - e esse ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro. Um ministro da Justiça que vai numa comunidade dominada pelo Comando Vermelho, sem trocar tiro", disse Gilvan.

Segundo a PGR, "muito embora o denunciado tenha proferido as ofensas na condição de parlamentar, as referências por ele feitas à vítima, se já não fossem estranhas e descontextualizadas do embate político-partidário em que foram utilizadas, extrapolaram, pela forma abusiva, a imunidade de palavras de que se encontrava investido, por força do cargo".

Violência de gênero

Em março deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) condenou o deputado federal por violência política de gênero contra a deputada estadual Camila Valadão (PSOL). Gilvan mandou a colega calar a boca e a perseguiu no plenário da Câmara Municipal de Vitória, quando ambos eram vereadores, em 2021. O parlamentar bolsonarista foi condenado a um ano e quatro meses de reclusão em regime aberto.

Após a condenação o deputado afirmou à Coluna do Estadão que recorreria da decisão: "A condenação é um absurdo, vou recorrer. O juiz e o promotor estão a serviço da esquerda. Oito vereadores afirmaram à Justiça que eu não a discriminava por ser mulher, e sim por eu ser da direita e ela da esquerda", disse.

Transfobia

Em 2022, Gilvan da Federal se tornou réu por uma denúncia de transfobia recebida pela 10.ª Vara Criminal de Vitória. O caso ocorreu após um embate em plenário entre o deputado e a ativista transexual Deborah Sabará.

Em plenário da Câmara Municipal de Vitória, Gilvan chamou a então colega de plenário de "assassina de crianças" e "satanista", além de mandar que ela calasse a boca. Segundo a denúncia, o ataque ocorreu porque Camila defendeu professores da rede pública municipal, também presentes, que estavam sendo atacados pelo atual deputado, que os insultou de "canalhas" e "covardes". O parlamentar ainda disse que os servidores deveriam ser demitidos por serem "comunistas marxistas" que passam "dever de casa LGBT" aos alunos.

Gilvan desafia Marcos do Val para luta no ringue

Em junho de 2024, o deputado desafiou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para uma briga num ringue profissional em discurso proferido no plenário da Câmara. Nesse mesmo mês, deu um empurrão em um homem que gritou "viva a maconha" em uma sessão de comissão na Câmara e pediu revista do cidadão.

"Eu desafio em qualquer academia, que é o lugar certo, pode marcar. Em qualquer modalidade, no boxe, no MMA, no vale-tudo, eu estou à disposição. O que é chato é, dentro do aeroporto, um senador e um deputado quase saírem em vias de fato porque é um senador desequilibrado", afirmou Gilvan da Federal.

Gilvan e Marcos do Val trocaram empurrões em um saguão do aeroporto da capital capixaba. O embate ocoreu após os dois trocarem xingamentos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Após a confusão no aeroporto, o deputado afirmou que teria reagido a uma tentativa de intimidação e, pelas redes sociais, chamou o senador de "traidor" e "Swat da Shopee".

Mourão traidor

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi outro alvo do deputado federal. Em dezembro de 2023, os dois tiveram um bate-boca no plenário da Câmara.

Foi preciso a intervenção de seguranças para evitar confronto entre os dois parlamentares. "Aqui é braço", disse Mourão. "Você acha que eu tenho medo de você por que é general?", perguntou Gilvan, enquanto apareceram pessoas para separá-los. O motivo da briga foi a posse do ministro do STF Flávio Dino.

Gilvan manifestou publicamente, no plenário da Câmara, sua insatisfação com Mourão. "Está rodando por aí uma imagem do senador Sérgio Moro bajulando o Flávio Dino, mas eu vi, hoje, às 11h34min, no Senado Federal, o vice-presidente da República do governo Bolsonaro, senador Hamilton Mourão, bajulando o Flávio Dino", afirmou no dia 13 de dezembro. "Eu tive noção de que o sistema é sinistro. Ele disse que os bolsonaristas são piores do que assaltantes de banco. O senador Hamilton Mourão não o cumprimentou formalmente. Ele o abraçou, beijou-lhe o rosto e sorriu."

"Eu reitero tudo o que falei. Eu estou farto de traidores, farto do cara usar Bolsonaro para ser eleito e virar as costas para o eleitor que o elegeu. Não era nem para ele ter falado com Dino", disse. O deputado afirmou que Mourão o chamou de "mentiroso" e que poderia resolver as coisas no braço. "Aqui é braço", afirmou o senhor, apontando o dedo indicador para o próprio braço.

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe para capital federal uma nova moda. A de camisetas com imagem do bilionário Elon Musk ironizando o jargão dos petistas que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A concentração da manifestação foi marcada na Torre de TV em Brasília. No local, um vendedor oferecia a R$ 60 uma camiseta verde com os dizeres "Faz o elon Musk". Aliados de Bolsonaro costumam usar o slogan "Faz o L" para ironizar os apoiadores da gestão petista.

O ato desta quarta será a primeira vez em que manifestantes bolsonaristas se reúnem em Brasília desde os atos de 8 de Janeiro. A manifestação busca pressionar o Congresso Nacional a votar o projeto de anistia aos condenados pela depredação, que contém brechas que podem beneficiar Bolsonaro.

A convocação de Bolsonaro ocorreu no mesmo dia em que foi noticiado que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, preparou um projeto de lei alternativo para reduzir a pena dos envolvidos no 8 de Janeiro. O texto de Alcolumbre, porém, aumenta a punição para os mentores da trama golpista.

O ato começa às 16 horas, na Torre de TV de Brasília. Os participantes vão marchar até a Avenida José Sarney, a penúltima avenida antes do Congresso Nacional. As autoridades, por sua vez, estarão em um trio elétrico.

Na Avenida José Sarney, que fica entre o Ministério da Justiça e o Palácio do Itamaraty, serão colocados gradis para impedir que os bolsonaristas avancem até os prédios dos Três Poderes. A distância percorrida pelos bolsonaristas no centro de Brasília será de aproximadamente três quilômetros.

Bolsonaro deve ter uma presença incerta no ato. Ele disse nesta Em entrevista à Revista Oeste na noite desta terça-feira, 6, o ex-presidente disse que quer fazer uma aparição rápida, em um carro, onde acenará para apoiadores. O ex-presidente ficou internado 22 dias após uma cirurgia no intestino, tendo recebido alta neste domingo, 4.

"Eu pretendo fazer, talvez faça, por volta das 16 horas, comparecer à Torre de TV, de dentro do carro, abrir o vidro, saudar a população e voltar para casa. Talvez eu consiga fazer isso aí, porque eu não posso correr o risco de receber um abraço apertado ali ou um empurrão", disse Bolsonaro ao programa Oeste Sem Filtro.

Sem Bolsonaro, os principais discursos do ato serão feitos por Nikolas, Malafaia e Michelle. Ao Estadão, o pastor evangélico disse que fará uma fala para pressionar os deputados federais a votarem a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e elogiar o ministro do STF Luiz Fux. Recentemente, Fux tem apresentado contrapontos ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da tentativa de golpe.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), fez uma piada sobre a "esquerda" ao escolher o púlpito do palco durante evento promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas nesta terça-feira, 6. "A esquerda funciona melhor", disse, provocando risadas da plateia.

A frase foi dita em resposta ao mestre de cerimônias da 5.ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que havia solicitado que ele optasse "pelo lado melhor".

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, retomou o tom bem-humorado de Alckmin ao repetir a mesma piada ao iniciar seu discurso.

Alckmin tem histórico de alinhamento com o centro, mas com episódios de atuação tanto à direita quanto à esquerda. Na década de 1990, por exemplo, foi nomeado pelo então governador de São Paulo, Mário Covas, como presidente do Programa Estadual de Desestatização (PED). A função previa a privatização de importantes empresas estatais e a concessão de trechos de rodovias e ferrovias à iniciativa privada.

Em 2018, Alckmin concorreu à Presidência da República pelo PSDB contra Luiz Inácio Lula da Silva Lula , do PT, e Jair Bolsonaro, do PL, à época, filiado ao PSL.

Já em 2022, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) para concorrer como vice-presidente ao lado de Lula, contra quem também disputou a Presidência da República em 2006, ainda no PSDB.

Após discursar, o vice-presidente se dirigiu ao aeroporto de Brasília, para uma última conversa com o presidente Lula, que embarcou rumo a Moscou, na Rússia, na noite desta terça.

No mesmo evento, participantes entoaram gritos de "sem anistia", em referência à proposta que busca perdoar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Também estiveram na cerimônia as ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Anielle Franco (Igualdade Racial), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Márcia Lopes (Mulheres), além do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin.