Putin encerra campanha para se tornar líder mais longevo desde a revolução russa

Internacional
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encerrou ontem a campanha eleitoral que deve, segundo todas as pesquisas, lhe dar outro mandato. Se completar mais seis anos à frente da Rússia, ele se tornará o líder mais longevo desde a revolução, ultrapassando Josef Stalin, que ocupou o Kremlin por 29 anos. Para quem caça ursos, joga hóquei e cavalga sem camisa na Sibéria, o recorde parece mera formalidade.

 

A votação termina no domingo, mas o resultado é uma barbada. Dois anos após invadir a Ucrânia, Putin está mais perto de uma vitória na guerra, o que vem aterrorizando os países europeus, especialmente os que eram satélites soviéticos. As sanções internacionais parecem não ter movido uma palha na política externa agressiva da Rússia.

 

Segundo o Levada Center, um instituto de pesquisa independente - talvez o único da Rússia -, a popularidade de Putin está acima dos 80%. Internamente, ele desmontou a oposição, criando leis draconianas que levaram a maioria ao exílio ou para a prisão. Em fevereiro, em uma dessas colônias penais, morreu o principal líder dissidente, Alexei Navalni, aos 47 anos, em circunstâncias não esclarecidas.

 

O aparente assassinato de Navalni deu gás à oposição e aumentou a pressão internacional sobre o regime, embora Putin pareça imune às duas coisas. "O mundo precisa aceitar que Putin é um assassino", disse Yulia Navalnaia, viúva do líder opositor, em artigo publicano no Washington Post.

 

Nesta quarta-feira, 13, Putin fez um apelo na TV para que os 112 milhões de eleitores russos compareçam às urnas, no que ele descreveu como um "passo para o futuro", enfatizando a luta e o exemplo dos soldados que lutam na Ucrânia. O Kremlin busca uma vitória histórica para legitimar a guerra, se possível com mais de 80% dos votos - Putin nunca obteve mais de 77%.

 

"Estou convencido de que vocês compreendem o período difícil que o nosso país atravessa, os desafios que enfrentamos em praticamente todas as áreas" disse Putin "Peço que votem no candidato de sua escolha, pelo futuro da Rússia. Participar nas eleições é demonstrar seus sentimentos patrióticos."

 

A Comissão Eleitoral Central (CEC) registrou apenas mais três candidatos, nenhum deles de oposição de verdade: o comunista Nikolai Kharkinov e o liberal Vladislav Davankov, têm 6% das intenções de voto. O ultranacionalista Leonid Slutski, 5%. Em 2020, Putin alterou a Constituição e eliminou a barreira à reeleição, o que significa que ele poderá se candidatar de novo em 2030, quando terá 77 anos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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A ex-ministra do Desenvolvimento Social Márcia Lopes diz ter recebido um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a pasta das Mulheres, hoje chefiada por Cida Gonçalves. A confirmação foi dada ao site PlatôBR. A secretaria de Comunicação do Planalto não se manifestou.

A petista deve estar em Brasília nesta segunda-feira, 5. Ela é irmã de um dos aliados históricos de Lula, Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete da Presidência da República durante os oito primeiros anos dos governos do PT e ministro-chefe da Secretaria-Geral durante o primeiro governo de Dilma Rousseff.

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Com a saída de Cida, o governo Lula tem a segunda troca em uma semana. Na sexta-feira, 2, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo após reunião com Lula. A saída foi consequência do escândalo dos descontos indevidos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

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Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.