Líder democrata sobe tom, pede renúncia de Netanyahu e novas eleições em Israel

Internacional
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O líder democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, chamou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, de obstáculo para paz e pediu novas eleições no país. O discurso desta quinta-feira, 14, reflete a crescente insatisfação com a guerra dentro do partido e é mais um sinal de afastamento entre autoridades em Washington e Tel-Aviv. Do lado republicano, a declaração foi alvo de críticas.

 

Em duro discurso de 40 minutos, Schumer, o político judeu a ocupar o posto mais alto nos EUA, disse que Netanyahu perdeu o rumo, colocou sua sobrevivência política à frente dos interesses de Israel, se cercou de extremistas e tem sido muito tolerante com o custo humano da guerra. "Acredito que uma nova eleição assim que a guerra começar a diminuir daria aos israelenses a oportunidade de expressar sua visão do futuro pós-guerra", disse.

 

O democrata, que tem sido um dos defensores mais vocais de Tel-Aviv dentro do Partido Democrata, pontuou que o apoio a Israel tem atingido mínimas históricas em todo mundo. E alertou: "Israel não poderá sobreviver caso se torne um pária".

 

Em resposta, o Likud, partido do primeiro-ministro israelense, disse que Israel não é uma "república de bananas" e criticou a solução de dois Estados, defendida pelos EUA para o futuro pós-guerra. "Ao contrário das palavras de Schumer, o público israelense apoia a vitória total sobre o Hamas, rejeita quaisquer ditames internacionais para estabelecer um estado terrorista palestino e se opõe ao retorno da Autoridade Palestina a Gaza".

 

De acordo com o site Político, o democrata compartilhou previamente a sua posição à Casa Branca, o que demonstra como até mesmo as autoridades mais simpáticas a Israel, como o próprio Schumer e o presidente Joe Biden tem perdido a paciência com o governo Netanyahu. A Casa Branca não comentou as declarações do senador.

 

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel, com o fornecimento de armas e o apoio diplomático em votações na ONU, usando o seu poder de veto para barrar resoluções que pediam por cessar-fogo. Mais recentemente, no entanto, Joe Biden tem aumentado a pressão por uma pausa nos combates que permita o aumento da ajuda humanitária e a libertação dos reféns. O presidente chegou a dizer que a ofensiva, lançada após o ataque terrorista do Hamas, é "exagerada".

 

A guerra criou um dilema dentro do partido, como mostraram as primárias, com árabes-americanos impulsionando o voto de protesto contra Biden pelo apoio a Israel, principalmente no Michigan e Minnesota

 

Em resposta ao Schumer, o senador Mitch McConnell, líder da minoria republicana no Senado, chamou de "grotesco e hipócrita" o pedido por novas eleições em Israel. "O Partido Democrata não tem um problema anti-Bibi", disse, referindo-se ao apelido de Netanyhu. "Tem um problema anti-Israel".

 

Na mesma linha, o presidente da Câmara Mike Johnson, do Partido Republicano, disse que o pedido por novas eleições em Israel inapropriado. "É simplesmente errado que um líder americano desempenhe um papel tão divisivo", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.