Queda de ponte nos EUA deixa Maryland em estado de emergência e suspende tráfego marítimo

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Maryland, nos Estados Unidos, entrou em estado de emergência nesta terça-feira, 26, após uma ponte em Baltimore desabar e deixar pelo menos sete pessoas desaparecidas no rio sobre o qual estava. O governador Wes Moore disse que estava trabalhando para mobilizar recursos federais - e o FBI foi acionado ao local.

 

A Casa Branca está monitorando o incidente, disse um oficial para o Washington Post, que acrescentou que não há sinal de qualquer intenção perversa. O Secretário de Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, publicou no X que ofereceu o apoio de sua agência, à medida que os esforços de resgate estão em andamento.

 

O tráfego marítimo foi "suspenso até novo aviso" no porto de Baltimore , um dos mais movimentados dos Estados Unidos, após o desabamento da ponte, anunciou o secretário dos Transportes de Maryland. "O tráfego de navios que entram e saem do porto de Baltimore está suspenso até novo aviso. O porto permanece aberto ao tráfego de caminhões", disse o secretário Paul Wiedefeld aos repórteres.

 

Um navio porta-contêineres com bandeira de Cingapura, operado pela Synergy Marine Group, colidiu contra a ponte em Baltimore por volta de 1h30 (horário local, 2h30 em Brasília), atingindo um dos pilares e fazendo com que a estrutura se quebrasse e dobrasse em vários pontos, caindo na água em questão de segundos. Ainda não está claro o que causou a colisão.

 

De acordo com autoridades, há carros na água, onde a temperatura rondava 8ºC na madrugada desta terça-feira. Duas pessoas foram resgatadas, uma em estado grave, segundo o chefe dos bombeiros de Baltimore, James Wallace. Ele disse que as autoridades "podem estar procurando mais de sete pessoas", mas disse que esse número pode mudar.

 

Kevin Cartwright, diretor de comunicações do Corpo de Bombeiros de Baltimore, disse à Associated Press que vários veículos estavam na ponte no momento do colapso. A edificação caiu no meio da noite, quando o tráfego seria menos intenso do que durante o dia, quando milhares de carros atravessam o vão. Ele chamou o colapso de um "evento em desenvolvimento com vítimas em massa".

 

Um helicóptero e três barcos da Guarda Costeira estão realizando as buscas no Rio Patapsco nesta terça-feira. As autoridades confirmaram em uma entrevista coletiva de imprensa que agentes federais, estatais e municipais estão participando da operação para lidar com o que o prefeito de Baltimore, Brandon Scott, descreveu como uma "tragédia".

 

Wiedefeld, o secretário de Transportes de Maryland, disse à imprensa que a baixa temperatura da água, sua profundidade, de cerca de 15 metros, e a escuridão no momento do ocorrido dificultam os trabalhos. (Com agências internacionais).

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 27, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), "está fazendo história" nas parcerias com o governo federal. Adversários políticos - Tarcísio é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) -, os dois dividiram o palanque durante evento em Santos que lançou o edital para a construção do túnel que ligará a cidade ao Guarujá. A obra custará R$ 6 bilhões, valor que será dividido pelas duas administrações.

Antes, Tarcísio também havia agradecido a Lula pela parceria que possibilitou o empreendimento. Mesmo com a deferência e a tentativa de conferir à cerimônia um clima amistoso, o governador foi vaiado em vários momentos pela plateia no evento organizado pelo governo federal.

Além das vaias, Tarcísio presenciou gritos de "sem anistia" - ele já defendeu perdão para o 8 de Janeiro - e assistiu ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), criticar o plano de golpe, que, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, foi liderado por Bolsonaro. Nesta semana, o governador disse que a denúncia que atinge o padrinho político é "uma forçação de barra".

"Tarcísio, você está fazendo história nessas parcerias que estamos construindo. Pode ficar certo de que o povo compreende o que está acontecendo. Tem gente do lado do Tarcísio que não gosta de vê-lo do meu lado e vice-versa. Nós só temos um lado: o do povo", afirmou Lula ontem.

'Enfarte'

O presidente disse que ele e o governador ainda terão muitas fotos juntos, o que foi considerado uma provocação a Bolsonaro. "E o que é mais grave para os nossos adversários, é a gente estar rindo na foto. Pode até ter enfarte", declarou. "Não estou propondo casamento para ele nem ele para mim. O que estamos propondo é um jeito de trabalhar juntos."

Lula e Tarcísio dividiram o palco em meio à queda de popularidade do presidente e ao aumento de rumores de uma candidatura do governador à Presidência em 2026, hipótese que ele rechaça. Lula já disse que pode disputar o quarto mandato. Pesquisa Genial/Quaest divulgada anteontem mostrou que a reprovação do presidente disparou em redutos do PT (PE e BA), e ultrapassou 60% em São Paulo, Rio, Minas, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Já Tarcísio mantém-se aprovado por 61% dos eleitores de São Paulo, segundo rodada da Genial/Quaest divulgada ontem. O índice é o mesmo de dezembro. A desaprovação oscilou dois pontos para cima, de 26% em dezembro para 28%.

Em Santos, Tarcísio ignorou as hostilidades, principalmente quando falou da privatização da Sabesp. "Quero agradecer ao senhor porque, desde quando tivemos conversas sobre o túnel, o senhor colocou o assunto como prioridade", disse a Lula. "Voltamos a falar e lembro que o senhor falou que não está na hora de ter disputa política e que o momento é de atender ao cidadão", completou.

Saia-justa

Os dois lados se esforçaram para transmitir a mensagem de que deixaram diferenças políticas de lado, mas houve saias-justas. Alckmin disse que, "enquanto alguns tramavam o assassinato de adversários, Lula prega o diálogo", em referência a um plano para matar ele próprio e Lula, conforme a denúncia da Procuradoria no inquérito do golpe. Titular da Casa Civil, Rui Costa (PT) defendeu a valorização da democracia.

O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), criticou a proposta da gestão Bolsonaro para privatizar o Porto de Santos. A iniciativa era capitaneada por Tarcísio, à época em que ele era ministro da Infraestrutura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou, nesta quinta-feira, 27, "profunda preocupação" com as recentes investidas do governo dos Estados Unidos e do Congresso norte-americano contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a entidade destacou o papel fundamental do STF na defesa dos princípios constitucionais e do Estado Democrático de Direito.

"A soberania nacional e a independência do Poder Judiciário são pilares inegociáveis de uma democracia sólida e consolidada, como a brasileira e a norte-americana", afirma a Ajufe.

A manifestação ocorre após críticas do governo Donald Trump às determinações do ministro Alexandre de Moraes. Na quarta-feira (26), o Departamento de Estado dos EUA classificou o bloqueio de redes sociais norte-americanas pelo Brasil como "censura". No mesmo dia, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei que visa impedir a entrada de Moraes no país.

Diante desse contexto, a Ajufe ressaltou a importância do diálogo entre nações democráticas, desde que pautado no respeito mútuo e na valorização do STF e da magistratura brasileira. "Esse processo, no entanto, passa necessariamente pelo reconhecimento e pela valorização da magistratura brasileira e do Supremo Tribunal Federal, garantindo os meios necessários para cumprirem suas atribuições constitucionais com independência e segurança", concluiu a entidade.

Alvo das ofensivas, Moraes fez um discurso nesta quinta-feira, 27, em defesa da soberania do Brasil e contra o "imperialismo". Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma república independente e cada vez melhor", afirmou.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), citou a agenda de desburocratização e pautas relacionados ao empreendedorismo e ao microcrédito como prioritárias no primeiro semestre. Na semana que vem, o senador vai se reunir com líderes para definir um "portfólio" de até cinquenta matérias.

"Vamos escolher as prioritárias para deliberarmos neste semestre, especialmente aquelas que desburocratizem a vida dos brasileiros e melhorem o ambiente de negócio, empreendedorismo", afirmou Alcolumbre, em entrevista ao programa PodK Liberados, apresentado pelo também senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e exibido na noite da quinta-feira, 27, pela RedeTV!. O senador citou também a agenda do microcrédito como um tema caro ao governo.

Câmara

Alcolumbre ainda elogiou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de quem é amigo "há mais de dez anos". O Senador disse que as duas Casas estarão bastante alinhadas, diferentemente do que aconteceu nos últimos anos.