Defesa ataca credibilidade de ex-advogado de Trump

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A defesa de Donald Trump tentou retratar nesta terça, 14, seu ex-advogado Michael Cohen, principal testemunha no caso criminal contra o ex-presidente, como um oportunista egocêntrico obcecado por vingança por ter sido afastado do círculo de contatos do ex-patrão.

 

Cohen testemunhou ontem pelo segundo dia. Seu depoimento é essencial para os promotores por ser a única pessoa que liga diretamente o encobrimento de um pagamento pelo silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels.

 

Ao longo de dois dias de depoimento, Cohen detalhou o pagamento de US$ 130 mil feito a Daniels para silenciá-la sobre um caso extraconjugal com Trump e como o ex-presidente o reembolsou após vencer a eleição de 2016. Ela recebeu para não revelar a história durante a campanha.

 

A defesa iniciou seu questionamento atacando a credibilidade de Cohen. Todd Blanche, advogado de Trump, pressionou Cohen sobre suas publicações nas redes sociais, suas tentativas de monetizar sua conexão com o ex-presidente e seu próprio histórico criminal. "Você quer que o presidente Trump seja condenado neste caso?", perguntou. "Com certeza", respondeu Cohen.

 

Segundo Blanche, nas últimas semanas, Cohen vinha chamando Trump de "déspota imbecil" e dizendo que o ex-presidente "pertencia a uma maldita cadeia". Ele alegou que Cohen estava obcecado em mandar Trump para a prisão.

 

Antes do início do interrogatório, Cohen descreveu o pagamento feito por ele a Daniels como um esforço para influenciar a eleição de 2016 "por ordem de Trump". A ex-atriz pornô diz que o encontro ocorreu em 2006, mas Trump nega.

 

Pagamento

 

Cohen relatou uma reunião no Salão Oval, em fevereiro de 2017, na qual Trump confirmou o plano de reembolsar o advogado e justificar o pagamento para sua empresa com faturas falsas. Os reembolsos formam a base das 34 acusações, incluindo falsificações de registros comerciais, contra Trump, o primeiro ex-presidente dos EUA a responder a um processo criminal.

 

Cohen também expôs o que aconteceu em seguida: a história de Daniels acabou se tornando pública e foram feitas tentativas de limitar as consequências com uma campanha de difamação contra ela. Cohen acabou sendo alvo de uma operação do FBI relacionada ao pagamento. Ele lembrou que Trump o consolou após a operação: "Não se preocupe. Eu sou o presidente dos EUA".

 

Cohen se declarou culpado de acusações relacionadas aos pagamentos e por mentir ao Congresso. Ele foi condenado a 3 anos de prisão, pena que cumpriu entre 2018 e 2021. Blanche acusou o ex-advogado de construir uma carreira como um grande antagonista de Trump, ganhando mais de US$ 3 milhões com um livro e produzindo seu próprio podcast. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

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Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.