Reino Unido: policial é suspenso após divulgação de imagens em que agredia pessoas no aeroporto

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Um policial britânico foi suspenso após o compartilhamento nas redes sociais de diversos vídeos em que agentes aparecem espancando ao menos três pessoas no Aeroporto de Manchester, no Reino Unido. As informações são da CNN.

Os vídeos começaram a circular na última quarta-feira, 24, nas redes sociais e geraram protestos tanto do público quanto de políticos.

As imagens mostram pelo menos dois policiais apontando um dispositivo de eletrochoque sobre um homem no chão. Na sequência, um agente se aproxima e começa a chutar e a pisar a cabeça da vítima. Uma mulher é ouvida gritando "pare com isso, ele não fez nada"!

A gravação também mostra uma segunda pessoa, com as mãos para cima, caindo ajoelhado depois que um policial aponta o dispositivo de choque em sua direção. O homem é chutado e forçado pelos agentes a colocar os braços para trás.

De acordo com o advogado Akhmed Yaqoob, houve piora no estado de saúde do homem visto sendo pisoteado e que um exame revelou um cisto em seu cérebro.

O primeiro-ministro Keir Starmer disse que "entende a preocupação" com os vídeos. A Secretária do Interior britânica, Yvette Cooper, disse que é "essencial" que a polícia "tenha a confiança das comunidades e que o público espera, com razão, altos padrões daqueles que são responsáveis por nos manter seguros". Em protestos da população, a polícia foi acusada de racismo.

'Uso de tal força em uma prisão é incomum'

O Conselho Muçulmano do Reino Unido, um órgão que reúne organizações lideradas por muçulmanos, disse estar "profundamente chocado e alarmado" com as imagens. Há várias denúncias de racismo contra as forças policiais do país. No ano passado, um relatório oficial da Polícia Metropolitana de Londres acusou a organização de perpetuar uma cultura interna misógina, sexista, racista e homofóbica.

A Polícia da Grande Manchester (GMP) suspendeu cinco policiais e colocou dois policiais em funções restritas após uma denúncia de discriminação racial em Bury, na semana passada.

Um porta-voz da força disse que a GMP estava "profundamente preocupada com as alegações e que não vai hesitar em tomar qualquer ação necessária".

Com relação a agressão desta semana, o órgão disse que tudo começou depois que policiais ficaram feridos em um "ataque violento", incluindo um policial que sofreu uma fratura no nariz.

Eles contaram que, por outro lado, a violência vista nos vídeos foi "verdadeiramente chocante" e uma "ocorrência incomum", acrescentando que os agentes se encaminharam voluntariamente para investigação junto ao órgão de fiscalização policial independente do Reino Unido. O policial que aparece nas imagens foi suspenso, segundo a polícia.

"Sabemos que um filme de um incidente no aeroporto de Manchester está circulando amplamente mostrando um evento que é verdadeiramente chocante e com o qual as pessoas estão extremamente preocupadas", disse o chefe assistente de polícia do GMP, Wasim Chaudhry, no comunicado. "O uso de tal força em uma prisão é uma ocorrência incomum e que entendemos que cria alarme."

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lidera o ranking de aprovação entre os chefes de Ministérios do governo Lula, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel. O levantamento aponta que Tebet é a mais bem avaliada pelos brasileiros, enquanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, registra a maior rejeição.

Com 62% de aprovação, Tebet se destaca como a ministra mais bem avaliada, seguida por Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania, ambos com 54%. Wellington Dias, responsável pela Assistência Social, aparece com 51%, enquanto Ricardo Lewandowski, da Justiça, soma 47% de aprovação.

Na outra ponta, Juscelino Filho lidera a rejeição, sendo avaliado negativamente por 70% dos entrevistados. Anielle Franco, da Igualdade Racial, aparece em seguida, com 59% de reprovação. Já Fernando Haddad, da Fazenda, Carlos Lupi, da Previdência Social, e André Fufuca, dos Esportes, registram um índice de desaprovação de 55% cada.

A pesquisa ouviu 2.595 pessoas entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre a necessidade de uma reforma ministerial no governo Lula. A maioria, 58%, afirmou que o presidente deve promover mudanças na equipe, enquanto 30% defenderam a manutenção dos atuais ministros e 12% não souberam opinar.

Quando perguntados sobre o impacto dessas possíveis alterações, 51% acreditam que trocas na equipe podem melhorar o governo, ao passo que 29% consideram que não haveria diferença significativa, e 20% não souberam responder.

Entre as prioridades para uma eventual reforma, a melhoria na articulação política foi apontada como a mais urgente, mencionada por 34% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a busca por maior eficiência na gestão pública (28%) e a substituição de ministros com altos índices de rejeição (22%).

O presidente Lula deu início a sua reforma ministerial na última semana. Nísia Trindade deixou o comando do Ministério da Saúde, sendo substituída por Alexandre Padilha, que, por sua vez, abriu espaço para Gleisi Hoffmann assumir a Secretaria de Relações Institucionais.

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado 'democracia brasileira em risco', o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a "passar do limite".

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma "ameaça direta à integridade do processo democrático" antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

"Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral", argumenta o texto. E acrescenta: "Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário".

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela "é mal garantida ou não é garantida", porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

A pontuação do Brasil, segundo a pesquisa, também foi afetada negativamente por novos detalhes da "suposta tentativa de golpe" em 2022 contra o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e membros do STF, que teria sido organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do alto escalão das Forças Armadas, que negam irregularidades.

"O plano de golpe também sugere que há uma tolerância perturbadora à violência política no Brasil que está ausente em democracias mais consolidadas", afirma a pesquisa.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três ultimas posições, de uma lista de 167 países.

O procurador Carlos Alberto de Souza Almeida, que atua junto ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), foi condenado a devolver R$ 4,5 milhões que recebeu em salários retroativos e indenização.

O Estadão busca contato com o procurador.

O valor engloba vencimentos referentes ao período em que aguardou ser convocado no concurso público (1999-2005) e uma indenização por dano moral pela "nomeação tardia".

O montante a ser restituído aos cofres públicos pode chegar a R$ 7 milhões considerando juros e correção monetária. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer.

Carlos Aberto só foi classificado depois de conseguir anular judicialmente questões da prova, o que ocorreu em dezembro de 2005, seis anos após o concurso. Em um dos ofícios no processo, ele chegou a renunciar "a quaisquer efeitos pecuniários que lhe possam atribuir a sentença".

Em 2018, quando já estava no cargo, o procurador deu entrada em um processo administrativo para receber "vencimentos e outras parcelas remuneratórias conexas, não percebidas no período de 17/06/1999 a 30/12/2005", além da indenização por dano material.

O pedido foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Amazonas e as parcelas foram depositadas entre outubro de 2018 e outubro de 2019.

A juíza Etelvina Lobo Braga, da Vara da Fazenda Pública de Manaus, afirma na sentença que o procurador "agiu de forma temerária e com prática duvidosa, quando postulou direitos aos quais ele mesmo já havia expressamente renunciado".

A decisão afirma ainda que a ordem de pagamento do Tribunal de Contas é "flagrantemente indevida".

"A nomeação e posse decorrente de ordem judicial, bem como ulterior exercício no cargo de Procurador de Contas, do requerido Carlos Alberto de Souza Almeida, não se deram de forma tardia, mas sim por ordem judicial, que não deveria gerar direito à indenização, razão pela qual houve equívoco e ilegalidade da Corte de Contas, que não atentou, também, à renúncia expressa firmada nos autos pelo candidato", diz a sentença.