Kamala Harris confirma Tim Walz como candidato a vice na chapa democrata

Internacional
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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, confirmou ter escolhido o governador de Minnesota, Tim Walz, como candidato à vice-presidência na chapa democrata, conforme já havia sido antecipado por múltiplos veículos da imprensa norte-americana.

Em mensagem enviada a apoiadores, Harris disse que Walz é um político "testado em batalha" que teve importantes conquistas em seu Estado. "Sei que ele trará essa mesma liderança baseada em princípios para nossa campanha e para o cargo de vice-presidente", escreveu.

Walz foi escolhido em uma lista pequena de figuras democratas que vinham sendo entrevistados pela equipe de Harris.

O grupo incluía o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e o senador Mark Kelly, do Arizone, de acordo com relatos da imprensa dos EUA.

A campanha rival, do ex-presidente Donald Trump, criticou a escolha e acusou Walz de defender uma agenda muito à esquerda. "Como Kamala Harris, Tim Walz é um extremista perigosamente liberal", afirmou em comunicado a secretária de imprensa da campanha republicana, Karoline Leavitt.

Walz, de 60 anos, entrou na política em 2006, quando venceu a disputa por um assento na Câmara dos Representantes em um assento considerado conservador no Minnesota. Em 2018, venceu eleição para governar o Estado com uma agenda contrária ao então presidente Trump.

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A entrevista que o Estadão promoveria nesta terça-feira, 10, com a candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, foi adiada por conta de um problema familiar da economista. Com isso, o ciclo de sabatinas com os principais candidatos da corrida eleitoral da capital será iniciado na quarta-feira, 11, quando Pablo Marçal (PRTB) será entrevistado na sede do Estadão. A entrevista com Marina Helena será remarcada.

O ciclo de sabatinas ouvirá os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

As sabatinas serão mediadas pelo colunista Ricardo Corrêa, com participação do repórter especial Marcelo Godoy. As entrevistas terão 40 minutos de duração e serão realizadas durante o período da manhã, no estúdio da redação do Estadão, no bairro do Limão, zona norte de São Paulo. O conteúdo será gravado e disponibilizado no canal do jornal no YouTube.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) condenou a revista IstoÉ e o editor responsável pela publicação a indenizar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pela nota "O esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto", publicada na coluna "Brasil Confidencial" em 21 de fevereiro de 2020. Michelle receberá R$ 40 mil, sendo R$ 30 mil da revista e R$ 10 mil do jornalista, além do direito de resposta. A defesa da Isto É não quis comentar o caso.

O processo foi relatado pelo ministro Antonio Carlos Ferreira, que votou pela condenação da publicação da Editora Três. Todos os colegas seguiram o relator. Segundo os votos, "a nota jornalística que divulga informações estritamente pessoais da vida da então primeira-dama do Brasil, abordando questões de ordem puramente privada do casal presidencial, aparta-se da legítima prerrogativa de informar, contrariando princípios fundamentais de direitos da personalidade".

O relator também considerou que a revista "manipulou a opinião do leitor para despertar no público a ideia de que haveria infidelidade conjugal no seu relacionamento com o Exmo. Sr. Presidente". Segundo o ministro, a informação publicada é "sabidamente falsa". Em seu voto, Ferreira ainda ressaltou que o interesse público não justifica a necessidade de suprir os leitores com informações pessoais de pessoas públicas, nem "publicar notícias que aumentam o número de vendas da notícia".

No início do processo, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a ex-primeira-dama havia perdido. O TJ-SP considerou que, pela posição de Michelle, ela estaria "permanentemente sujeita a ter a vida esmiuçada porque suas atividades são, em geral, de interesse público, até porque muitas vezes pagas com dinheiro público, a gerar, inclusive, a conferência das respectivas contas".

Michelle então recorreu, argumentando que a nota "ofendeu sua honra, imagem, intimidade e dignidade enquanto mãe, esposa e mulher de reputação ilibada", e por fim considerou que "na qualidade de primeira-dama, essa desonra sobre o seu caráter será relembrada pela própria história, posto que eternizada e gravada na internet".

A Editora Três também deve dar, nos mesmos meios que a publicação da nota, o direito de resposta à Michelle dentro de 15 dias, a partir do trânsito em julgado da decisão. Caso não cumpra, a empresa arcará com uma multa diária de R$ 1 mil, chegando a, no máximo, R$ 30 mil.

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (Republicanos) teve o registro de candidatura na disputa por um cargo de vereador na capital fluminense negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) nesta segunda-feira, 9. Garotinho vai recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral, que pedia o indeferimento do pedido de registro de candidatura de Garotinho. O MP argumentou que há uma condenação por improbidade administrativa em órgão colegiado contra o ex-governador e que, portanto, o ex-chefe do Executivo do Rio se enquadra na Lei da Ficha Limpa. Para a Promotoria eleitoral, Garotinho está inelegível até 2026 por ter sido condenado em 2018.

O ex-chefe do Executivo estadual usou as redes sociais para contestar a decisão e disse que vai recorrer da decisão no TSE. "Vão tentar, mas não vão conseguir. Nossa luta é pelo povo e para o povo e, por isso, sempre tentam nos parar", escreveu na legenda de um vídeo publicado no Instagram nesta terça-feira, 10.

"Sempre fui uma pessoa muito perseguida pelo sistema porque eu falo a verdade e defendo o povo. Foi uma juíza de primeira instância que se aproveitou de um caso de 2005 onde eu fui julgado sem advogado. Nós vamos para o TSE, e tenho certeza que vamos vencer", afirmou.

A decisão da magistrada foi proferida menos de um mês após o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder um habeas corpus ao ex-governador, no dia 20 de agosto deste ano, em que permite que Garotinho concorra às eleições municipais deste ano. A decisão de Zanin suspendeu os efeitos de outra sentença da Justiça Eleitoral do Rio.

Zanin suspendeu os efeitos de uma condenação de Garotinho pela Justiça Eleitoral a 13 anos, 9 meses e 20 dias por compra de votos em troca de um benefício social, o cheque cidadão, para favorecer candidatos a prefeito e vereador em Campos dos Goytacazes (RJ) em 2016. O caso ficou conhecido como Operação Chequinho.

Em 2022, um dos denunciados pela operação teve a condenação anulada pelo Supremo, visto que as provas obtidas contra ele foram consideradas ilegítimas. A defesa do ex-governador alegou que as provas relacionadas a ele foram obtidas de forma igualmente ilícita, o que resultou na anulação.

Na decisão, Zanin pontuou que as provas dos dois casos foram obtidas sob as mesmas circunstâncias, o que explica a invalidez das duas. "Assim, a suspensão dos efeitos da condenação apenas em relação à inelegibilidade é necessária porque, caso se chegue à conclusão de que as condenações decorreram de prova ilícita, Garotinho ficaria indevidamente impedido de disputar as eleições", afirmou.

Já o caso analisado por Maria Paula Gouvêa Galhardo trata sobre uma condenação por improbidade pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) por supostas fraudes ocorridas na Secretaria de Saúde do Estado entre 2005 e 2006, época em que Garotinho ocupava o cargo de secretário.

Além da suspensão dos direitos políticos por oito anos, o tribunal fluminense também condenou solidariamente Garotinho a ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 234 milhões.