Israel fecha escritório da Al Jazeera na Cisjordânia

Internacional
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Tropas israelenses invadiram o escritório da rede de notícias Al Jazeera na Cisjordânia ocupada por Israel, ordenando seu fechamento por 45 dias em uma ampliação das medidas do país contra a emissora no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. A operação foi transmitida ao vivo pelo canal de língua árabe da Al Jazeera, mostrando soldados israelenses exigindo o encerramento das atividades do escritório.

A ação segue uma ordem extraordinária emitida em maio, que resultou na apreensão de equipamentos da Al Jazeera em Jerusalém Oriental e na interrupção de suas transmissões em Israel, além do bloqueio de seus sites. Desde então, a emissora continua a operar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

O exército israelense não respondeu a pedidos de comentário da Associated Press sobre o ocorrido.

A Al Jazeera, financiada pelo Qatar, tem sido alvo frequente de críticas do governo israelense devido à sua cobertura do conflito com o Hamas, grupo militante que controla Gaza.

Enquanto isso, a tensão na região continua a aumentar, com a intensificação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, no Líbano. O Hezbollah lançou mais de 100 foguetes no norte de Israel em retaliação a ataques israelenses que mataram dezenas de pessoas, incluindo um de seus comandantes, alimentando temores de que o conflito possa se transformar em uma guerra em larga escala.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel continuará suas operações contra o Hezbollah e o Hamas até que a segurança seja restaurada. A crescente violência, tanto na fronteira norte de Israel quanto em Gaza, coloca a região em uma situação delicada, com a comunidade internacional alertando para o risco de uma escalada mais ampla do conflito no Oriente Médio.

Em outra categoria

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, falou contra anistiar envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF na última quarta-feira, 13. "Anistia nesse momento é estimular impunidade. E a impunidade é o fermento do terror que assistimos nesta semana. Sou contra qualquer debate sobre anistia aos envolvidos no 8 de janeiro", afirmou.

"Quem atenta contra a democracia não vai contar com nenhum tipo de impunidade nesse País", continuou o ministro. Ele falou a jornalistas durante evento paralelo ao G20, no Rio de Janeiro.

Investigações

Pimenta disse que as investigações sobre o ataque ao STF estão caminhando rápido e que, no momento, o mais importante é saber se o responsável, que morreu, tinha "conexões". "Ele possivelmente tinha uma retaguarda", sugeriu o ministro por mais de uma vez.

O homem, disse Pimenta, teria agido de forma premeditada, o que estaria sendo corroborado por uma série de descobertas recentes dos investigadores, como o aluguel de um trailer na praça dos três poderes; artefatos enterrados nas proximidades; a bomba deixadas em uma das gavetas de seu quarto; as inscrições no espelho da casa; e postagens em redes sociais.

"Por isso não temos que tratar como fato isolado, mas como parte do momento do País", afirmou. Ele mencionou que o investigado da vez esteve acampado em frente a quartéis em janeiro.

O ministro disse descartar a tese de suicídio, no que citou as imagens de câmeras de seguranças e disse que o Brasil terá de tratar desse tipo de episódio cada vez mais como atos de terrorismo.

Lula

Questionado sobre o fato de Lula não estar comentando o episódio, Pimenta disse que o Presidente "está falando" por meio da Polícia Federal e outros órgãos. Ele garantiu que a agenda de Lula não vai mudar em função do atentado, até como demonstração de que essas investidas não vão perturbar a vida democrática.

Na avaliação do ministro, um dos objetivos do ataque era trazer instabilidade à realização do G20 e a chegada de outros líderes ao Brasil.

Inquéritos

Ele também afirmou que os inquéritos sobre atos antidemocráticos estão "se encaminhando para conclusão" e disse que, possivelmente, as investigações vão apontar as ligações com financiadores.

Contas públicas

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, garantiu que os ajustes na conta do governo serão realizados e disse que o presidente Lula está conversando com todos os ministros da Esplanada sobre os ajustes pretendidos nos gastos públicos.

Pimenta disse que Lula é governante experiente e entende ser importante fazer ajustes para manter o atual ritmo de crescimento do PIB e preservar os empregos gerados nos primeiros dois anos do governo.

"Os ajustes que têm de ser feitos serão feitos", disse Paulo Pimenta a jornalistas durante o G20, no Rio de Janeiro. Questionado sobre uma data para o anúncio, ele não deu detalhes, mas sugeriu que vai acontecer em breve.

Trump

Questionado sobre possíveis ruídos nas relações entre Brasil e Estados Unidos após a eleição de Donald Trump, Pimenta minimizou e disse que Lula já governou o Brasil em paralelo a diversos presidentes americanos sem maiores problemas.

"Não vejo problema nenhum com Trump, é uma relação de Estado. Vamos manter a relação que temos com os Estados Unidos. O importante é conversar", disse.

Em seguida, porém, Pimenta afirmou que o Brasil busca novos parceiros econômicos e que membros do governo terão uma profusão de reuniões bilaterais durante o G20. Nesse ponto, ele citou especificamente a Arábia Saudita e Emirados Árabes, mas disse que haverá encontros com autoridades de países cujas relações com o Brasil são mais tradicionais, como os próprios EUA e a França.

O pastor evangélico Silas Malafaia publicou um vídeo ontem, 14, comentando sobre o atentado a bombas em Brasília (DF) no início da noite de quarta, 13, cujo autor das explosões, Francisco Wanderley Luiz, foi a única vítima.

Na gravação, Malafaia se referiu a ele como "homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas" na capital e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenta criar "cortina de fumaça" sobre os próprios atos jurídicos, segundo o pastor, "ilegais e injustos".

"Eu não vou deixar passar o ditador da toga Alexandre de Moraes com uma narrativa para tentar tirar proveito, para jogar uma cortina de fumaça nos seus atos ilegais, injustos, sobre a questão do homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas em Brasília", disse.

Com a voz elevada, tom de rotina neste tipo de comunicação publicada pelo pastor, Malafaia ainda diz que repudia "qualquer baderna, perseguição ou quebra-quebra, seja da direita ou da esquerda", e que a "narrativa" de Moraes é de que o ataque promovido pelo homem é "fruto do discurso de ódio" e que uma anistia aos presos do 8 de Janeiro "vai gerar mais agressividade".

"Se o senhor tem direito de mostrar e de falar isso, eu tenho direito de dizer isso aqui: não é seu discurso de ódio, (mas) suas atitudes de ódio, de perseguição política, vão gerar mais agressividade", afirmou o pastor.

Como mostrou o Estadão, a Polícia Federal (PF) relatou que a ex-mulher de Tiü França, como era conhecido o homem de 59 anos que morreu na Praça dos Três Poderes após a sequência de explosões, disse que o alvo do ataque seria Moraes. As investigações vão confirmar se os ataques, de fato, se endereçavam ao ministro, afirmou a corporação.

Moraes afirmou na quarta, que as explosões são resultado do ódio político que se instalou no País nos últimos anos e defendeu que não haja anistia aos envolvidos na invasão do 8 de Janeiro. O ministro disse ser necessário que haja pacificação, mas que ela não virá por meio de perdão aos criminosos.

O catarinense, que morava em Rio do Sul (SC) e estava em Brasília havia três meses, deixou sinais de que o ataque foi premeditado. Em agosto, Wanderley Luiz visitou o STF e tirou uma selfie no plenário da Corte, registro no qual escreveu "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", acrescentando: "Ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo".

Na casa que homem alugou na Ceilândia, no entorno de Brasília, também foram encontrados mais explosivos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Além dos artefatos, uma mensagem foi deixada no espelho pelo homem, endereçada à Debora Rodrigues, mulher flagrada escrevendo "Perdeu, mané" na Estátua da Justiça durante os ataques golpistas de 8 de Janeiro.

"Debora Rodrigues, por favor não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas! Estátua de merda se usa TNT", diz a frase no espelho. O homem chegou a arremessar um artefato contra a obra, localizada em frente ao prédio do STF, mas não houve explosão no momento. Instantes seguintes, ele explodiu outro artefato junto a si mesmo, e caiu.

O corregedor-nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, arquivou sumariamente uma reclamação disciplinar que atribuía aos desembargadores Sebastião de Moraes Filho, João Ferreira Filho e Marilsen Andrade Addario, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, suposta quebra da imparcialidade e possível conluio no curso de um processo referente a uma propriedade de 1,4 milhão de hectares em Luciara, a 1.160 quilômetros de Cuiabá.

O corregedor concluiu que as informações colhidas na apuração disciplinar indicam falta de elementos que possam caracterizar falha funcional.

A decisão não interfere nas apurações que levaram ao afastamento de Sebastião de Moraes e João Ferreira no âmbito de investigação sobre suposto esquema de venda de sentenças na Corte de Mato Grosso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.