Israel dispara contra torre de vigia da ONU e fere dois soldados da missão da Unifil no Líbano

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Forças israelenses dispararam contra três posições da ONU no sul do Líbano nas últimas 24 horas, informou a organização nesta quinta-feira, 10. Em um dos ataques, contra uma torre de vigia da ONU na cidade de Naqoura, no sul do Líbano, dois soldados da paz ficaram feridos, segundo a organização, e o episódio gerou condenação por parte de aliados de Israel, como Estados Unidos e Itália.

"Esta manhã, dois soldados da paz ficaram feridos depois que um tanque Merkava das FDI (Forças de Defesa Israelense) disparou sua arma em direção a uma torre de observação na sede da Unifil em Naqoura, atingindo-a diretamente e fazendo-os cair", disse a ONU em comunicado.

Segundo a organização, os soldados atingidos não tiveram ferimentos graves, mas permanecem no hospital.

As forças de paz da ONU estão presentes no sul do Líbano para apoiar o retorno à estabilidade sob um mandato do Conselho de Segurança de 2006.

Qualquer ataque deliberado às forças de paz é uma violação grave do direito internacional humanitário e da resolução 1701 do Conselho de Segurança, de acordo com a Unifil, que é a Força Interina da ONU no Líbano.

A Unifil ainda afirmou que, na quarta-feira, 9, soldados israelenses "atiraram deliberadamente" em duas outras posições próximas, atingindo a entrada de um bunker onde as forças de paz estavam abrigadas em Ras Naqoura e danificando veículos e um sistema de comunicação.

As Forças de Defesa de Israel disseram em uma declaração que o Hezbollah "opera de dentro e perto de áreas civis no sul do Líbano, incluindo áreas perto da Unifil" e que as tropas das FDI operando perto da base em Naqoura "instruíram as forças da ONU na área a permanecerem em espaços protegidos".

Os Estados Unidos se disseram "profundamente preocupados" com as informações dos disparos israelenses, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano.

"Entendemos que Israel realiza operações seletivas perto da Linha Azul para destruir a infraestrutura do Hezbollah", disse o porta-voz, referindo-se à linha de demarcação entre Israel e o Líbano. Mas, acrescentou, "é fundamental que não ameacem a segurança das forças de paz da ONU".

O ministro da defesa italiano, Guido Crosetto, disse na quinta-feira que os "atos hostis... das FDI podem constituir crimes de guerra", enquanto Micheál Martin, ministro das Relações Exteriores da Irlanda, disse em uma publicação no X que era "repreensível e inaceitável ferir soldados da paz".

Crosetto disse que entrou em contato com seu colega israelense para condenar a ação e também convocou o embaixador israelense na Itália para exigir uma explicação, segundo a agência Reuters.

Autoridades israelenses há muito criticam a Unifil como uma missão ineficaz, preocupada em monitorar pequenas violações de fronteira em vez de impedir que militantes se entrincheiem no sul. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 19, a Operação Contragolpe, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário. Conforme as informações do site da PF, as investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.

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Entre essas ações, segundo a PF, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado "Punhal Verde e Amarelo", que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos.

De acordo com a PF, ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado.

A PF destacou que o planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.

Conforme a PF, o Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, e três "kids pretos" por supostamente planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e "restringir o livre exercício do Poder Judiciário".

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um "detalhado planejamento operacional" chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato de Lula e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

O plano também incluía a execução de um ministro do Supremo, que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado.

Foram presos:

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- Mário Fernandes - general reformado que foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e hoje é assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello;

- Rafael Martins de Oliveira - militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';

- Rodrigo Bezerra de Azevedo - militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';

- Wladimir Matos Soares - policial federal.

O Estadão busca contato com os investigados e seus advogados e deixou espaço aberto para manifestações.

Os agentes ainda vasculharam três endereços e deram cumprimento a 15 medidas cautelares diversas da prisão - proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

As diligências foram realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. O Exército acompanhou as diligências em razão da participação de militares na quadrilha sob investigação.

A Polícia Federal identificou que a quadrilha sob suspeita - formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais - "se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022".

"O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações", indicou a PF.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, almoçará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e terá reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta terça-feira, 19. Será o último dia da reunião de cúpula do G20, no Rio de Janeiro. No início da noite, Lula retorna a Brasília.

As informações estão na agenda oficial da presidência da República. Leia a seguir a lista de compromissos:

9h15 - reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;

10h - 3ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro;

12h30 - sessão de encerramento da Cúpula de Líderes do G20 e cerimônia de transmissão da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro;

13h10 - almoço oferecido ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;

14h30 - entrevista coletiva a jornalistas, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro;

15h30 - reunião com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;

16h20 - reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro;

17h30 - anúncio dos resultados da rodada de investimento, com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;

18h15 - partida do Rio de Janeiro para Brasília;

19h40 - chegada a Brasília.