Reino Unido anuncia novas sanções contra navios de petróleo e gás natural da Rússia

Internacional
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O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira, 17, 22 novas sanções contra navios russos que transportam petróleo e gás natural liquefeito (GNL), para "limitar" o poder de financiamento da Rússia na guerra contra a Ucrânia. Com as novas medidas, o número total de petroleiros russos sancionados pelo governo britânico subiu para 43.

 

Segundo comunicado divulgado nesta quinta, este é o "maior pacote britânico de sanções" lançados até o momento contra a "frota paralela de petroleiros" do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Foram sancionados 18 navios de petróleo e quatro de gás natural, que serão impedidos de entrar nos portos do Reino Unido e não poderão acessar os serviços marítimos britânicos. A empresa de gás russa, Rusgazdobycha JSC, também entrou na lista de restrições lançadas pelo governo britânico.

 

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou que continua sua "missão pessoal de reprimir todo o espectro maligno da atividade russa", em nota. O governo britânico estima que os navios petroleiros sancionados hoje transportaram 4,9 bilhões de libras (US$ 6,37 bilhões) em combustíveis apenas no último ano.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a pedir na noite desta quarta-feira, 16, o rompimento do contrato do governo federal com a Enel. Ele disse que a Prefeitura tem atuado na remoção de árvores caídas e conserto de semáforos, mas ponderou que o apagão causado pela chuva de sexta-feira, 11, não é um problema municipal.

"A Prefeitura, obviamente, sempre tem que estar melhorando os seus serviços, mas o problema que nós temos é a empresa que tem a concessão do governo federal para explorar a energia na cidade de São Paulo. Tanto é que o problema não é só aqui. [Atinge] vários outros municípios, como Diadema", afirmou o candidato à reeleição em entrevista ao SPTV 2, da Rede Globo.

O prefeito disse ainda que, desde o ano passado, vem pedindo que o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) atuassem no sentido de rescindir o contrato com a Enel. Após o entrevistador ponderar que a atuação não resolveu o problema, Nunes respondeu: "Não conseguiu porque é uma empresa ruim. Por isso a gente precisa trocar a empresa. Não tem como ela ficar aqui".

Após o apagão, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) passou a apostar as fichas de sua campanha nos danos provocados e no desgaste do prefeito, acusando Nunes de se omitir da responsabilidade por manter a ordem urbana, com ações como poda de árvores e retirada das que caíram após a chuva.

Segundo o chefe do Executivo paulistano, na noite desta quarta-feira, cinco dias depois da tempestade, ainda há 19 árvores que aguardam a Enel desligar a energia para serem removidas das ruas e quatro semáforos defeituosos, número que ele argumenta que é "o normal no dia a dia".

Nunes também não se comprometeu a manter a tarifa de ônibus congelada em R$ 4,40, como ocorreu durante os três anos de sua gestão. "Vamos pegar o estudo no final do ano e tomar uma decisão técnica. Não vou ser irresponsável", declarou o prefeito.

As campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) interpretaram de maneiras diferentes a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, 16.

A equipe do deputado federal psolista mostrou otimismo em relação ao alto número de eleitores indecisos, acreditando que esse grupo pode ser decisivo para uma virada nos últimos dias antes do segundo turno. Em contrapartida, os assessores do prefeito enxergam os resultados como sinal de estabilidade, destacando que o emedebista segue na liderança.

No cenário estimulado, em que os nomes dos candidatos são apresentados, Nunes obteve 45% das intenções de voto, enquanto Boulos registrou 33%. Além disso, 19% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto, incluindo aqueles que não pretendem comparecer às urnas. Outros 3% ainda estão indecisos.

A equipe de Nunes acredita que esses 19% de votos brancos e nulos correspondam, em grande parte, aos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno. Segundo integrantes da campanha, a diferença entre Nunes e Boulos na pesquisa Quaest é similar aos resultados das pesquisas internas, o que indicaria uma vantagem confortável para o atual prefeito a poucos dias do segundo turno.

Os assessores de Nunes também destacam que, apesar das tentativas de Boulos de capitalizar politicamente o apagão causado pelas fortes chuvas da sexta-feira, 11, isso não teve impacto significativo na candidatura do prefeito. As entrevistas da Quaest foram realizadas entre 12 e 15 de outubro, período em que a cidade ainda enfrentava as consequências das tempestades.

Já no cenário espontâneo, em que os nomes dos candidatos não são apresentados, 38% dos entrevistados declararam voto em Nunes, enquanto 28% escolheram Boulos. Além disso, 26% disseram estar indecisos, e 8% afirmaram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos.

A campanha de Guilherme Boulos destacou o elevado número de eleitores indecisos na pesquisa espontânea, afirmando que "esse percentual pode ser decisivo para construir a virada".

A equipe do PSOL também ressaltou que as pesquisas mais recentes indicam uma diminuição na diferença entre Boulos e Nunes. Embora essa seja a primeira pesquisa Quaest do segundo turno, a última sondagem realizada pelo instituto na véspera do primeiro turno simulou um confronto entre os dois candidatos; nesse cenário, Nunes venceria com 51% dos votos, contra 33% de Boulos.

A pesquisa Quaest entrevistou 1.200 eleitores em São Paulo, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, índice de confiança de 95% e registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-05735/2024.

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) publicou nesta quarta-feira, 16, em sua rede social um vídeo defendendo o atual vice-prefeito de Curitiba e candidato à titularidade da prefeitura, Eduardo Pimentel (PSD), que disputa o segundo turno na capital paranaense com Cristina Graeml (PMB).

A ação do ex-procurador da República vem num momento em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começam a abraçar a campanha de Cristina, que se apresenta como "antissistema". O ex-presidente apoiou explicitamente a jornalista, apesar de seu partido ter indicado o vice na chapa de Pimentel.

Em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, Deltan fez uma análise dos candidatos. Ele descreveu Pimentel como "referência em criar e gerir cidades inteligentes e preparado para enfrentar os desafios complexos da cidade".

"O Eduardo é casado, é dedicado a sua esposa e filhos, participa ativamente de estudos bíblicos e de oração. Ele estudou e viajou o mundo em busca de solução para os problemas complexos de nossa cidade, conhece Curitiba profundamente", disse o ex-procurador, acrescentando que Pimentel recebeu mentoria de "gestores empresariais e líderes religiosos".

Deltan também mencionou o vice de Pimentel, Paulo Martins (PL), lembrando que ele foi indicado por Bolsonaro para integrar a chapa e elogiando seu histórico de combate à "velha política do PT" e sua postura corajosa frente ao "autoritarismo" do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobre Cristina, o ex-deputado reconheceu sua competência como jornalista, mas questionou sua capacidade como gestora. "Estamos falando de gerir milhares de servidores públicos, enfrentar problemas complexos e administrar um orçamento de R$ 15 bilhões", afirmou.

Ex-deputado também falou do vice de Cristina

Deltan também fez comentários sobre o vice de Cristina, Jairo Filho (PMB), que descreveu como "um grande problema" da candidata.

O advogado foi condenado em duas instâncias num processo que determina a devolução de R$ 90 mil a uma pessoa em Brasília (DF), que afirma ter fechado contrato particular de "compartilhamento e locação antecipada" de um carro com uma empresa que pertencia a Jairo, em novembro de 2021.

O contrato tinha duração de 36 meses, e o valor foi depositado em conta bancária. Porém, em março de 2022, o veículo foi bloqueado e ela teve de devolvê-lo à locadora porque o sócio de Jairo no negócio estava inadimplente.

Jairo Filho também responde a um processo por estelionato e é acusado de participação em um esquema de pirâmide financeira. Procurado pelo Estadão, o candidato a vice não havia sido encontrado para comentar até a publicação deste texto.

Deltan afirmou ter lido os esclarecimentos prestados à Justiça e disse, invocando seus "18 anos de experiência combatendo grandes esquemas criminosos", que as justificativas apresentadas não são "nada convincentes".

"Como colocar numa posição de autoridade alguém contra quem pesam fortes evidências de que enganou e se apropriou do dinheiro das pessoas ao redor?", questionou o ex-procurador, acrescentando que as condenações em segunda instância, para ele, "são suficientes".