A Cia Raros Circo e Teatro apresenta seu novo espetáculo "Memórias Circenses". A narrativa traz a história de dois artistas de circo aposentados que, após anos de viagens e apresentações, passam a viver juntos em uma quitinete. Na próxima quinta-feira (31/10), a trupe passa por Mococa e realiza duas apresentações gratuitas, às 14h30 e às 19h, na Praça Mal. Deodoro, 82, centro.
O novo espetáculo, além de celebrar as memórias e a tradição circense, propõe uma reflexão sobre o envelhecimento em uma sociedade que frequentemente marginaliza os idosos. No entanto, segundo o coordenador geral da Raros Circo e Teatro, Fábio Brasileiro, no circo os artistas mais velhos são valorizados como fontes de sabedoria e criatividade. "Por isso, este novo projeto presta uma homenagem a esses mestres, mostrando que a arte não tem idade e que, com curiosidade e entusiasmo, é possível continuar a criar e se encantar com a vida".
O ator e produtor destaca que o projeto nasceu do olhar atento da companhia, que é comprometida em criar espetáculos que abordam temas contemporâneos e que provocam o público a refletir criticamente, mesclado com humor, comédia e circo. "Memórias Circenses' aborda os temas envelhecimento e a velhice em um momento importante para a sociedade brasileira, pois o País está vivenciando uma inversão demográfica e, nesse contexto, o espetáculo reflete o papel dos idosos, desafiando estereótipos que associam a velhice à perda de vitalidade", pontua. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2010 e 2023, o número de pessoas com mais de 60 anos quase duplicou, passando de 8,7% para 15,6%. Com uma estimativa de que, em 2070, cerca de 37,8% dos brasileiros serão idosos.
Com uma combinação de cenas divertidas e emocionantes, "Memórias Circenses" une as habilidades tradicionais do circo a uma narrativa que explora temas de saudade e superação. A apresentação inclui malabarismo, manipulação de chapéus, esquetes cômicos com escada acrobática, mesa acrobática e magia, trazendo à tona a técnica característica do circo. "Buscamos celebrar a trajetória de mestres do circo e refletir sobre o valor da experiência que eles trazem, mostrando que a arte não tem idade e que a paixão pela vida e pelo circo permanecem intactas", mostra Brasileiro.
Em todas as cidades desta turnê, o projeto conta com espaços reservados para escolas. Para Fábio Brasileiro, utilizar a arte e o riso para sensibilizar os estudantes é uma maneira eficaz de promover empatia e desconstruir preconceitos em relação aos idosos. "De forma leve e divertida, o circo se torna um canal para criar estas conexões emocionais entre as gerações. E nada melhor do que o riso e a emoção, que servem como pontes para abordar esses temas complexos", mostra.
Além de Mococa, a turnê da Cia Raros Circo e Teatro contempla as cidades de Serrana (25/10), Bebedouro (29/10) e Batatais (30/10), com duas apresentações em cada cidade.
Sinopse:
"Memórias Circenses" narra a história de dois artistas de circo aposentados que, ao reviverem lembranças de suas trajetórias sob a lona, transportam o público para momentos de glória no picadeiro. O espetáculo reflete sobre o envelhecimento e a importância dos idosos na sociedade. Com humor e emoção, a peça celebra a vitalidade e a criatividade dos artistas mais experientes, mostrando que a paixão pelo circo permanece viva, independentemente do tempo.
Cia Raros Circo e Teatro se apresenta em Mococa
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