Programação da Mostra Internacional de Teatro circula pelo Centro de Referência da Dança, Teatro Cacilda Becker e Centro Cultural São Paulo

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São espetáculos e oficinas durante o mês de março, com 14 atrações do MITsp para conferir nos equipamentos culturais municipais

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, incentiva a cultura e economia criativa do teatro, trazendo a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo de forma gratuita aos equipamentos culturais. O festival traz 14 atrações para o Centro de Referência da Dança (CRD), Centro Cultural São Paulo (CCSP) e Teatro Cacilda Becker. Todas as programações do Centro de Referência da Dança e do Centro Cultural São Paulo, que lideram a concentração de atrações do MITsp, são gratuitas e livres para todos os públicos, com retirada de ingressos 1 hora antes dos espetáculos no CRD e 2 horas antes no CCSP. Para as oficinas Nhaka e Práticas de atuação, um olhar posicionado é preciso o preenchimento dos formulários de inscrição que estão na aba "Serviços". A peça Desmonte é para maiores de 16 anos e custa R$30 a inteira e R$15 a meia com retirada de ingressos na bilheteria do teatro com 1h de antecedência.
 

Tradição no teatro brasileiro o "Auto Bumba meu Boi", no Centro de Referência de Dança no dia 20 de março às 19h, é apresentado pelo Grupo Cupuaçu que conduz a narrativa por meio da dança e da música com repertório de danças populares tradicionais, canções de criação coletiva, música incidentais, cânticos e ladainhas de autoria de seus integrantes. O espetáculo popular relembra o folclore e cultura do norte e nordeste com o Cazumbá, índios e índias, caboclos de pena e vaqueiros na trama. O Grupo que monta a peça foi criado em 1986 e dedica-se à pesquisa, difusão e ensino das tradições artísticas brasileiras, sobretudo maranhenses.
 

O espetáculo Desmonte, no Teatro Cacilda Becker nos dias 18 e 19 de março às 19h, apresentado pelo grupo Girino, relembra a tragédia dos rompimentos de barragens nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana que causaram mortes, além de impactos ambientais, sociais e econômicos para a região. A companhia é dedicada ao teatro de animação e à dramaturgia autoral trazendo esses elementos na narrativa. A peça foi desenvolvida por meio de uma pesquisa e experimentação multidisciplinar em diálogo com o teatro visual, miniaturas e técnicas do live cinema.
 

Por fim, enquanto no Centro Cultural São Paulo, os destaques ficam para a peça "A Última Ceia" - presente nos dias 22 e 23 de março, ambas as sessões às 20h, parte da famosa pintura de Leonardo da Vinci ao retratar um grupo de amigos que sabem que este último momento marca a despedida dos amigos, atualizando as ideias de morte e ressurreição - e "Brincando com o Nóbrega" - que abre a temporada de espetáculos da 10º MITsp no CCSP, no dia 19 de março, às 15h, homenageando o multiartista pernambucano Antônio Nóbrega, a roda de conversa exemplifica como a manifestação musical e artística atuam diretamente no aprimoramento da habilidade cognitiva.



 

Oficinas e bate-papos

 

 

Retrato de Guillermo Cacace que realiza a oficina Práticas de Atuação, Um Olhar Posicionado (Foto Alejandra López/ divulgação)

 

A oficina Nhaka: Fazer Arte, o Corpo Animista e as Presenças Negras Africanas Radicais é um workshop realizado pelos artistas Nora Chipaumire e Tatenda Chabarwa em que os participantes são introduzidos à prática física do Nhaka e convidados a refletirem sobre raça e história colonial. Nora é a artista internacional em foco da 10ª MITsp além de dançarina, coreógrafa e performer quatro vezes vencedora do Bessie Award. Tatenda nasceu em Zimbábue e é conhecido pelo seu trabalho performático de dançarino, coreógrafo e músico.

 

A ideia da oficina é realizar um laboratório voltado ao pensamento criativo e crítico, em que seja possível pesquisar a natureza dos corpos negros e desafiar os legados do colonialismo que distribuem de forma desigual o direito à vida. Os participantes podem esperar uma troca, que dialoga com ideias individuais, experiências intelectuais e projetos artísticos. Mas, principalmente, convocados a questionar a importância de fazer arte apesar de tudo.
 

O diretor, ator e professor argentino Guillermo Cacace proporciona uma aula de atuação na oficina Práticas de Atuação, Um Olhar Posicionado. Com foco em pessoas que já tiveram experiência em atuar, Guillermo explora as fragilidades e incertezas como potência no ato de atuar. O professor leciona na Universidade Nacional das Artes, além de ser membro da Escola Metropolitana de Arte Dramática e gestor do espaço independente Apacheta Sala/Estúdio.

 

Muitas reflexões sobre os desafios enfrentados pela crítica teatral e cultural em tempos de polarização, tensões políticas e transformações sociais serão tratados na roda de conversa "A crítica em tensão – desafios no contemporâneo", agendado para acontecer na sala Lima Barreto, no Centro Cultural São Paulo, no dia 19 de março às 18h.

 

A programação completa dos equipamentos culturais municipais administrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa está disponível nas redes sociais e no site da pasta.
 

Serviço:

Mostra Internacional de Teatro - MITsp

Dias 10 a 23 de março

Horários múltiplos


 

DIA 10/03
 

CENTRO DE REFERÊNCIA DE DANÇA

 

Atração: Oficina Nhaka: Fazer Arte, o Corpo Animista e as Presenças Negras Africanas Radicais

Quando: 10/03 das 10h às 14h.

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Ingresso: gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes. Programação sujeita a alteração / Inscrições via formulário até 8/3.

Sinopse: Com Nora Chipaumire e Tatenda Chabarwa. Artista internacional em foco da 10ª MITsp, a coreógrafa e performer Nora Chipaumire realiza um workshop para artistas e pesquisadores das artes da cena e do corpo ao lado do artista Tatenda Chabarwa. Nhaka ("herança" ou "legado", em xona, uma língua bantu) é uma prática e teoria animista decolonial que a artista do Zimbábue vem cultivando há mais de uma década. Tatenda Chabarwa é um artista performático, dançarino, coreógrafo e músico nascido e criado no Zimbábue. Trabalhou como performer na Tumbuka Dance Company, em seu país natal, entre 2015 e 2016, e atualmente colabora com a Dunia Dance Theatre, de Bruxelas, e com a Nora Chipaumire, além de desenvolver seus próprios projetos solo.


 

DIA 17/03
 

CENTRO DE REFERÊNCIA DE DANÇA
 

Atração: Oficina Práticas de Atuação, Um Olhar Posicionado

Quando: 17/03 das 09h às 13h.

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Ingresso: gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes. Programação sujeita a alteração / Inscrições via formulário até 15/3.

Sinopse: Com Guillermo Cacace. O diretor argentino, que apresenta a peça Gaivota nesta edição da MITsp, ministra uma oficina de quatro horas voltada para artistas e pessoas interessadas em atuação com experiência prévia. No encontro, o artista introduz princípios para libertar a interpretação dos artifícios que enfraquecem sua potência cênica. A ideia é esvaziar o ato de atuar de possíveis eficácias resolutivas, propondo a desconstrução do controle e abrindo espaço para a fragilidade e o tremor. Alimentando o instável e acolhendo o corpo poético e poroso, o encontro busca o vulnerável como a força do atuar.


 

DIA 18/03

 

TEATRO CACILDA BECKER

 

Atração: Desmonte - Teatro Adulto

Quando: 18/03 (Terça-feira) e 19/03 (Quarta-feira) às 18h

Onde: R. Tito, 295 - Lapa, São Paulo

Duração: 50 minutos

Ingresso: R$30 inteira e R$15 meia. Retirar ingressos na bilheteria do Teatro com 1h de antecedência

Classificação: +16 anos

Sinopse: O espetáculo é inspirado nos rompimentos de barragens nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana. A dramaturgia percorre narrativas de personagens silenciados pelo cenário de morte e destruição causado pela mineração, vítimas diretas e indiretas do maior crime ambiental do país. A montagem do Grupo Girino envolve um processo de pesquisa e experimentação multidisciplinar em diálogo com o teatro visual, miniaturas e técnicas do live cinema.

Ficha técnica:

Grupo Girino

Direção e Dramaturgia: Tiago Almeida


 

DIA 19/03

 

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

 

Atração: BRINCANDO COM NÓBREGA: a cultura popular e a educação

Quando: 19 de março às 15h

Onde: Sala Lima Barreto

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: O multiartista pernambucano Antonio Nóbrega, artista homenageado da 10ª edição da MITsp, procura mostrar neste encontro como a prática das representações simbólicas populares brasileiras de cantos, danças, formas poéticas e células rítmicas podem fornecer elementos para o desenvolvimento e aprimoramento da habilidade cognitiva. A ideia é mostrar como o exercício do lúdico na arte não dirige o pensamento em relação à escolha de valores, mas sim amplia os dispositivos para saber escolhê-los.
 

Atração: A crítica em tensão – desafios no contemporâneo

Quando: 19 de março às 18h

Onde: Sala Lima Barreto

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: Reflexão sobre os desafios enfrentados pela crítica teatral e cultural em tempos de polarização, tensões políticas e transformações sociais. O debate aborda o papel da crítica como mediadora e como ela pode se manter relevante diante de novas estéticas e práticas artísticas.

 

Atração: Treta, Uma Invasão Performática

Quando: 19 de março às 19h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: A obra é um conflito, uma explosão, um ato premeditado para envolver o outro. As várias "tretas" vivenciadas diariamente por cada um foram a base de trabalho do grupo Original Bomber Crew. "Tretas" do vizinho, do planalto, do colonialismo, do patriarcado, da batalha de breaking. O grupo ressignifica espaços como a juventude periferizada ocupa as ruas e performa junto ao público numa ambiência sensorial metálica, densa e urbana. A "dança-quebrada", como estes artistas chamam a transfiguração de suas realidades através do hip-hop e arte contemporânea, surge como estratégia poética de existência, apesar de toda a descartabilidade investida socialmente sobre seus corpos.

 

Atração: Graça

Quando: 19 de março às 20h

Onde: Sala Adoniran Barbosa

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: Corpos reais, divinos e fictícios transbordam em situações que desafiam arquétipos de beleza, fertilidade e êxtase. Nesta obra, fruto do encontro entre a companhia Giradança e a coreógrafa Elisabete Finger, três performers acumulam um repertório de posturas e padrões corporais familiares e desconhecidos dispostos em uma estrutura coreográfica circular. Operando entre continuidade e dissolução, a peça escava camadas de erotismo enterradas sob histórias e mitologias, certezas e suposições.

 

Atração: Repertório N. 3

Quando: 19 de março às 21h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: O espetáculo é a última parte de uma trilogia de práticas coreográficas iniciada em 2018 pelos artistas cariocas Davi Pontes e Wallace Ferreira. A partir de estudos pós-coloniais de gênero e raça, a dupla questiona como criar uma dança de autodefesa, compreendida como uma elaboração tática para confrontar violências físicas, imaginárias e epistemológicas. A ideia é coreografar resistências singulares para corpos dissidentes e proporcionar seus modos de permanência no mundo. Para isso, o trabalho utiliza estratégias como a mimese e a pose, criando um jogo de significados que sobrepõe tempos e imagens.


 

DIA 20/03

 

CENTRO DE REFERÊNCIA DE DANÇA

 

Atração: Pensar-Pisar-Percorrer: Trajetos populares Culturas Cênicas e Culturas (Ditas) Populares: Diálogos, Trocas e Apropriações

Quando: 20/03 das 14h às 15h30

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Ingresso: gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes. Programação sujeita a alteração

Sinopse: Com Alexandra G. Dumas e Mestre Aguinaldo Silva e mediação de Rafael Galante. No Brasil, o teatro ocupa um espaço de centralidade no campo das culturas cênicas. Não é à toa que a historiografia hegemônica brasileira demarca o seu surgimento associando-o ao processo de catequização advindo do período da colonização. Porém, para além do teatro, são muitas as possibilidades de existência e criação cênicas, sendo muitas delas gestadas e paridas em processos de enfrentamento ao hegemônico colonizador. As culturas ditas populares de caráter cênico e diaspórico podem ser disparadoras para um relevante debate acerca da sua resistência, mas também na ampliação crítica acerca da sua invisibilização, epistemicídio e apropriações dominadoras, até mesmo pelo próprio teatro. Como as artes cênicas e as artes, em geral, vêm dialogando com as chamadas culturas populares? O que vem sendo construído de possibilidades interativas e respeitosas nesse campo? Esses questionamentos irão fazer girar essa roda, movimentar essa conversa.

 

Atração: Oficina de Cavalo Marinho

Quando: 20/03 das 16h às 19h.

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Ingresso: gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes.

Sinopse: Com Mestre Aguinaldo Silva. O Cavalo Marinho tem na sua história uma significativa construção estética de resistência. O seu encontro com as artes cênicas tem gerado experiências instigantes, inclusive experimentadas pelo próprio Mestre Aguinaldo Silva. Nesse encontro em formato de oficina, o mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro irá compartilhar suas vivências, assim como promover o conhecimento básico sobre elementos que compõem essa relevante manifestação cultural afro-brasileira. Serão apresentadas as principais figuras como Mateus, Bastião e Ambrósio, figurinos, musicalidade, gestualidades e movimentações.

 

Atração: Auto Bumba Meu Boi

Quando: 20/03 das 19h às 20h

Onde: Centro de Referência da Dança / Galeria Formosa Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo - Centro Histórico.

Ingresso: gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes.

Sinopse: Com Grupo Cupuaçu. O espetáculo popular dramático do tem na dança e na música os elementos que conduzem a reconstrução da narrativa mítica do Boizinho de São João, com a representação tragicômica dos personagens Amo, Catirina, Chico e Vaqueiro. A estes personagens centrais somam-se as figuras do Cazumbá, dos índios e índias, caboclos de pena e vaqueiros. Na encenação do Auto, por desejo da gestante, o boi é roubado e encontrado doente, sendo curado com a ajuda de curandeiros, doutores e, finalmente, do público.

 

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

 

Atração: Treta, Uma Invasão Performática

Quando: 20 de março às 19h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: A obra é um conflito, uma explosão, um ato premeditado para envolver o outro. As várias "tretas" vivenciadas diariamente por cada um foram a base de trabalho do grupo Original Bomber Crew. "Tretas" do vizinho, do planalto, do colonialismo, do patriarcado, da batalha de breaking. O grupo ressignifica espaços como a juventude periferizada ocupa as ruas e performa junto ao público numa ambiência sensorial metálica, densa e urbana. A "dança-quebrada", como estes artistas chamam a transfiguração de suas realidades através do hip-hop e arte contemporânea, surge como estratégia poética de existência, apesar de toda a descartabilidade investida socialmente sobre seus corpos.

 

Atração: Graça

Quando: 20 de março às 20h

Onde: Sala Adoniran Barbosa

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: Corpos reais, divinos e fictícios transbordam em situações que desafiam arquétipos de beleza, fertilidade e êxtase. Nesta obra, fruto do encontro entre a companhia Giradança e a coreógrafa Elisabete Finger, três performers acumulam um repertório de posturas e padrões corporais familiares e desconhecidos dispostos em uma estrutura coreográfica circular. Operando entre continuidade e dissolução, a peça escava camadas de erotismo enterradas sob histórias e mitologias, certezas e suposições.

 

Atração: Repertório N. 3

Quando: 20 de março às 21h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: O espetáculo é a última parte de uma trilogia de práticas coreográficas iniciada em 2018 pelos artistas cariocas Davi Pontes e Wallace Ferreira. A partir de estudos pós-coloniais de gênero e raça, a dupla questiona como criar uma dança de autodefesa, compreendida como uma elaboração tática para confrontar violências físicas, imaginárias e epistemológicas. A ideia é coreografar resistências singulares para corpos dissidentes e proporcionar seus modos de permanência no mundo. Para isso, o trabalho utiliza estratégias como a mimese e a pose, criando um jogo de significados que sobrepõe tempos e imagens.


 

DIA 21/03

 

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
 

Atração: Cosmo-percepções da floresta

Quando: 21 de março às 19h

Onde: Sala Adoniran Barbosa

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse: A performance e imersão sonora tem como ponto de partida territórios indígenas e tradicionais na América do Sul e na Europa. Este encontro das culturas indígenas na Amazônia (Tukano e Uitoto), Mata Atlântica (Tupinambá, Guarani e Maxacali) e território Sápmi na Finlândia (Sami) se dá a partir do corpo e da música e sua importância para esses diversos entendimentos de mundo. As artistas propõem no palco um espaço imersivo que traz a música, o canto e a palavra falada como ligação entre as florestas tropicais da América do Sul à Floresta Boreal, na Europa, e convida o público a imaginar a existência de mundos matriarcais baseados no cuidado e na troca.
 

Atração: Eu Tenho uma História que Se Parece com a Minha

Quando: 21 de março às 20h

Onde: Espaço Missão

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse:A obra atravessa diferentes gerações da família da artista Tetembua Dandara. Ativada pelo encontro da performer e sua avó, Dirce Poli, com intervenções de sua mãe, Neuza Poli, e de sua irmã, Mafoane Odara. A instalação convida o público a adentrar um espaço que remete a uma sala de vó, a um quintal ou mesmo a uma festa dos anos 1990. Ali, narrativas são reconstruídas pelas vozes, sabores e olhares dos presentes, que podem transitar pelo espaço e pelas histórias por quanto tempo desejarem. O trabalho teve como ponto de partida o livro fotográfico homônimo idealizado pela performer, que traz espaços em branco (e preto), estabelecendo um diálogo de imagens e poucas palavras.



 

DIA 22/03

 

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO
 

Atração: Eu Tenho uma História que Se Parece com a Minha

Quando: 22 de março às 19h

Onde: Espaço Missão

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse:A obra atravessa diferentes gerações da família da artista Tetembua Dandara. Ativada pelo encontro da performer e sua avó, Dirce Poli, com intervenções de sua mãe, Neuza Poli, e de sua irmã, Mafoane Odara. A instalação convida o público a adentrar um espaço que remete a uma sala de vó, a um quintal ou mesmo a uma festa dos anos 1990. Ali, narrativas são reconstruídas pelas vozes, sabores e olhares dos presentes, que podem transitar pelo espaço e pelas histórias por quanto tempo desejarem. O trabalho teve como ponto de partida o livro fotográfico homônimo idealizado pela performer, que traz espaços em branco (e preto), estabelecendo um diálogo de imagens e poucas palavras.
 

Atração: A Última Ceia

Quando: 22 de março às 20h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse:A peça-jantar do grupo MEXA parte do famoso quadro homônimo do pintor Leonardo da Vinci (1452-1519) e do acontecimento bíblico nele retratado para atualizar as ideias de morte e de ressurreição. Em cena, um grupo de pessoas se senta ao redor de uma mesa para sua última refeição. Trata-se de uma despedida: o grupo vai acabar. Brincando com os conceitos de verdade e ficção, a obra explora as vivências dos performers e questiona como criar uma imagem final que persista, ainda que aquele grupo de pessoas não exista mais.


 

DIA 23/03

 

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

 

Atração: A Última Ceia

Quando: 23 de março às 20h

Onde: Sala Ademar Guerra

Classificação: Livre

Ingresso: Grátis; Retirada de ingressos 2h antes da programação, apenas na bilheteria física do CCSP

Sinopse:A peça-jantar do grupo MEXA parte do famoso quadro homônimo do pintor Leonardo da Vinci (1452-1519) e do acontecimento bíblico nele retratado para atualizar as ideias de morte e de ressurreição. Em cena, um grupo de pessoas se senta ao redor de uma mesa para sua última refeição. Trata-se de uma despedida: o grupo vai acabar. Brincando com os conceitos de verdade e ficção, a obra explora as vivências dos performers e questiona como criar uma imagem final que persista, ainda que aquele grupo de pessoas não exista mais.

 

Sobre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa

A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC) de São Paulo, fundada em 1935 como Departamento de Cultura e Recreação, promove a cultura e impulsiona a economia criativa da cidade. Com mais de 90 anos de atuação, valoriza a diversidade cultural, preserva patrimônios e forma profissionais para a indústria criativa. Com uma rede abrangente, a SMC administra 13 Centros Culturais, 7 Teatros Municipais, 20 Casas de Cultura, além da Casa de Cultura Cidade Ademar, que será inaugurada em 2025, 2 museus (sendo o Museu da Cidade de São Paulo - composto de 13 unidades - e o Museu das Culturas Brasileiras em fase de obras), 54 Bibliotecas de Bairro, 15 Pontos de Leitura e 15 Bosques de Leitura, 6 EMIAs (Escolas Municipais de Iniciação Artística) e 3 unidades da Rede Daora - Estúdios Criativos das Juventudes. A SMC ainda atende 104 equipamentos de cultura e CEUs por meio do PIAPI (Programa de Iniciação Artística para a Primeira Infância), PIÁ (Programa de Iniciação Artística) e Programa Vocacional.

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.