Festival Internacional Cervantino, que será realizado no México, recebe o Brasil como convidade de honra em sua 52ª edição

Cultura
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A programação brasileira conta com representantes da cena contemporânea e nomes consagrados como Cláudia Abreu, Lenine, Christiane Jatahy, Clayton Nascimento, Céu, Grupo Galpão e

Companhia de Dança Deborah Colker.

 

Um dos mais importantes eventos culturais da América Latina, o Festival Internacional Cervantino recebe o Brasil como país convidado de honra na sua 52ª edição, entre 11 e 27 de outubro, na cidade mexicana de Guanajuato. A cada ano, um país é convidado para ter um espaço de destaque na programação do evento. A participação brasileira integra as celebrações da iniciativa "Ano Dual 2023-2024: presença do Brasil no México e do México no Brasil", que marca os 190 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, fortalecendo seus laços culturais. 

 

Em praças, teatros e outros diversos espaços públicos de Guanajuato, declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o evento reunirá mais de 3 mil artistas de 24 países em uma programação diversa que contempla espetáculos de teatro, dança, música erudita e música popular, além de exibição de filmes e exposições de artes visuais e digitais. 

 

"Fortalecer a diplomacia cultural e os laços de amizade entre Brasil e México é uma grande honra para a APPA - Cultura & Patrimônio. Estar ao lado de parceiros relevantes como o Instituto Guimarães Rosa, o Itamaraty e o Ministério da Cultura nos enche de orgulho e responsabilidade. Essa colaboração não apenas fomenta a economia e as indústrias criativas brasileiras, mas também fortalece a reputação e a representatividade dos nossos artistas, reafirmando os sentimentos de pertencimento e latinidade do Brasil", enaltece o presidente da APPA - Cultura & Patrimônio, Xavier Vieira.

 

O diretor do Instituto Guimarães Rosa do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Marco Antonio Nakata, sublinha que "o convite ao Brasil para ser país homenageado no mais importante festival cultural do México é um inegável reconhecimento à riqueza, à força e à diversidade da nossa cultura. Será um privilégio apresentar ao público mexicano esse amplo panorama das nossas manifestações culturais, vindas de todas as regiões de nosso país".

 

O festival apresenta uma programação brasileira que reflete nossa cultura, com atrações que promovem a diversidade, a representatividade e a inclusão. Artistas de 15 estados brasileiros e do Distrito Federal, como Grupo Galpão, Anhangá, Christiane Jatahy, Cláudia Abreu, Clayton Nascimento, Cia. Dos à Deux, Lenine, Xeina Barros, João Camarero, Céu e a Companhia de Dança Deborah Colker, farão a conexão entre Brasil e México, incluindo cinema, artes visuais e música lírica. A curadoria é assinada por Jonas Klabin e Cesar Augusto, especialistas em festivais e residências artísticas.

 

Para Cesar Augusto, "a internacionalização e as conexões internacionais são fundamentais para ampliar o alcance da programação artística brasileira, promovendo a riqueza cultural do país em diferentes segmentos. A diversidade e a qualidade da produção artística no Brasil, seja no teatro, dança, música, cinema e artes visuais, têm atraído cada vez mais atenção internacional. Essa representatividade fortalece o diálogo cultural global, permitindo que a arte brasileira seja não apenas reconhecida, mas também atue como agente de transformação social e cultural em diversos contextos".

 

E pensando na potência da arte brasileira, Jonas Klabin aponta que "a curadoria foi feita com uma lente focada em abranger uma representatividade da multiplicidade de camadas que constituem a cultura brasileira contemporânea. Além de demonstrar força artística, beleza, criatividade e inovação, o olhar contemporâneo ajuda a expor vulnerabilidades e conflitos universais que mostram nossa humanidade e nos aproximam do público internacional".

 

O Brasil ainda terá um espaço exclusivo em um casarão histórico, a Casa Brasil, com uma programação especialmente concebida para levar mais um pouco da presença brasileira ao público que participará do festival.

 

O projeto Festival Internacional Cervantino - Programação Brasileira é uma realização do Ministério da Cultura e da APPA - Cultura & Patrimônio, apresentado pelo Nubank, e conta com a parceria institucional do Instituto Guimarães Rosa do Ministério das Relações Exteriores, além do Governo do México, por meio da Secretaria de Cultura e do Festival Internacional Cervantino, e é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), do Governo Federal - União e Reconstrução.

 

PROGRAMAÇÃO BRASILEIRA 

 

Música 

 

Um dos destaques na programação musical é o show de encerramento, que une duas gerações da música brasileira: Lenine, com sólida carreira na música popular brasileira, vencedor de seis Grammys Latinos, e a banda Francisco, el Hombre que, com onze anos de existência, já é reconhecida como uma das mais importantes bandas independentes da América do Sul, caracterizada por misturar ritmos brasileiros e afro-latinos com o ska.

 

Três nomes da música brasileira contemporânea também apresentam seus mais recentes discos. Com três Grammys Latinos na bagagem, Céu chega com seu novo álbum "Novela", trazendo um show repleto de ritmos contagiantes. Filipe Catto apresenta "Belezas são coisas acesas por dentro", que homenageia Gal Costa e é reconhecido como um dos cinquenta melhores álbuns de 2023, segundo a APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Misturando estudos da teatralidade à criação musical, a banda Pietá vem com o álbum "Nasci no Brasil", convidando o público a vivenciar o que significa "ser brasileiro" por meio de uma viagem repleta de ritmos, anedotas, danças e encontros culturais.

 

Ainda há outros célebres espetáculos musicais: Xeina Barros, na percussão e voz, e João Camarero, no violão sete cordas, apresentam "Baticum", interpretando composições de mestres como Tom Jobim, Baden Powell, Pixinguinha entre outros. Já Rosana Lamosa, importante soprano brasileira, homenageia em "Alma brasileira" grandes compositores que construíram seu legado ao longo do século passado: Glauco Velásquez, Cláudio Santoro, Francisco Mignone e Heitor Villa-Lobos. Outra estrela do espetáculo é Pablo Rossi, indicado ao Grammy Latino, que acompanha Rosana no piano. 

 

Como um manifesto artístico-político, a fragilidade e a crueldade de normas sociais impostas pela sociedade também são expostas no espetáculo musical "Deixe ela falar", de Simone Mazzer. Já a apresentação do grupo estreante Anhangá Dance Club leva as formas tradicionais de música da região norte do Brasil integradas a estilos contemporâneos eletrônicos a partir do trabalho musical do guitarrista Eduardo Barbosa e da guitarrista não-binária Belém de Belém.

 

Teatro 

 

Após passar por 27 cidades brasileiras, o monólogo "Virginia", criado, produzido e interpretado pela estrelada Cláudia Abreu, chega ao México. A atriz interpreta a escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941), percorrendo sua vida marcada por tragédias pessoais e por uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. De Belo Horizonte, o Grupo Galpão apresenta "Cabaré coragem", que percorre o universo do cabaré, de Brecht à contemporaneidade. Fiel às suas origens de teatro popular e de rua, na peça, o grupo incorpora a presença do público.

 

Outro monólogo é destaque na programação: "Macacos", de Clayton Nascimento, que usando apenas o próprio corpo e batom, aprofunda-se na história de preconceito, exclusão e violência do racismo no Brasil. Outra obra que mergulha no tema é "Depois do silêncio", da cineasta e diretora teatral brasileira Christiane Jatahy. A peça se desenvolve em torno da história de Torto Arado (2019), aclamado romance de Itamar Vieira Junior, para abordar como a história da escravidão continua afetando a vida das pessoas.

 

Fábrica de Eventos aborda afeto e sexualidade em "Meu corpo está aqui". Na peça, atores e atrizes PcDs ocupam o palco falando abertamente sobre seus relacionamentos, seus corpos e seus desejos. Já a Cia Os Buriti traz uma linguagem poética voltada para todas as idades no espetáculo "À beira do sol", brincando com a fronteira entre realidade e imaginação.

 

Julio Adrião protagoniza o espetáculo "A descoberta das Américas", baseado no texto homônimo do escritor italiano Dario Fo. O monólogo é um dos maiores sucessos da primeira década do século XXI e permanece nos palcos mundiais há quase vinte anos. 

 

O grupo Clowns de Shakespeare parte da obra clássica "Ubu Rei", de Alfred Jarry, de 1888. "Ubu: o que é bom deve continuar!" é concebido como uma possível continuação da obra do autor, com ares latino-americanos. 

 

Dança 

 

Comemorando trinta anos de atividade, a premiada Companhia de Dança Deborah Colker apresenta o espetáculo "Cão sem plumas", baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Outra atração que dialoga com a dança é a peça teatral "Enquanto você voava, criava raízes", da Cia. Dos à Deux, em que nenhuma palavra se pronuncia, com a dramaturgia pautada por corpos em diálogo com as artes visuais, o cinema, a dança e o teatro. 

 

Cinema

 

Na Universidade de Guanajuato, grandes obras da cinematografia brasileira serão exibidas, contando muito da história do país: "Ó pai, ó", "Ziraldo: era uma vez um menino", "A queda do céu", "Jogo de cena", "Carandiru", "Madame Satã", "O menino e o mundo", "Nada", "Vaga carne", "Tropa de elite", "A máquina do desejo", "Cidade de Deus", "Dois filhos de Francisco", "A falta que nos move", "As Cadeiras", "U'yra: a retomada da floresta", "Moscou" e "Paloma".

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.