Lápis de Seda Cia de Dança Inclusiva abre inscrições para oficinas gratuitas online e presencial

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Durante dois encontros por semana, com cerca de 50 minutos cada, os alunos do projeto da  Lápis de Seda Cia de Dança Inclusiva explorarão seus movimentos através de novas perspectivas. O projeto "Um Novo Olhar Para Pessoa Com Deficiência", criado pela psicopedagoga Ana Luiza Ciscato, consiste em oficinas gratuitas de dança desenvolvidas exclusivamente para pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla e  palestras. Ao todo, serão 160 vagas - as inscrições iniciam nesta sexta-feira, 12 de abril, e as oficinas vão começar no dia 22, também deste mês. As inscrições serão disponibilizadas nesta plataforma https://umnovoolhar.lapisdeseda.com.br/, criada especialmente para o desenvolvimento do projeto.

 

O projeto Um Novo Olhar Para Pessoa Com Deficiência tem como objetivo abrir novas perspectivas para a pessoa com deficiência através da dança. Para interação dos alunos, inclusão digital das PCDs. será lançado um vídeo semanal com imagens das oficinas (um compilado) onde os alunos poderão comentar sobre as aulas e processo de aprendizagem. Ao longo dos nove meses de oficina, os alunos vão desenvolver habilidades e aptidões que serão reveladas ao público através  de dois espetáculos de dança - um online e outro presencial - para marcar o encerramento do projeto, no final do ano,  juntamente com o elenco da Lápis de Seda Cia de Dança Inclusiva. 

 

Para oferecer todo o suporte necessário e uma experiência responsável e lúdica, a equipe conta com três professores de dança, uma coordenadora pedagógica e uma psicóloga. Após preenchido o formulário da inscrição, a pessoa interessada será direcionada a uma entrevista com a equipe multidisciplinar pedagógica do projeto para garantir a sua vaga. As oficinas atenderão ao todo 160 alunos, entre crianças (a partir de 8 anos de idade), adultos e idosos, sendo 60 no formato presencial, em um estúdio em Florianópolis, e 100 no formato online, através da plataforma Zoom, possibilitando a participação de pessoas de todo o país. Ao longo dos meses, como forma de aproximar ainda mais os integrantes do projeto dos alunos e suas respectivas redes de apoio, acontecerão rodas de conversas entre as equipes e os pais dos participantes, assim como entre a equipe e os próprios alunos.

 

Ana Luiza Ciscato defende que "o objetivo maior dessa segunda edição é alcançar ainda mais pessoas, seguindo o propósito essencial da Lápis de Seda: compartilhar esse método, que se mostrou muito bem sucedido em Florianópolis, para que possa ser replicado em diversas comunidades e chegue em pessoas cada vez mais distantes fisicamente de nós."

 

O impacto e os resultados das oficinas vão além da questão física e motora. Todo o caminho percorrido é pensado para que haja uma transformação de dentro para fora em cada indivíduo. "O processo criativo da dança abre possibilidades para uma vida mais autônoma, saudável e afetuosa. Quando o Vinícius iniciou as aulas na Cia de Dança Lápis de Seda não tínhamos ideia das transformações que viriam. Muitos ganhos no desenvolvimento cognitivo, criativo, motor, mas especialmente nas expressões afetivas!" revela Andréa Aparecida de Moraes Cândido de Carvalho, mãe de Vinícius de Moraes Rosa, que participou da edição de 2023 do projeto.

 

A bailarina Roberta Oliveira, professora da primeira e segunda edições do projeto, também fala sobre a experiência: "Estou muito animada com o nosso retorno. Na última edição do projeto, criamos vínculos e fizemos amizades. Estou com saudades dos alunos e com muita vontade de conhecer novas pessoas. De todos os benefícios que alcançamos com o trabalho, acho que esse é o que mais fica no coração", comenta.

 

 

O corpo no seu próprio mundo

 

"As experiências que tivemos na edição anterior do projeto foram tão positivas e surpreendentes, que estamos com nossa equipe mais motivada do que nunca para ver a que novos lugares chegaremos dessa vez", comemora a idealizadora do projeto, Ana Luiza Ciscato. Ela explica que "a plataforma para as aulas online quebrou muitos tabus sobre o que é possível fazer em formato remoto nas experiências de dança". Ana destaca que os participantes presenciais e suas famílias, que estarão em maior número esse ano, "também relataram vivências educativas, criativas e revolucionárias no decorrer do último ano." Segundo a psicopedagoga, a cada etapa, novas emoções e descobertas se fazem presentes, em um ambiente em que todos podem crescer juntos - "quem ensina, aprende, e quem aprende, ensina", diz.

 

"Como o próprio nome já indica, esse projeto busca estabelecer olhares inclusivos, em que tanto o déficit quanto o superávit presentes nas habilidades e deficiências de cada um de nós possam ser percebidos e celebrados por meio da dança. Mais uma vez, temos como estrela-guia explorar a experiência e o afeto dos participantes e suas redes de apoio: experiência enquanto jornada para descobrir identidades; afeto enquanto aquilo que nos afeta intensamente. É na dança que todos esses elementos se encontram, nas vivências de se reconhecer no seu próprio corpo, e reconhecer esse corpo no seu próprio mundo. A cada etapa, novas emoções e descobertas se fazem presentes, em um ambiente em que todos podem crescer juntos - quem ensina, aprende, e quem aprende, ensina." (Ana Luiza Ciscato)

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"Fábulas Fabulosas" aborda temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e relação com mundo digital; obra será lançada dia 22 de junho em São Paulo

Num mundo onde as telas disputam cada minuto da atenção infantil, como resgatar o encanto das histórias que se lêem (e se vivem) com os cinco sentidos? Essa é a proposta de "Fábulas Fabulosas" (60 págs., 2025), da escritora, jornalista e artista Titila Tornaghi, obra que conta com uma história ("O Ladrão do Tempo") finalista do Prêmio UBE de Literatura Infantil 2024. O livro é mais do que um livro, trata-se de um convite à experiência: uma coletânea de contos, poemas e atividades manuais que abordam com humor e sensibilidade temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e nossa relação com a tecnologia.

A obra será lançada na Bienal do Rio de Janeiro. No dia 18 de junho, a autora estará no espaço do coletivo Escreva, Garota em sessão de autógrafos das 13h às 15h, e no dia 19, às 11h, no estande da editora Arpillera. Já a participação na Feira do Livro de São Paulo será no dia 22 de junho, das 12h às 14h. E na Flip, o lançamento está confirmado para 30 de julho, das 13h às 17h. Ambos no espaço do Escreva, Garota.

A autora traz para a literatura infantil a mesma versatilidade que marcou sua carreira. Nascida no bairro do Leme, no Rio de Janeiro, Titila (que como jornalista assina Cecilia Tornaghi) começou no programa Viva o Gordo ao lado de Jô Soares, rodou o Brasil com teatro independente e, após se mudar para os EUA em 1994, construiu uma sólida trajetória no jornalismo econômico – passou 13 anos na Bloomberg TV e comandou revistas como Latin Finance e Americas Quarterly. Agora, ao lançar "Fábulas Fabulosas", completa um círculo: "É o retorno da Titila à superfície, querendo compartilhar com as crianças de hoje a alegria que é ler e brincar de fazer coisas".

Celebração da imaginação infantil

"A imaginação é um bem precioso, e precisa de espaço para se desenvolver, precisa de tempo livre, sem telas. Precisa até de um pouquinho de solidão!", reflete a autora, cuja trajetória atravessa palcos, redações e agora as páginas coloridas da literatura infantil. Entre as pérolas do livro estão "O Ladrão de Tempo" – uma fábula moderna sobre celulares que "sequestram" horas de brincadeira –, "João, o Rei do Fogão" (história inspirada em suas próprias aventuras culinárias como mãe) e "O Lixinho Sonhador", versão revisada de seu primeiro livro infantil, que fala de reciclagem com poesia.

O projeto é profundamente pessoal: "'Fábulas' é um presente para a minha menina interior", confessa Titila. A obra funciona como uma espécie de álbum de memórias criativas, reunindo textos escritos ao longo de três décadas – desde os anos 1990, quando viajava com o grupo teatral Lanavevá, até seu período como jornalista em Nova York. As ilustrações e atividades propostas (como criar brinquedos com material reciclado ou inventar histórias a partir de sons) homenageiam publicações que marcaram sua infância nos anos 1960/70: "A Revista Recreio na primeira versão, lançada em 1969, foi sem dúvida uma das minhas maiores influências, ao me apresentar a autores como Ruth Rocha e Ana Maria Machado".

O livro chama atenção pela abordagem que combina entretenimento e reflexão. Em "Memórias de uma Lagarta" (baseado na primeira peça que interpretou no teatro) e "Os Trigêmeos" (sobre irmãos com personalidades vibrantes), a autora prova que é possível falar de autoconhecimento e diversidade sem didatismo.

Escritora, que também é roteirista, transporta seus ambientes de trabalho para dentro de uma trama recheada de amor e segundas chances

“De inimigos a amantes”, em poucas palavras, é o que define o cerne de “O Roteiro do Amor” (Verus Editora), quinto livro da escritora e roteirista Ray Tavares, que traz para dentro das páginas da obra dois universos muito familiares para ela: a literatura e o audiovisual. O livro foi o destaque da quinta caixa do Clube de Romance da Verus e, posteriormente, estará disponível  para venda nas principais livrarias e marketplaces.

Verônica Nakamura, protagonista de “O Roteiro do Amor”, é uma autora que não abre mão de nenhuma cena da sua história. Em seu caminho, porém, aparece um roteirista arrogante que topa o trabalho aparentemente impossível de fazer o filme baseado no seu mais recente livro. Será que passar um mês morando juntos vai amolecer o coração dos dois?

 

Foi muito gostoso poder fazer um romance entre uma autora e um roteirista, mundos que a primeira vista podem parecer similares, mas que são tão diferentes. Pude explorar um pouco as delícias e os perrengues de ambas as carreiras!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Prestes a dar fim à tentativa de fazer a adaptação, em caráter de última tentativa para não perder o investimento, a produtora contrata Daniel Ortega, um roteirista experiente e arrogante que promete fazer o filme acontecer. Para isso, ele vai viver um mês na cidade em que a história se passa. Mas Verônica jamais deixaria que um roteirista cínico, que não entende nada de histórias de amor, fizesse o trabalho sozinho. Assim, eles viajam juntos para uma mansão em Atibaia, onde vão precisar deixar as diferenças de lado se quiserem que ‘A trilha do coração’ ganhe as telas.

Entre sessões compartilhadas de escrita, alfinetadas e drinques na piscina, Verônica começa a conhecer um outro lado de Daniel, mais suave e interessante. Mas será que ela está pronta para sair do roteiro que criou para o próprio coração?

 

Estamos acostumados a consumir romances sobre os bastidores da literatura e do audiovisual norte-americano; eu quis trazer uma visão brasileiras dessas indústrias, e, quem sabe, inspirar mais autores a ambientarem suas histórias no Brasil, e, quem sabe, se interessarem em trabalhar na área!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Neste, que é seu livro mais “adulto”, Ray busca atingir públicos mais maduros com diálogos e cenas mais picantes. “Acredito que o público que lê meus livros cresceu, amadureceu e, com isso, minha escrita pode seguir esse mesmo rumo”, esclarece a autora. “O Roteiro do Amor”, diferente de seus lançamentos anteriores, feitos pela Galera Record, agora, é lançado pela Verus, selo romântico do Grupo Editorial Record.

 

 

Serviço:

Livro: O Roteiro do Amor

Autora: Ray Tavares (@rayctjay)

Páginas: 294