Mudanças climáticas elevam preocupação no Brasil e ampliam demanda por políticas sustentáveis

Meio Ambiente
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O avanço das mudanças climáticas tem gerado impactos cada vez mais perceptíveis no Brasil. Em 2025, episódios de calor extremo, chuvas intensas, estiagens prolongadas e queda nas reservas hídricas reforçam a urgência de ações mais efetivas para conter os danos ambientais e adaptar o país a uma nova realidade climática.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou nos últimos 12 meses um aumento significativo nas temperaturas médias em regiões como o Centro-Oeste e o Sudeste. Já no Sul, as chuvas intensas provocaram enchentes que desabrigaram milhares de pessoas e causaram prejuízos bilionários.

O fenômeno climático El Niño, que influenciou os extremos do tempo nos últimos anos, é apontado como um agravante, mas especialistas alertam que o desequilíbrio ambiental é cada vez mais permanente. “O que antes era exceção se tornou padrão. O clima mudou e precisamos nos adaptar com rapidez”, afirma a climatologista Patrícia Torres, da UFRJ.

Diante desse cenário, crescem as cobranças por políticas públicas sustentáveis, como o fortalecimento do reflorestamento, a proteção de biomas como a Amazônia e o Cerrado, e a transição para uma matriz energética mais limpa.

O governo federal lançou recentemente o “Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas”, que inclui ações de prevenção a desastres naturais, incentivo à agricultura de baixo carbono e melhorias na gestão de recursos hídricos. Estados e municípios também têm implementado medidas como o reflorestamento urbano, criação de parques lineares e sistemas de captação de água da chuva.

Ao mesmo tempo, empresas e consumidores estão cada vez mais atentos à agenda ESG (ambiental, social e de governança). A busca por produtos sustentáveis, o uso de energia solar em residências e o crescimento da mobilidade elétrica são exemplos de como a mudança também parte da sociedade civil.

A crise climática é global, mas seus efeitos já são vivenciados localmente. No Brasil, a resposta precisa ser integrada, urgente e com responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e cidadãos.