Conflito entre Irã e Israel deixa rastro de destruição ambiental no Oriente Médio

Meio Ambiente
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A escalada da guerra entre Irã e Israel tem gerado consequências devastadoras que ultrapassam os limites da geopolítica e atingem diretamente o meio ambiente. Com bombardeios constantes, explosões em refinarias e danos à infraestrutura energética, o conflito impõe uma pressão sem precedentes sobre os ecossistemas do Oriente Médio — uma das regiões mais vulneráveis do planeta em termos ambientais.

Especialistas alertam que os impactos ambientais da guerra podem ser duradouros e difíceis de reverter. “Estamos falando de vazamentos de petróleo, contaminação do solo e da água, destruição de áreas agrícolas e emissão massiva de gases poluentes”, explica o analista ambiental Mahmud Darvish, consultor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Imagens de satélite já mostram incêndios de grandes proporções em áreas industriais do sul do Irã e no entorno da Faixa de Gaza, provocados por ataques aéreos. Esses focos de fogo liberam partículas tóxicas no ar, afetando a saúde da população e agravando o aquecimento regional. Além disso, a destruição de estações de tratamento e redes de abastecimento de água tem aumentado o risco de surtos de doenças e insegurança hídrica.

A guerra também ameaça reservas naturais e rotas migratórias de aves e outros animais que atravessam o Oriente Médio. O colapso de políticas ambientais nos territórios em conflito interrompe fiscalizações, paralisa programas de conservação e agrava a desertificação.

“Os efeitos colaterais ambientais de uma guerra como essa raramente são manchete, mas afetam gerações futuras”, afirma Darvish.

Enquanto o mundo observa o conflito com preocupação geopolítica, cresce o alerta para um problema silencioso: o meio ambiente, mais uma vez, é uma das maiores vítimas da guerra.