Inteligência Artificial se consolida como aliada no combate a fraudes e no atendimento ao consumidor no Brasil

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A inteligência artificial (IA) tem ganhado espaço em diversos setores da economia brasileira, mas dois deles vêm se destacando de forma expressiva: a segurança digital e o atendimento ao consumidor. Com a crescente digitalização de serviços e o aumento dos casos de golpes e fraudes online, empresas e órgãos públicos estão investindo pesado em soluções baseadas em IA para proteger dados, automatizar processos e melhorar a experiência do usuário.

Segundo levantamento da consultoria IDC Brasil, o investimento em ferramentas de IA no país deve ultrapassar R$ 4,5 bilhões em 2025, com crescimento de 28% em relação ao ano anterior. Entre as aplicações mais comuns estão os sistemas antifraude em tempo real, que analisam padrões de comportamento e identificam transações suspeitas com mais agilidade e precisão do que métodos tradicionais.

Bancos, fintechs e e-commerces são os setores que mais apostam nessas tecnologias. Plataformas como Nubank, Mercado Livre e Itaú já utilizam IA para prevenir fraudes, analisar crédito e agilizar o atendimento ao cliente, oferecendo respostas personalizadas por meio de chatbots treinados com base em milhões de interações anteriores.

Além da segurança, a inteligência artificial também tem transformado a forma como as empresas se relacionam com seus consumidores. Com o uso de chatbots inteligentes e assistentes virtuais, empresas conseguem oferecer atendimento 24 horas por dia, com redução de custos operacionais e aumento na taxa de resolução de problemas logo no primeiro contato.

“A inteligência artificial não é apenas uma tendência, mas uma necessidade diante da complexidade e do volume de dados com que lidamos hoje. Quando usada com responsabilidade, ela aumenta a eficiência, protege o consumidor e melhora a tomada de decisão”, afirma Ricardo Lima, pesquisador em ciência de dados da PUC-SP.

Entretanto, especialistas alertam para os riscos éticos e legais. O uso indiscriminado de dados pessoais, a falta de transparência nos algoritmos e os possíveis vieses nas respostas automatizadas estão no centro dos debates sobre a regulação da IA. A expectativa é que o Congresso Nacional avance ainda este ano na votação do Marco Legal da Inteligência Artificial, com diretrizes para o uso seguro e ético dessas tecnologias no Brasil.

Em um cenário cada vez mais digital, a IA caminha para se tornar não apenas uma ferramenta de inovação, mas um pilar estratégico da economia e da cidadania.

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