O desafio do controle das arboviroses tem de ser enfrentado pelos gestores, sociedade e pelos líderes do governo de forma conjunta. Com esta mensagem, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez a abertura de reunião com representantes de conselhos, da sociedade civil, sindicatos, federações e outras instituições para debater ações estratégicas e o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o país.
A reunião híbrida foi realizada na sede do Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses, em Brasília. O objetivo é acelerar a organização de estratégias de vigilância.
“Cada um de nós precisa ser um comunicador daquilo que nos discutirmos e chegarmos à conclusão nessas reuniões aqui do Centro de Operações. Isso porque há muita desinformação e muitos mitos sobre a dengue”, disse a ministra na reunião com as entidades da sociedade civil. Na oportunidade, a ministra também manifestou sua preocupação de o COE estar sempre próximo das prefeituras.
“Instituições, como o Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Evandro Chagas, as universidades federais e estaduais, colegas especialistas, tanto de manejo clínico como no controle de vetor, todos estão envolvidos e ajudando não somente o Ministério da Saúde, mas contribuindo com toda a sociedade para que nos possamos atravessar esse verão sem os sobressaltos que vivemos no ano passado”, destacou o secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha.
Riscos e vigilância sobre o Sorotipo 3 da dengue
O debate da reunião ampliada também se estendeu para orientações quanto ao sorotipo 3 da dengue. O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença.
Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.
Diante da circulação dos quatro sorotipos no país, é fundamental intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor. Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas. Essa orientação foi fortemente reforçada na reunião com os membros da sociedade civil e outras organizações.
Programa Saúde na Escola
A ministra Nísia Trindade aproveitou a oportunidade da reunião para anunciar a integração entre os Ministérios da Saúde e da Educação nas ações de controle das arboviroses – por meio do Programa Saúde na Escola. “Queremos ter a escola como espaço livre de dengue e conscientização”, disse, em entrevista a jornalistas ao fim do evento.
Instalação do COE
O Ministério da Saúde instalou, em 9 de janeiro, um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. A estratégia é uma forma de antecipação ao período sazonal da doença. Auxilia na ampliação do monitoramento das arboviroses e orienta a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de vetores.
“Desde o lançamento do Plano de Ação contra a Dengue, definimos eixos estratégicos que priorizam a prevenção. Seguimos a lógica de que ‘prevenir é sempre melhor do que remediar’, o que inclui medidas simples que cada cidadão pode adotar, como dedicar ao menos 10 minutos semanais para eliminar possíveis focos do mosquito em casa e nas proximidades”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante coletiva de imprensa.
Em reunião com sociedade civil, ministra debate ações estratégicas e monitoramento da dengue no país
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