Com a chegada do inverno, marcada oficialmente para esta sexta-feira (21), os sistemas de saúde pública e privada já registram aumento expressivo nos casos de síndromes respiratórias agudas, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades. A combinação entre queda de temperatura, ar mais seco e aglomerações em ambientes fechados cria o cenário ideal para a propagação de vírus respiratórios como influenza, VSR (vírus sincicial respiratório) e Covid-19, ainda presente em circulação comunitária.
Segundo dados do Boletim InfoGripe, da Fiocruz, o número de internações por causas respiratórias nas últimas semanas cresceu em diversas regiões do país, com destaque para o Sudeste e Sul, onde as frentes frias chegaram mais intensas e precoces. Hospitais públicos de São Paulo e Curitiba relatam aumento de até 40% na procura por atendimento pediátrico por sintomas como febre, tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar. Em muitos casos, o agravamento rápido da condição exige internação hospitalar e suporte com oxigênio.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de medidas preventivas que vão além da vacinação, como hidratação constante, lavagem frequente das mãos, ventilação de ambientes, uso de umidificadores e, quando necessário, máscaras em locais com grande circulação de pessoas. “O inverno é sempre um período de maior estresse para o sistema respiratório, principalmente nas crianças pequenas, que têm vias aéreas mais estreitas e ainda estão construindo sua imunidade”, explica a pneumopediatra Dra. Carla Moura.
A fisioterapia respiratória, inclusive, tem ganhado protagonismo como aliada no tratamento e prevenção dessas síndromes, sobretudo em pacientes pediátricos e idosos. A técnica ajuda a desobstruir as vias aéreas, melhorar a oxigenação e prevenir complicações como pneumonias. Profissionais da área recomendam acompanhamento especialmente para aqueles com histórico de asma, bronquite ou doenças pulmonares crônicas.
O alerta das autoridades é claro: com o frio, a prevenção deve ser reforçada. A vacinação contra gripe e Covid-19, que já está disponível nos postos de saúde para diversos grupos, continua sendo a principal ferramenta de contenção dos casos graves. Além disso, hábitos simples como manter a casa arejada, evitar mudanças bruscas de temperatura e buscar orientação médica ao primeiro sinal de agravamento podem fazer a diferença entre um resfriado comum e uma internação evitável.
Síndromes respiratórias em alta acendem alerta para cuidados no inverno
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