Um levantamento do Ministério da Saúde e do Inca revela um cenário preocupante para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Apenas 23,7% das mulheres na faixa etária recomendada realizam o exame de mamografia no país. O tempo médio para o início do tratamento após o diagnóstico também é alarmante: ultrapassa 158 dias.
Os dados mostram desigualdade na realização do exame entre grupos étnicos: 46,8% das mulheres brancas fazem mamografia, contra 41,7% das pretas e pardas e apenas 11,5% das mulheres amarelas. As regiões Norte e Nordeste apresentam os piores índices: Roraima e Tocantins têm apenas 3,3% e 6,4%, respectivamente, de cobertura. Já a região Sul lidera com 27,2% das mulheres realizando o exame.
Entre as faixas etárias mais afetadas pelo câncer de mama, as mulheres entre 30 e 49 anos concentram 31,4% dos casos, seguidas pelas de 50 a 59 anos (26,5%) e 60 a 69 anos (24,9%). Acima dos 69 anos, a incidência é de 15%.
Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura. É fundamental que as mulheres fiquem atentas aos sinais de alerta, como nódulo endurecido e indolor, alterações na pele da mama ou no mamilo e pequenos nódulos em axilas ou pescoço.
Campanhas de conscientização, maior acesso ao exame e redução do tempo para início do tratamento são apontados como medidas urgentes para mudar este cenário e salvar vidas.
Apenas 23,7% da população-alvo realiza mamografia no Brasil, aponta levantamento
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