A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma das doenças crônicas mais comuns e perigosas no Brasil. Silenciosa e sem cura, ela tem se tornado um dos principais fatores de risco para infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras complicações cardiovasculares. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 45% da população adulta brasileira sofre com a condição, mas apenas 62% dos hipertensos têm diagnóstico confirmado — o que significa que milhões convivem com o problema sem saber.
Os sintomas costumam ser discretos ou até inexistentes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando aparecem, podem incluir dores no peito, tontura, fraqueza, dor de cabeça, visão embaçada e sangramento nasal. Mesmo assim, apenas 10% dos hipertensos apresentam sinais claros da doença. Isso explica por que a hipertensão é chamada de “assassina silenciosa”.
A falta de diagnóstico e de acompanhamento médico adequado tem impacto direto nos números alarmantes de AVCs e doenças cardíacas. Estima-se que a pressão alta esteja presente em 80% dos casos de AVC, sendo uma das principais causas de internações e mortes no país. Embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada com tratamento contínuo, uso de medicamentos e mudanças de estilo de vida.
Entre os fatores que mais contribuem para o aumento dos casos estão o sedentarismo, a má alimentação, o consumo excessivo de sal, o sobrepeso e a obesidade. Especialistas reforçam que pequenas atitudes podem fazer grande diferença: reduzir o sal nas refeições, praticar atividade física regularmente, evitar o cigarro e o consumo de álcool, além de realizar check-ups periódicos.
Controlar a pressão arterial não é apenas uma questão de saúde individual, mas também de responsabilidade social. Em um país onde quase metade da população adulta enfrenta o problema, conscientizar-se sobre a prevenção e o diagnóstico precoce é essencial para reduzir o número de vidas perdidas a cada ano.
Hipertensão: o inimigo silencioso que ameaça a saúde dos brasileiros
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