Gilmar Mendes: Não faz o menor sentido proibir ministros do STF no TSE

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta segunda-feira, 21, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe que membros da Suprema Corte façam parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto é de autoria do senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) e foi protocolado nesta segunda.

"Não faz o menor sentido proibir ministros do STF no TSE", disse Mendes durante entrevista coletiva de imprensa após ter participado nesta noite do "CNN Talks - Saúde no Brasil: estratégias para impulsionar o futuro", em São Paulo.

De acordo com Gilmar, a Justiça Eleitoral é uma invenção brasileira que deu certo e que historicamente conta com ministros do STF. "Os presidente e vice-presidente do TSE são ministros do STF. Foi a Justiça Eleitoral que criou a urna eletrônica que inovou a eleição no Brasil e deu agilidade à apuração dos votos", disse o ministro.

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O populista de direita Calin Georgescu surpreendeu ao liderar a votação no primeiro turno das eleições presidenciais na Romênia neste domingo. Ele deve enfrentar o atual primeiro-ministro, Marcel Ciolacu, do Partido Social Democrata (PSD), no segundo turno, marcado para 8 de dezembro. Georgescu, que concorreu como independente, obteve cerca de 22% dos votos, enquanto Ciolacu ficou com 20,6%. Outros candidatos, como Elena Lasconi, da União Salve a Romênia (USR), com 17,4%, e George Simion, da Aliança pela Unidade dos Romenos (AUR), com 14,3%, ficaram atrás.

A eleição presidencial na Romênia, país membro da União Europeia e da OTAN, teve 13 candidatos. O presidente, eleito para um mandato de cinco anos, possui influência significativa em segurança nacional, política externa e nomeações judiciais.

Georgescu, de 62 anos, pouco conhecido antes do pleito, foi descrito como um outsider que captou o descontentamento popular. Analistas apontam que sua liderança reflete uma onda de protesto contra os partidos tradicionais, vistos como distantes da realidade dos romenos.

Marcel Ciolacu, segundo colocado, busca convencer os eleitores a apoiar seu plano de reverter a emigração, incentivando cidadãos da vasta diáspora romena a retornar ao país. Outros candidatos, como Lasconi e Simion, também trouxeram temas como corrupção, apoio à Ucrânia e redução de dependência de importações à tona durante a campanha.

A Romênia também realiza eleições parlamentares em 1º de dezembro, que definirão o próximo governo e o primeiro-ministro. O segundo turno presidencial promete consolidar o rumo político do país diante de um cenário de insatisfação popular e instabilidade econômica.

O professor de história Yamandu Orsi, de centro-esquerda, venceu as eleições presidenciais uruguaias neste domingo, 24, e será o próximo presidente do país, segundo pesquisas de boca de urna.

De acordo com um levantamento da consultoria Equipos, Orsi tem 49% dos votos e Álvaro Delgado, o candidato governista, tem 46,6%. Outros levantamentos também indicam a vitória do candidato da Frente Ampla.

Se os resultados forem confirmados, o herdeiro político do ex-presidente e militante de esquerda, José "Pepe" Mujica, deve derrotar o adversário de centro-direita, Álvaro Delgado, apoiado pelo popular presidente, Luis Lacalle Pou, que tem um nível de aprovação acima de 50%, mas está impedido constitucionalmente de disputar a reeleição.

O novo presidente deve assumir no dia 1º de março e irá receber uma economia forte que deve crescer 3,2% este ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A inflação também diminuiu nos últimos meses.

Embora prometa forjar uma "nova esquerda" no Uruguai, Orsi não planeja mudanças drásticas. Diferentemente do atual presidente e do adversário Delgado, ele prefere negociar qualquer acordo com a China por meio do Mercosul. Orsi propõe incentivos fiscais para atrair investimentos e reformas da Previdência Social que reduziriam a idade de aposentadoria, mas não chegam a uma reforma radical buscada pelos sindicatos do Uruguai.

Quem é Orsi

Em 1991, Orsi formou-se professor de História e lecionou em escolas de Ensino Médio do interior até 2005, quando iniciou sua carreira no governo de Canelones, primeiro como secretário-geral por quase 10 anos e depois como prefeito por dois mandatos.

Ele renunciou ao cargo para disputar as internas partidárias da Frente Ampla em junho, que venceu com mais de 60% dos votos, superando em muito a ex-prefeita de Montevidéu Carolina Cosse, que contava com o apoio de comunistas e socialistas e se tornou sua companheira de chapa.

Quando jovem, Orsi cuidava da loja de seus pais, foi coroinha na Igreja Católica e dançarino de folclore, descreve em sua biografia. Em 1989 aderiu ao Movimento de Participação Popular fundado por Mujica, hoje principal partido da coalizão.

Herdeiro político de Lacalle Pou é derrotado

Delgado, de 55 anos, não conseguiu vencer a eleição, segundo os resultados de boca de urna, apesar de representar a continuidade do projeto de Lacalle Pou. Durante a campanha, ele prometeu justamente isso e fez campanha sob o slogan "reeleger um bom governo".

Delgado serviu mais recentemente como Secretário da Presidência de Lacalle Pou e prometeu prosseguir com as políticas pró-mercado de seu antecessor. Ele continuaria pressionando por um acordo comercial com a China, o que gerou atritos dentro do Mercosul, que defende apenas acordos em bloco.

A contagem dos votos do segundo turno das eleições presidenciais no Uruguai começou após o fechamento das urnas às 19h30 deste domingo. Os eleitores escolheram entre Álvaro Delgado, do Partido Nacional e representante da coalizão de direita, e Yamandú Orsi, da Frente Ampla, coalizão de partidos de esquerda e centro-esquerda.

No primeiro turno, realizado em 27 de outubro, Orsi obteve 43,9% dos votos, enquanto Delgado ficou com 26,8%. Pesquisas indicavam uma disputa apertada para o segundo turno, com poucos votos separando os dois candidatos. Os primeiros resultados oficiais são esperados ainda hoje.