Pacheco declara cidade de SC como capital dos atiradores após Lula não sancionar projeto

Política
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A cidade de Jaraguá do Sul, no interior de Santa Catarina, foi declarada a Capital Nacional dos Atiradores. O decreto sobre o tema foi publicado Diário Oficial da União desta segunda-feira, 4, e é assinado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Após ser aprovado pelo Congresso, o presidente da República tem 15 dias para sancionar ou vetar a proposta. Como não houve manifestação, coube ao presidente do Senado declarar que Lula sancionou "tacitamente" a proposta. Lula estava com o projeto desde 14 de outubro.

Procurado para explicar a razão de não ter se posicionado sobre o projeto, o presidente não havia dado um retorno à reportagem até a publicação deste texto.

O projeto foi apresentado pelo ex-deputado federal Rogério Peninha (MDB) em 2018. O parlamentar argumentava que a Festa do Tiro, realizadas pelas comunidades alemãs de Santa Catarina, principalmente de Jaraguá do Sul, justificavam o título. "Esse título, além de garantir visibilidade nacional ao Município de Jaraguá do Sul, pretende levar ao conhecimento de todos a importância de se preservar as raízes germânicas, que também se fazem presentes no mosaico cultural da diversidade brasileira", explica o parlamentar.

Em suas redes sociais, o parlamentar comemorou a aprovação. "Parabéns aos amigos que mantêm viva a tradição da prática do tiro esportivo na cidade", escreveu e agradeceu ao relator, senador Esperidião Amin (PP-SC).

Amim foi o responsável pela articulação que levou o projeto ao plenário em 8 de outubro, quando foi aprovado. O silêncio de Lula sobre o projeto não poderia levar ao veto, mas tira do presidente a responsabilidade do veto ou da assinatura do decreto.

Em 2023, o Lula assinou um decreto que aumentava o controle sobre as armas no país. O número de armamentos e munições que civis podem ter foi diminuído, na contramão das decisões do governo Bolsonaro.

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Criminosos armados invadiram um internato feminino de ensino médio e sequestraram 25 alunas no noroeste da Nigéria, nesta segunda-feira, 17. O vice-diretor da escola foi baleado e morto durante o ataque.

De acordo com o porta-voz da polícia, Nafi'u Abubakar Kotarkoshi, os sequestradores entraram nos dormitórios de uma instituição de ensino na localidade de Maga, no Estado de Kebbi, às 4 horas no horário local (0h no horário de Brasília) com "armas sofisticadas" e "disparando esporadicamente".

Quando os policiais chegaram ao local, os suspeitos "já tinham pulado a cerca da escola e sequestrado 25 estudantes de sua residência".

Além do vice-diretor, um segurança também ficou ferido durante o ataque, de acordo com um relatório feito para a Organização das Nações Unidas (ONU).

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos sequestros até o momento.

Uma equipe formada por policiais de Kebbi, militares e membros de milícias civis está no local para revistar "minuciosamente as rotas utilizadas pelos bandidos e a floresta próxima" com o objetivo de "resgatar as alunas sequestradas e tentar deter os autores deste ato atroz", de acordo com Kotarkoshi.

Outros sequestros

Este é o segundo sequestro em massa em uma escola de Kebbi em quatro anos. Em junho de 2021, criminosos levaram mais de 100 estudantes e funcionários de uma instituição de ensino pública.

Alguns anos antes, em abril de 2014, o sequestro de 276 meninas em Chibok, no conflituoso Estado de Borno, foi manchete no mundo todo, o que provocou uma grande mobilização internacional, com o lema "Bring Back Our Girls" (Tragam nossas meninas de volta, em português).

Parte das estudantes foram liberadas em grupos ao longo de dois anos, após os pais pagarem o resgate. Algumas das alunas foram obrigadas a se casar e retornaram com bebês. No entanto, quase 100 meninas capturadas seguem desaparecidas.

No geral, os sequestros para obtenção de resgate são frequentes na Nigéria, que é o país mais populoso da África e vive assolado pela insegurança. Os Estados do centro e do noroeste do país são aterrorizados há anos por grupos criminosos que as autoridades denominam de "bandidos".

A violência, que inicialmente estava relacionada com os conflitos pelos direitos sobre a terra e a água entre pastores e agricultores, transformou-se em confrontos relacionados com o crime organizado, com grupos que assumem o controle de comunidades rurais onde o governo tem pouca ou nenhuma presença.

O país também se viu afetado pela violência armada desde o aparecimento, em 2009, do grupo Boko Haram na bacia do lago Chade, no nordeste da Nigéria. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma colisão entre um ônibus e um caminhão-tanque de diesel deixou 45 peregrinos mortos na noite deste domingo, 16, na Arábia Saudita. A maioria das vítimas era de nacionalidade indiana. "Havia 46 pessoas no ônibus e um passageiro sobreviveu com ferimentos", disse Vishwanath Channappa Sajjanar, chefe da polícia de Hyderabad, capital do Estado de Telangana.

De acordo com Sajjanar, pelo menos 18 dos mortos eram de Hyderabad. Ele afirmou que a maioria das vítimas pertencia a duas famílias e que o passageiro ferido foi identificado como Mohammed Shoaib. O ônibus havia saído de Meca com destino a Medina - cidades sagradas para o Islamismo. As autoridades sauditas ainda não comentaram o acidente.

Familiares das vítimas se reuniram em frente ao escritório da agência de viagens Fly Zone, em Hyderabad, em busca de informações. Sajjanar disse que a polícia está em contato com a empresa.

Um homem, identificado como Mohammed Tehseen, afirmou à agência Associated Press que sete membros de sua família estavam no ônibus, incluindo Shoaib. Ele disse que, mesmo ferido, Shoaib conseguiu telefonar para avisá-lo sobre o acidente.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou condolências às famílias das vítimas em uma publicação nas redes sociais. Ele afirmou que a Embaixada em Riad e o Consulado em Jidá estão colaborando com as autoridades locais. "Profundamente entristecido com o acidente ocorrido em Medina que envolveu cidadãos indianos. Meus pensamentos estão com as famílias que perderam seus entes queridos", escreveu no X.

Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os acidentes de trânsito estavam entre as principais causas de morte na Arábia Saudita. O documento também apontou que o país apresentava uma taxa elevada de mortalidade nas rodovias em comparação com outras nações de alta renda. (Com informações de agências internacionais)

A comunista Jeannette Jara e o conservador José Antonio Kast disputarão o segundo turno das eleições presidenciais do Chile em 14 de dezembro. Com 40% das urnas apuradas às 20 horas deste domingo, 16, Jara tinha 26,45% dos votos e Kast 24,46%. Franco Parisi aparecia em terceiro com 18,62%, seguido por Johannes Kaiser (13,92%) e Evelyn Matthei (13,47%). Kaiser e Matthei declararam apoio a Kast após divulgação dos resultados parciais.

Jara, de 51 anos, integra o Partido Comunista e foi ministra do Trabalho no governo Gabriel Boric. Ela propõe fim do sigilo bancário para combater crime organizado, controle de fronteiras e ampliação de programas de saúde pública.

Kast, de 59 anos, lidera o Partido Republicano e promete deportação de 337 mil imigrantes sem documentos, instalação de cercas na fronteira e corte de impostos para empresas.

O Chile registrou 868 sequestros em 2024, alta de 76% em relação a 2021, segundo o Ministério Público. A taxa de homicídios subiu de 2,5 para 6 por 100 mil habitantes na última década, aumento de 140%.

A gangue venezuelana Tren de Aragua atua no país em sequestros e extorsão. A população imigrante passou de 4,4% para 8,8% do total em sete anos, atingindo 1,76 milhão de pessoas em um país de 20 milhões de habitantes.

Pesquisas de intenção de voto indicavam que Jara perde em todos os cenários de segundo turno. A união de Kaiser e Matthei em torno de Kast reforça esse quadro.

O Chile projeta crescimento de 2,5% do PIB em 2025 e 2026, abaixo da média das últimas décadas.

Mais de 15,6 milhões de eleitores votaram neste domingo para presidente, renovação total da Câmara dos Deputados e metade do Senado.

A votação começou às 8 horas e terminou às 18 horas, horário de Brasília.

O vencedor do segundo turno assumirá em março de 2026, substituindo Gabriel Boric.

A apuração completa dos votos para o Congresso deve demorar mais tempo devido à complexidade do sistema eleitoral, que envolve cinco listas de partidos e dezenas de candidatos independentes.