Eduardo Bolsonaro quer escritório do PL em Miami e voto de brasileiros que moram nos EUA

Política
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) quer abrir um escritório do partido em Miami, nos Estados Unidos. Esse é um dos projetos que o parlamentar pretende desenvolver como secretário de Relações Internacionais e Institucionais da sigla, cargo que assumiu nesta quarta-feira, 13, em cerimônia na sede da legenda, em Brasília.

"Talvez, tenho que ver com os advogados, a possibilidade de abertura de um escritório avançado do PL em Miami", disse o deputado. Segundo ele, um dos objetivos seria aproximar os brasileiros que vivem nos EUA do PL, com foco nas eleições de 2026.

O filho "zero três" do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que deve fazer um trabalho de convencimento para que os brasileiros em solo americano votem nas eleições brasileiras daqui a dois anos.

"As maiores comunidades brasileiras fora do Brasil estão concentradas nos EUA. São mais de 2 milhões de pessoas vivendo lá, segundo dados do Itamaraty", afirmou Eduardo. Ele lembrou que Bolsonaro perdeu a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justamente por cerca de 2 milhões de votos. "A gente pretende ir lá e fazer campanhas para regularização de título de eleitor."

Ao lado do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, Eduardo afirmou que os bolsonaristas "entrarão de cabeça" na doutrinação e na chamada guerra cultural com foco nas eleições de 2026.

Eduardo prometeu rodar o País para fazer formação de jovens e produzir documentários. Também previu realizar um evento mensal com caráter político, em cada Estado do País, numa espécie de "mini CPAC", em referência à tradicional Conferência Política de Ação Conservadora, que ocorre há décadas nos Estados Unidos.

De acordo com Eduardo, o financiamento para esses projetos pode ser por meio da Fundação Álvaro Valle, que detém 20% do Fundo Partidário do partido. Ele afirmou que não terá salário para exercer a função de secretário.

Eduardo celebrou a eleição do republicano Donald Trump nos EUA. "Dá uma empolgação maior porque a gente vai ter mais abertura de portas. Antes, quando íamos aos EUA, a gente tinha que ir só na Câmara dos Deputados, que é onde tem maioria republicana. Agora dá para a gente ir no Senado, dá para a gente ter porta aberta na Presidência da República", disse.

O deputado afirmou que como secretário de Relações Internacionais e Institucionais do PL deve ir também a outros países, além dos EUA, para estabelecer contatos com partidos de direita. Ele citou o Vox, na Espanha, o Chega!, em Portugal, e a sigla do presidente da Argentina, Javier Milei, o Partido Libertario.

Eduardo disse que a esquerda se descolou das demandas do trabalhador e defendeu que o PL não pode ser mais apenas reativo às pautas da atual oposição. Ele sugeriu que o partido se posicione em todos os temas que tramitam no Congresso.

"Sempre fomos muito reativos. A esquerda pautava e a gente corria atrás para se defender. Eles falavam de ideologia de gênero, a gente era contra. Eles falavam do desarmamento, a gente era contra. Eles de qualquer assunto, a gente batia contra. Tanto que muita gente fala que ser direita é ser contrário à esquerda, o que não está errado. Mas o que eu quero dizer é o seguinte: chegou a hora de a gente fazer um projeto de país", declarou.

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O terremoto de magnitude 8,8, o mais poderoso da região em quase 73 anos, deixou a cidade russa de Severo-Kurilsk debaixo d'água. De acordo com o prefeito do distrito das Ilhas Kuril do Norte, Aleksander Ovsianikov, "quatro ondas de tsunami" atingiram Severo-Kurilsk. O tremor provocou nesta quarta, 30, tsunamis em quase todos os países da bacia do Pacífico.

No fim do dia, após os alertas serem suspensos, o Kremlin disse que não houve vítimas, mas alertou que réplicas poderosas, de magnitude até 7,5, devem ser sentidas no extremo oriente da Rússia.

Cerca de 2 milhões de pessoas receberam ordens de retirada no Japão, Rússia e Havaí. Alertas também foram emitidos na China, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia, Peru e México. O Chile emitiu um alerta vermelho em toda a sua área costeira e mais de 1,5 milhão de pessoas foram retiradas para zonas altas.

Epicentro

O terremoto ocorreu na manhã de ontem (noite de terça-feira, 29, no Brasil) na costa de Petropavlovsk, na Península de Kamchatka, na Rússia, a uma profundidade de 20,7 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês). O tremor está provavelmente entre os seis mais poderosos já registrados, mas pode ser reclassificado como ainda maior nos próximos dias, à medida que mais dados forem chegando.

O abalo foi tão forte que fez o vulcão Klyuchevskoi, o mais alto da Eurásia, entrar em erupção ontem. "Lava incandescente é vista fluindo pela encosta oeste. Um brilho intenso acima do vulcão e explosões estão ocorrendo", informou o Serviço Geofísico da Rússia.

Cientistas do Serviço Geológico Britânico estimaram ontem que a sequência de tremores secundários deve se prolongar por cerca de um mês. Alguns deles chegariam a mais de 8 de magnitude. De acordo com os sismólogos britânicos, os danos foram menores porque o epicentro do terremoto ocorreu em uma área esparsamente povoada de Kamtchaka, coberto por florestas, vulcões e platôs.

Apesar do susto, nenhuma morte ligada aos tsunamis foi relatada em nenhum dos países afetados nos dos dois lados do Pacífico. A mídia russa informou apenas ferimentos leves de habitantes da Península de Kamchatka, uma das regiões mais isoladas do país. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O chanceler francês, Jean-Noël Barrot, disse nesta quarta-feira, 30, que 14 países ocidentais, incluindo Canadá e Austrália, decidiram se juntar ao presidente da França, Emmanuel Macron, e expressar o desejo de reconhecer um Estado palestino por meio de uma declaração conjunta. "Convidamos aqueles que ainda não se manifestaram a se juntarem a nós", escreveu Barrot no X.

O apelo de ontem veio ao final de uma conferência que terminou na terça-feira, 29, em Nova York, patrocinada por França e Arábia Saudita, que tentam manter viva a solução de dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino, uma hipótese cada vez mais distante em razão da guerra em Gaza e da violência dos colonos judeus na Cisjordânia.

O movimento diplomático é diferente do realizado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que na terça-feira ameaçou embarcar na canoa francesa e reconhecer a Palestina em setembro, a menos que Israel adote diversas "medidas substanciais" em Gaza, incluindo um acordo de cessar-fogo.

Entre os 15 países signatários do documento de ontem estão 10 que ainda não reconheceram um Estado palestino: além da França, estão Austrália, Canadá, Andorra, Finlândia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Portugal e San Marino. Já Islândia, Irlanda, Malta, Eslovênia e Espanha, que também firmaram a declaração, haviam reconhecido a Palestina.

Carney

De todos os signatários, o Canadá foi quem assumiu uma posição mais firme. O premiê Mark Carney foi enfático ao declarar que seu governo reconhecerá a Palestina em setembro. "A medida se baseia no compromisso da Autoridade Palestina com reformas, incluindo eleições, medidas anticorrupção e um Estado palestino desmilitarizado", disse Carney, que falou após uma conversa por telefone com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

A chancelaria de Israel criticou a decisão do Canadá. "A mudança na posição do governo canadense neste momento é uma recompensa para o Hamas e prejudica os esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e um acordo para a libertação dos reféns", diz a nota do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Reação

Ontem, o governo britânico respondeu às alegações de Israel. "Isso não é uma recompensa para o Hamas. O Hamas é uma organização terrorista desprezível, que cometeu atrocidades terríveis. O reconhecimento é sobre o povo palestino. Trata-se das crianças que vemos em Gaza morrendo de fome", disse a ministra britânica dos Transportes, Heidi Alexander, designada pelo governo para lidar com a questão, em entrevista à rádio LBC.

As manifestações de apoio ao Estado palestino obrigaram o governo americano a reiterar que o reconhecimento seria uma forma de "recompensar o Hamas". "Como o presidente (Donald Trump) afirmou, o Hamas não deveria ser recompensado. Portanto, ele não vai fazer isso. O foco agora é alimentar as pessoas", afirmou a Casa Branca, em comunicado.

Os comentários de Washington sobre a movimentação da França, no entanto, ficaram abaixo do tom esperado pelo governo de Israel, que acreditava em uma diplomacia mais dura para evitar que outros países replicassem o exemplo de Macron. Até agora, Trump disse apenas que os líderes (em referência a Macron e Starmer) têm o direito de tomar qualquer decisão.

Fator Macron

A onda de apoio começou na semana passada, quando Macron anunciou que reconheceria um Estado palestino durante a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em setembro, criando um efeito dominó. Dos 193 membros das Nações Unidas, 147 já reconheceram a Palestina, quase todos na América Latina, na África e na Ásia.

O movimento de Macron, no entanto, foi considerado crucial porque atraiu o apoio de países do G7, aliança de nações mais ricas do mundo. Se for levado adiante em setembro, a decisão da França pode provocar uma divisão dentro do grupo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ataque russo com mísseis e drones atingiu Kiev durante a noite desta quinta-feira, 30. O incidente deixou seis mortos e mais de 50 feridos, de acordo com autoridades ucranianas. Uma grande parte de um edifício residencial de nove andares desabou após ser atingido. "Ataque de míssil. Diretamente em um edifício residencial. Pessoas estão sob os escombros. Todos os serviços estão no local", escreveu o presidente ucraniano Volodimir Zelenski em seu Telegram oficial. Fonte: Associated Press.