Bolsonaro diz que PT quer renascer com fim da escala 6x1 e sugere 'jogar abacaxi' para Lula

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 13, que o PT quer "renascer" ao defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a escala 6x1 (seis dias de trabalho e um de descanso). Ele sugeriu "jogar o abacaxi" para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolver. Uma das sugestões é apresentar emendas ao texto que representem problema para o Palácio do Planalto, como o aumento do salário mínimo para R$ 10 mil.

Bolsonaro disse que os parlamentares do PL que estão contra a PEC estão certos, mas podem acabar se desgastando. As declarações foram feitas na sede do PL, em Brasília, durante a posse de seu filho "zero 3", Eduardo Bolsonaro, como secretário de Relações Internacionais e Institucionais do partido.

"Não adianta a gente discursar para quem está na ponta da linha porque a maioria não vai entender. Ele (o trabalhador) acha que pode trabalhar quatro dias por semana e está tudo bem, o patrão não vai diminuir salário, não vai ter problema nenhum, não vai encarecer o produto", declarou Bolsonaro.

"Quem está contra isso, discursando, ontem falei com alguns deputados: vocês têm razão, mas você está dando um tiro no pé. Você combate uma picada de cobra com peçonha", emendou.

O ex-presidente defendeu que é preciso cautela nas críticas à PEC. "O que eu acho que pode ser feito: peçonha com peçonha. Começa a falar, já que o PT quer resolver na canetada, por que não resolver a questão do salário mínimo também? Por que não colocar na PEC R$ 10 mil o salário mínimo. O que é mais importante, vocês têm que provocar o chefe do Executivo, que é o chefe da esquerda, ele tem que se pronunciar sobre essa PEC", sugeriu.

Uma das PECs discutidas é de autoria da deputada federal Erika Hilton (SP), líder do PSOL na Câmara, que atingiu as assinaturas necessárias para ser protocolada. O texto da proposta reduz a jornada de trabalho das atuais 44 horas semanais para 36 horas semanais, com limite de oito horas diárias, o que, na prática, criaria a escala de trabalho de 4x3 no Brasil.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), por sua vez, articula para impulsionar uma PEC com teor similar apresentada por ele e que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara desde 2019. A proposta do petista estabelece uma transição de dez anos para o fim da escala de trabalho 6x1 e institui uma jornada de cinco dias, enquanto a de Erika prevê a mudança em um ano e jornada de quatro dias.

"Quem quiser colocar o peito para fora e fazer a coisa certa vai se dar mal e nós, que pretendemos fazer uma grande bancada em 2026, vamos levar uma pancada. E o PT está buscando uma sobrevida, porque eles se acabaram, as eleições municipais mostram isso, eles têm que renascer das cinzas, jogando um contra o outro, empregado contra patrão", disse Bolsonaro.

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Representantes da diplomacia dos países do Brics participam na manhã desta terça-feira, 29, da última plenária da reunião de chanceleres do grupo, no Palácio do Itamaraty, na região central do Rio de Janeiro. Os ministros devem divulgar em seguida um comunicado conjunto, que subsidiará a Declaração Final da Cúpula de Líderes do grupo, marcada para julho, também na capital fluminense.

A reunião é a primeira agenda oficial de ministros das Relações Exteriores do Brics após a expansão do grupo, que atualmente inclui 11 países-membros e nove países parceiros.

A sessão desta manhã trata de discussões sobre "O papel do Sul global no reforço do multilateralismo".

Os trabalhos, coordenados pelo embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, têm a participação do embaixador da Índia Dammu Ravi e dos ministros de relações internacionais de outros países fundadores do grupo - Wang Yi (China), Sergey Lavrov (Rússia) e Ronald Lamola (África do Sul).

Também participam autoridades de relações exteriores de outros países: Reem Al-Hashimy (Emirados Árabes Unidos), Waleed Al-Khuraiji (Arábia Saudita), Gedion Timothewos (Etiópia), Tri Tharyat (Indonésia), Seyed Rasoul Mohajer (Irã), Ragui El Etreby (Egito), Sergey Lukashevich (Belarus), Celinda Sosa Lunda (Bolívia), Akan Rakhmetullin (Cazaquistão); Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla (Cuba); Dato' Seri Utama Haji Mohamad bin Hasan (Malásia); Yusuf Maitama Tuggar (Nigéria); Maris Sangiampongsa (Tailândia); Odongo Jeje Abubakhar (Uganda) e Furkat Sidikov (Usbequistão).

Às 14 horas, Vieira deve dar uma declaração à imprensa.

A companhia elétrica portuguesa EDP afirma que o fornecimento de eletricidade foi totalmente restabelecido nas redes de distribuição do país após um apagão que afetou Espanha e Portugal na segunda-feira, 28, segundo o CEO Miguel Stilwell dAndrade em comentários enviados por e-mail.

Ele afirma que a pane no sistema energético ibérico foi sem precedentes. "As usinas da EDP responderam de forma eficaz aos pedidos da REN e da REE, operadoras dos sistemas elétricos dos dois países, entrando rapidamente em operação para apoiar o equilíbrio da rede. Simultaneamente, a empresa garantiu a plena disponibilidade de sua infraestrutura, contribuindo com a flexibilidade necessária para estabilizar o sistema", disse Stilwell dAndrade. Fonte: Dow Jones Newswires.

O fornecimento de energia foi quase totalmente restabelecido na Espanha na manhã desta terça-feira, 29, após o apagão que deixou milhões de pessoas às escuras desde o início da tarde da véspera. A Red Elétrica, que opera o sistema de energia espanhol, informou que 99% da demanda já havia sido restabelecida.

O blecaute que também atingiu Portugal ainda não tem as causas conhecidas. Já na noite da segunda-feira, o fornecimento havia retornado à maioria do território português.

Em Madri, aplausos irromperam de varandas quando a eletricidade voltou. Fonte: Associated Press.