PF prende general e 'kids pretos' que teriam planejado golpe e assassinato de Lula e Alckmin

Política
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A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 19, um general reformado, ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, e três "kids pretos" por supostamente planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e "restringir o livre exercício do Poder Judiciário".

 

As diligências fazem parte da Operação Contragolpe, que identificou um "detalhado planejamento operacional" chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato de Lula e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

 

O plano também incluía a execução de um ministro do Supremo, que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado.

 

Foram presos:

 

- Hélio Ferreira Lima - militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';

- Mário Fernandes - general reformado que foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e hoje é assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello;

- Rafael Martins de Oliveira - militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';

- Rodrigo Bezerra de Azevedo - militar com formação em Forças Especiais, os 'kids pretos';

- Wladimir Matos Soares - policial federal.

 

O Estadão busca contato com os investigados e seus advogados e deixou espaço aberto para manifestações.

 

Os agentes ainda vasculharam três endereços e deram cumprimento a 15 medidas cautelares diversas da prisão - proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

 

As diligências foram realizadas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

 

A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa. O Exército acompanhou as diligências em razão da participação de militares na quadrilha sob investigação.

 

A Polícia Federal identificou que a quadrilha sob suspeita - formada, em sua maioria, por militares com formação em Forças Especiais - "se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022".

 

"O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações", indicou a PF.

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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira, 18, que pretende declarar estado de emergência nacional e usar os militares para deportar migrantes em massa. A promessa de campanha é vista como um desafio, já que existem mais de 10 milhões de imigrantes ilegais no país, muitos vivendo em grandes metrópoles. A caçada de um contingente tão grande teria de superar uma série de obstáculos.

Trump usou sua rede social para responder a uma publicação de Tom Fitton, diretor da ONG Judicial Watch, que havia mencionado os planos do republicano. "Boas notícias: segundo alguns relatos, o próximo governo está pronto para declarar estado de emergência nacional e usar militares para combater a invasão (permitida pelo presidente) Joe Biden, por meio de um programa de expulsões em massa", escreveu Fitton. Trump respondeu: "É verdade!"

À CNN, aliados do presidente eleito afirmaram que os planos já começaram a ser delineados. Eles incluem a implementação de medidas rígidas na fronteira com o México, a revogação de políticas de Biden e o início da detenção e deportação em larga escala de migrantes. Pessoas próximas de Trump e seus assessores estão preparando a expansão de campos de detenção para cumprir a promessa de campanha.

Resistência

As Guardas Nacionais são forças militares sob o comando dos governadores e podem ser convocadas a atuar em casos de conflito ou desastre. Em abril, Trump declarou que elas "deveriam ser capazes" de realizar as expulsões de migrantes em situação irregular. No entanto, muitos governadores são contra os planos, porque a expulsão significaria uma redução drástica na oferta de mão de obra e arrecadação, o que poderia afetar a economia local.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, um democrata, convocou uma sessão legislativa estadual especial em dezembro para "salvaguardar os valores e os direitos fundamentais da Califórnia em face de um novo governo Trump".

Karen Bass, a prefeita de Los Angeles, onde um terço da população é de origem estrangeira, emitiu uma declaração de solidariedade aos seus residentes. "Não importa onde você nasceu, como veio para este país ou quem você ama, Los Angeles estará sempre ao seu lado", disse.

Perseguição

Prevendo a resistência, Trump declarou à revista Time, durante a campanha eleitoral, que, se as Guardas Nacionais não forem capazes de cumprir a tarefa, ele usará "o Exército", em referência às tropas federais.

Segundo Stephen Miller, um dos assessores mais próximos do presidente eleito, o papel dos militares poderia ser o de construir os centros de detenção, deixando a perseguição aos imigrantes a cargo da Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês). (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao Museu de Arte Moderna (MAM) na manhã desta terça-feira, 19, para participar do segundo, e último dia, da reunião de cúpula do G20. A terceira plenária do encontro, sobre clima e transição energética, está prevista para começar às 10 horas.

Pouco antes da plenária, às 9h15, Lula tem reunião bilateral com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também chegou há pouco ao MAM, vai participar da reunião.

As delegações de outros países também começaram a chegar ao MAM para a plenária final. Entre os que já entraram no Museu de Arte Moderna (MAM) estão a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Na agenda de hoje, após a plenária da manha, haverá a sessão de encerramento, às 12h30. Neste momento, será feita a transmissão da presidência do Brasil do G20 para a África do Sul, que ficará com a função até o final de novembro de 2025.

O último dia da Cúpula do G20 começou cedo para o presidente da França, Emmanuel Macron, que saiu antes das 7 horas da manhã com alguns seguranças para uma corrida matinal antes do início do segundo dia do encontro de líderes mundiais. O presidente francês está hospedado no mesmo hotel que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

Vestido com roupas para corrida, Macron retornou ao hotel por volta das 8 horas para se preparar para as reuniões do G20.