Moraes deve enviar nesta terça à PGR indiciamento de Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve enviar nesta terça-feira, 26, à Procuradoria-Geral da República (PGR) o inquérito da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Cabe ao procurador-geral da República Paulo Gonet a análise do documento, da qual despontam três alternativas: denunciar os indiciados ao STF, arquivar o caso ou solicitar novas diligências.

 

O prazo para a manifestação da PGR é de 15 dias, mas não há limite para uma eventual apresentação de denúncia.

 

A tendência é que o parecer de Gonet fique para 2025, pela proximidade do recesso do Judiciário e pela extensão do inquérito produzido pela PF, que passa das 800 páginas.

 

Como mostrou o Estadão, na PGR, a análise do inquérito da PF será centrada no Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GACC), composto por nove procuradores. Joaquim Cabral da Costa Neto é o procurador da equipe.

 

A análise dos indiciamentos também deve contar com o apoio de servidores e assessores da Procuradoria-Geral.

 

Se os indiciados forem denunciados pela PGR, caberá à Primeira Turma do Supremo aceitar ou não as denúncias. Somente a partir deste momento os investigados passam a ser denominados como réus. Moraes, relator do caso, integra a Primeira Turma da Corte ao lado de Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, atual presidente do grupo.

 

Após um eventual aceite da denúncia, a Primeira Turma do STF também seria a julgadora dos réus, pois uma mudança no regimento interno do Supremo em dezembro de 2023 retirou do plenário da Corte a competência de julgamento de ações penais.

 

Além do ex-presidente da República, a lista dos 37 indiciados pela PF na quinta-feira, 21, contém nomes que fizeram parte do alto escalão da gestão federal anterior, como Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além de aliados de confiança de Bolsonaro, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e Filipe Martins, seu ex-assessor internacional.

Em outra categoria

O Conselheiro Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, defendeu a decisão do presidente americano Donald Trump em demitir a chefe do Departamento de Estatísticas de Trabalho, Erika McEntarfer. Ele também defendeu alegação de Trump de que relatórios de empregos mais fracos do que o esperado foram "fraudados".

Em entrevista ao programa Meet the Press da NBC News, Hassett disse que é preciso um novo olhar sobre o Departamento. "Houve uma série de padrões que poderiam deixar as pessoas curiosas. E acho que o mais importante que as pessoas saibam é que a maior prioridade do presidente é que os dados sejam confiáveis e que as pessoas descubram por que essas revisões são tão pouco confiáveis", disse Hassett, acrescentando que o objetivo do governo Trump era entender por que houve uma revisão tão considerável nos números de empregos dos meses anteriores.

Na sexta-feira, 1º, o Departamento de Estatísticas do Trabalho divulgou um relatório mensal de empregos que incluiu números mais fracos do que o esperado para julho, além de grandes revisões para baixo dos números de maio e junho.

Com a divulgação, Trump afirmou por meio da rede Truth Social que os números haviam sido manipulados e que ele pediu para sua equipe demitir Erika McEntarfer.

Forças israelenses mataram pelo menos 23 palestinos que buscavam alimentos neste domingo, 3, em Gaza, de acordo com autoridades hospitalares e testemunhas, que descreveram enfrentar disparos enquanto multidões famintas se aglomeravam em torno de locais de ajuda.

Especialistas alertam que há aumento da fome no território palestino, devido ao bloqueio de Israel e à ofensiva de quase dois anos.

Yousef Abed, entre as multidões a caminho de um ponto de distribuição, descreveu estar sob o que chamou de fogo indiscriminado, vendo pelo menos três pessoas sangrando no chão. "Não pude parar e ajudá-los por causa das balas", disse ele.

(Com informações da Associated Press)

Um ataque de drone ucraniano provocou incêndio em um depósito de petróleo na cidade russa de Sochi na região de Krasnodar, no Mar Negro, disse o governador da região, Veniamin Kondratyev, via Telegram.

O ataque atingiu um tanque de combustível e 127 bombeiros trabalhavam no local para conter as chamas. A Rosaviatsia, autoridade de aviação civil da Rússia, suspendeu temporariamente os voos no aeroporto de Sochi.

O Ministério da Defesa russo disse em relatório matinal diário no Telegram que suas unidades de defesa aérea destruíram 93 drones ucranianos durante a noite, 60 deles sobre as águas do Mar Negro.

Enquanto isso, um ataque de míssil russo destruiu casas e infraestrutura civil na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, segundo autoridades locais. Pelo menos sete civis ficaram feridos. Três pessoas foram encaminhadas ao hospital, segundo informou o Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia.