Presidente da CCJ escolhe bolsonarista para relatar PEC que veta militares na política

Política
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A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), escolheu o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) para ser o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que veda a participação de militares na política.

 

A PEC, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), foi apresentada em 2021 como uma reação à crescente presença de militares no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto estabelece que, para ocupar cargos na administração pública civil, os militares deverão abandonar a carreira castrense.

 

"Busca-se resguardar as Forças Armadas (FFAA) dos conflitos normais e inerentes à política, e fortalecer o caráter da Marinha, do Exército e da Aeronáutica como Instituições permanentes do Estado e não de governos", justificou a parlamentar.

 

O deputado paulista recebe a missão de tentar negociar mudanças no texto original da PEC uma semana depois da Polícia Federal (PF) indiciar 37 pessoas por tramarem um golpe de Estado, incluindo 25 militares da ativa e da reserva e o próprio ex-presidente, com quem ele e a líder da CCJ têm proximidade política.

 

Apesar de ainda não comentar sua designação como relator, Bilynskyj defendeu o ex-presidente contra a investigação. "No relatório de 800 páginas da PF não existe prova da participação do presidente Bolsonaro em nenhum fato", afirmou em uma rede social.

 

Há no Senado outra PEC semelhante, de autoria do senador Jacques Wagner (PT-BA), que proíbe militares na ativa de se candidatarem em eleições. O projeto já foi aprovado pela a CCJ da Casa e agora aguarda votação no plenário.

 

O texto propõe que militares da ativa sejam obrigados a passar para a reserva não remunerada se quiserem disputar eleições, sem possibilidade de retorno à função caso não sejam eleitos. A exceção é para militares com mais de 35 anos de serviço, que poderão optar pela reserva remunerada.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que "nunca discuti com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer o reconhecimento da Palestina pelo Reino Unido" e negou qualquer conversa nesse sentido. "Nunca discutimos a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado palestino, a menos que Israel atue em Gaza", disse.

Em coletiva a bordo do Air Force One, Trump também destacou os esforços internacionais para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. "Muito dinheiro está sendo enviado à Gaza para comida por vários países, como os EUA", afirmou. Segundo ele, "Israel quer garantir que a distribuição de comida em Gaza seja feita da maneira correta".

O presidente contou ainda que falou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, há 2 dias, e que os EUA "mandaram dinheiro para Israel para levar comida até Gaza". Questionado se é possível confiar em Israel para cumprir essa missão, respondeu: "Sim, Israel quer fazer isso. Israel não quer o Hamas roubando comida".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que deu um prazo de "10 dias a partir de hoje" para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo ele, caso não haja recuo de Moscou, "vamos colocar tarifas".

Em coletiva a bordo do Air Force One, na volta aos EUA após quatro dias na Escócia, Trump admitiu incertezas sobre o impacto das possíveis medidas. "Não sabemos ainda o quanto as tarifas vão ou não afetar a Rússia".

Trump não detalhou se as "tarifas" abordadas por ele dizem respeito às "sanções secundárias" ao petróleo russo já anunciadas pelo governo americano anteriormente também sob um prazo para que o presidente Vladimir Putin encerrasse o conflito na Ucrânia. O republicano, em ocasião anterior, chegou a mencionar a possibilidade de impor sobretaxas de até 100% contra os russos.

Um piloto da companhia aérea Delta Air Lines foi preso a bordo de um voo sob acusação de abuso sexual infantil, na noite do último sábado, 26. Ele foi retirado da cabine por agentes federais logo após pousar o avião no Aeroporto Internacional de São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos.

O homem, identificado como Rustom Bhagwagar, de 34 anos, foi detido por cinco acusações de sexo oral com uma criança menor de 10 anos, informou o Departamento de Segurança Interna dos EUA, na noite desta segunda-feira, 28. Ele era investigado desde abril, segundo o órgão.

Inicialmente, o Departamento de Segurança Interna havia informado que o piloto estava sendo acusado de posse de material de abuso sexual infantil. Não ficou claro por que os detalhes da acusação foram alterados e o órgão não respondeu imediatamente a pedidos de comentários da imprensa americana.

Passageiros a bordo do voo que saiu de Minneapolis para São Francisco postaram um vídeo nas redes sociais onde é possível ver os agentes federais caminhando pelo corredor do avião.

Em um comunicado, a Delta disse que cooperaria com as autoridades policiais e que o piloto foi suspenso, enquanto se aguarda uma investigação.

"A Delta tem tolerância zero para condutas ilegais e cooperará totalmente com as autoridades policiais", disse a companhia aérea.

(Com agências internacionais)