Padre Júlio Lancellotti denuncia funcionária de TV católica por propagar ataques políticos

Política
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O padre Júlio Lancellotti fez uma publicação em sua conta no Instagram na noite de segunda-feira, 25, em que dizia estar sendo alvo de assédio da missionária Angela Menezes, funcionária da emissora de TV e rádio Canção Nova, com sede no município de Cachoeira Paulista, no interior do Estado de São Paulo. No YouTube, a mulher publica teorias de conspiração baseadas em passagens bíblicas.

Segundo Lancellotti, a pregadora estaria atacando-o "de maneira violenta" em suas redes. "Nunca fiz qualquer referência a ela e a seus amigos e ela pra defender alguns deles (sic) me ofende de maneira desumana", afirmou em sua postagem sobre os ataques com viés político.

Ao G1, o padre afirmou que a missionária passou a atacá-lo para defender o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, de Osasco, na Grande São Paulo, indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado. "Ela me atacou para defender o padre José Eduardo, sendo que não me referi a ele e nem a ela. Ele é apenas um irmão no presbitério. Nunca me referi a ele, mas mesmo assim ela me comparou e desqualificou de forma injusta, por isso decidi colocar a público", disse ao portal.

Após a denúncia, Lancellotti afirmou que os ataques se intensificaram. "Eles não param mesmo depois de o presidente da Canção Nova me ligar pedindo desculpas e irmãos da missionária terem entrado em contato discordando das posições por ela assumida", desabafou.

Os seguidores do padre passaram a denunciar a página de Menezes no Instagram e a comentar nas postagens. O perfil dela, então, foi desativado na rede social.

Na tarde desta quarta-feira, 27, padre Júlio Lancellotti fez uma nova publicação, incluindo a imagem de uma mensagem de e-mail na qual a missionária se desculpa pelo ataque.

"Venho através deste e-mail me retratar sobre a reportagem que eu, Ângela Menezes, sem averiguar o conteúdo, fiz em minha rede social Instagram onde o referido card continha informações que ofenderam o Reverendíssimo Padre Júlio Lancellotti e a Arquidiocese de São Paulo", afirmou a missionária.

"Quero destacar que em momento algum tive a intenção de ofendê-lo e que a reportagem foi um equívoco pessoal meu e que em nada tem a ver com os posicionamentos da instituição Canção Nova. Este equívoco não vai mais se repetir."

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A Suprema Corte dos EUA rejeitou nesta quarta-feira, 5, o pedido de Donald Trump para congelar US$ 2 bilhões em ajuda externa, parte dos esforços do governo para cortar gastos. Foi a primeira grande decisão do tribunal contra a Casa Branca desde a volta do presidente ao poder. Isso ocorreu apesar de Trump ter indicado três dos nove juízes, formando uma maioria conservadora de 6 a 3.

Ontem, o recurso de Trump foi negado por 5 votos a 4 - os conservadores John Roberts e Amy Coney Barrett se juntaram às três magistradas progressistas para manter a decisão de uma instância inferior exigindo que o governo fizesse pagamentos em contratos que já foram concluídos, invalidando o decreto assinado em 20 de janeiro, que suspendia a ajuda internacional por 90 dias.

Na decisão, a Suprema Corte determina que o juiz federal Amir Ali, que ordenou o restabelecimento dos pagamentos pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e pelo Departamento de Estado, esclareça "quais obrigações o governo deve cumprir".

"Um único juiz de um tribunal distrital, que provavelmente não tem jurisdição, tem o poder irrestrito de obrigar o governo dos EUA a pagar (e provavelmente perder para sempre) US$ 2 bilhões dos contribuintes?", argumentou o conservador Samuel Alito, na declaração dissidente, assinada pela minoria. "A resposta a essa pergunta deveria ser um enfático 'não', mas a maioria deste tribunal, aparentemente, pensa o contrário. Estou chocado."

Cortes de gastos

O governo suspendeu a ajuda externa no dia da posse de Trump. Beneficiários e ONGs entraram com duas ações judiciais contestando o congelamento dos fundos, alegando inconstitucionalidade - as dotações orçamentárias são um poder do Congresso e cabe ao Executivo apenas cumpri-las.

Os grupos que contestaram o governo argumentaram que os fundos congelados causariam uma série de crises, ameaçando cuidados médicos essenciais ao redor do mundo, deixando alimentos apodrecendo em armazéns, arruinando negócios, colocando em risco a propagação de doenças e causando instabilidade política.

"É devastador o impacto dessa conduta ilegal em empresas grandes e pequenas, forçadas a encerrar seus programas e demitir funcionários; em crianças famintas ao redor do mundo que ficarão sem nada; em populações ao redor do mundo enfrentando doenças mortais; e em nossa ordem constitucional", escreveram os advogados do Global Health Council, organização que representa grupos de saúde, em um dos processos.

O juiz Amir Ali, do Tribunal Distrital Federal em Washington, nomeado pelo presidente Joe Biden, emitiu uma ordem de restrição temporária, em 13 de fevereiro, proibindo funcionários do governo de suspender os pagamentos alocados antes de Trump assumir o cargo. Na decisão, ele disse que o governo não ofereceu nenhuma explicação para a suspensão total da ajuda que o Congresso havia determinado.

A Casa Branca alegou que tinha o direito de analisar caso a caso as doações e contratos de ajuda e interromper ou aprovar os gastos. Em uma decisão de 25 de fevereiro, o juiz Ali ordenou que o governo pagasse US$ 1,5 bilhão em trabalhos de ajuda já concluídos. Ele estabeleceu um prazo até meia-noite do dia seguinte. Em resposta, o Departamento de Justiça entrou com um recurso de emergência na Suprema Corte, alegando que o juiz havia excedido sua autoridade - argumento rejeitado ontem.

Campanha

O presidente está decidido a cortar gastos do governo federal com a ajuda do homem mais rico do mundo e maior doador de sua campanha, Elon Musk. Um dos seus objetivos é cortar a ajuda da Usaid, que tem programas de saúde e emergência em cerca de 120 países e é responsável por mais de 40% da ajuda humanitária mundial.

Em decreto assinado em 20 de janeiro, Trump suspendeu temporariamente milhares de programas para avaliar se eles estão "totalmente alinhados com a política externa do presidente dos EUA". No passado, ele já disse que a Usaid é "administrada por lunáticos radicais", enquanto Musk descreveu a agência como uma "organização criminosa". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (6) que está trabalhando com o Partido Republicano da Câmara em uma resolução contínua para financiar o governo até setembro e dar o "tempo necessário" para trabalhar a agenda do governo.

"Os conservadores vão adorar esse projeto de lei, pois ele nos prepara para cortar impostos e gastos na conciliação, ao mesmo tempo em que efetivamente CONGELA os gastos neste ano e nos permite continuar nosso trabalho. Vamos aprovar esse projeto de lei!", escreveu Trump na rede Truth Social.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar nesta quinta-feira, 6, um decreto com o objetivo de eliminar o Departamento de Educação. Um rascunho do documento, obtido pelo Wall Street Journal, ordena que a secretária de Educação, Linda McMahon, "tome todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação".

O fim do Departamento de Educação está em discussão desde a transição da gestão de Joe Biden para o governo Trump. Segundo especialistas, porém, a eliminação completa da pasta depende da aprovação do Congresso. Fonte: Dow Jones Newswires.