Relator do Orçamento, Angelo Coronel diz que liberação de emendas 'acalma o Parlamento'

Política
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O relator do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 no Congresso, senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou nesta segunda-feira, 2, que a liberação da execução das emendas parlamentares "acalma o Parlamento".

A manifestação ocorreu após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter decidido desbloquear as emendas parlamentares, com uma série de condições para a execução desses recursos.

"Foi um passo importante a liberação dessas emendas por parte do ministro Flávio Dino", declarou Coronel. Ele também lembrou que a questão é um desdobramento de uma decisão da ministra Rosa Weber. A magistrada, que não está mais na Corte, havia considerado o "orçamento secreto" institucional.

O senador acrescentou: "Com isso, acho que acalma o Parlamento, e vamos ter regras mais cristalinas para serem aplicadas a partir de 2025, com o orçamento novo que nós estamos sendo relator-geral. O importante é isso: manter a harmonia e a independência entre os Poderes".

O pagamento das emendas estava suspenso desde agosto. Na ocasião, Dino havia apontado falta de transparência na autoria e na destinação dos recursos, feita pelos parlamentares.

A execução foi liberada nesta segunda, cerca de duas semanas depois de o Congresso ter aprovado novas regras para as emendas, a partir de um acordo com o Executivo.

Integrantes da base do governo manifestavam preocupação com a validação de Dino, porque a solução para o imbróglio era uma condição para o avanço das votações das matérias orçamentárias no Congresso.

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Ainda nesta segunda-feira, cerca de 200 milicianos do Iraque, apoiados pelo Irã, foram enviados para a Síria pela travessia estratégica de Bou Kamal, para apoiarem a contraofensiva do governo contra os rebeldes. As informações são do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Aviões de guerra do governo sírio atacaram Aleppo, no noroeste da Síria, nesta segunda-feira, 2, segundo a mídia estatal e equipes de resgate, enquanto o governo do presidente Bashar Al-Assad tentava repelir os rebeldes que assumiram o controle da cidade em uma recente ofensiva relâmpago.

Os ataques aéreos também atingiram prédios residenciais na cidade de Idlib, que se tornou um refúgio para pessoas desalojadas pela guerra civil, matando pelo menos cinco civis e deixando outros 30 feridos, de acordo com os Capacetes Brancos, uma organização de resgate independente.

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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse na rede social Truth que se os reféns em Gaza não forem libertados antes de sua posse, no dia 20 de janeiro, será "um inferno no Oriente Médio".

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